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Queda de alimentos tem limite, diz analista

A queda nos preços dos alimentos, apontada atualmente pelos índices de inflação, tem limites. Mesmo com esses recuos, o consumidor vai continuar sentindo no bolso a forte pressão dos preços dos alimentos, que continuam em patamares elevados.

A queda nos preços dos alimentos, apontada atualmente pelos índices de inflação, tem limites. Mesmo com esses recuos, o consumidor vai continuar sentindo no bolso a forte pressão dos preços dos alimentos, que continuam em patamares elevados.

Além disso, alguns produtos básicos, como arroz e feijão, após recuo no início deste semestre, retomaram o caminho de alta nas últimas semanas no campo, tendência que os índices de inflação devem mostrar em breve.

O cenário econômico que se desenhou também pode ser um freio à queda interna de alguns alimentos, que têm como base de negociação o dólar, agora mais valorizado diante do real. São os casos do óleo de soja e do trigo.

A indefinição quanto à produção e aos estoques mundiais de grãos, devido ao andamento da safra nos EUA, também traz incertezas sobre os preços.

“A fase de queda de preços dos alimentos já está perdendo fôlego e não há uma tendência dessa continuidade”, na avaliação de Paulo Picchetti, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal da cidade de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas.

Os alimentos tiveram mudança de preço relativo, e ficaram mais caros, mas o lado positivo foi o aumento da oferta, diz Picchetti.

Cada produto deve ter uma reação diferente. Estudo feito pelo economista mostra que a alta dos alimentos ocorrida a partir de 2007 foi, na verdade, uma recomposição dos baixos preços ocorridos em 2005 e em 2006, quando os consumidores foram beneficiados.

O maior repasse ocorre no setor de carne bovina. Um mês após a alta dos preços no atacado, o consumidor recebe 91% desse aumento. Já o trigo tem um dos menores repasses. Apenas 18% do aumento do cereal é repassado para o pãozinho.

Sobre o milho, o analista Vlamir Brandalizze não acredita em novas quedas. O produto chegou nos mesmos patamares dos de exportação. Derivados de soja e de milho são importantes fatores de custos na produção de carnes, que também pararam de cair nas últimas semanas.

As informações são de Mauro Zafalon para o jornal Folha de S. Paulo, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.

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