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Abrafrigo contesta critério de rateio da Cota Hilton

A Abrafrigo, Associação Brasileira de Frigoríficos, enviou comunicado ao BeefPoint sobre os critérios adotados para rateio da cota Hilton, que pode aumentar de 5.000 para 47.500 toneladas.

A Abrafrigo, Associação Brasileira de Frigoríficos, enviou comunicado ao BeefPoint sobre os critérios adotados para rateio da cota Hilton, que pode aumentar de 5.000 para 47.500 toneladas. Abaixo publicamos o comunicado na íntegra.

O filé mignon das exportações de carnes bovinas brasileiras está na chamada Cota Hilton, de 5.000 toneladas de carne de qualidade, que o Brasil possui para fornecimento de grandes redes de hotéis e consumidores de alto padrão na Europa, com taxa de importação reduzida de apenas 20%.

Há uma perspectiva de elevação para 47.500 toneladas, segundo reunião realizada em maio na cidade de Bruxelas, na Bélgica, na rodada de negociações com o Mercosul. Estas 42,5 mil toneladas de incremento seriam a fatia que seria reservada ao Brasil devido a ampliação de 100 mil toneladas oferecidas pelos europeus aos países do bloco sul-americano.

Entretanto, o critério de rateio somente privilegia os grandes frigoríficos bovinos brasileiros. Atualmente, das 5.000 toneladas da cota, cada planta industrial com SIF (Serviço de Inspeção Federal) detém cerca de 24 toneladas, somando em torno de 1.000 toneladas para o conjunto das empresas. O restante de 4.000 toneladas é rateado segundo as exportações medidas em dólares do ano anterior.

Ou seja, os grandes frigoríficos recebem sempre as maiores cotas, não permitindo que os demais aumentem suas cotas no rateio. Se a cota for elevada para 47.500 toneladas para o Brasil conforme a reunião em Bruxelas, esta distorção vai aumentar ainda mais.

A Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) está solicitando as autoridades brasileiras um sistema de rateio mais justo e democrático, de forma a contemplar todas as empresas habilitadas e melhorar a distribuição destes ganhos por toda a cadeia produtiva da pecuária de corte, beneficiando principalmente os produtores brasileiros.

Fonte: Abrafrigo.

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