O Brasil dá um passo à frente para alcançar a excelência na rastreabilidade bovina. O Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) apresentou ontem, em Porto Alegre, o chip do boi. O projeto, que conta com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é considerado estratégico pelo governo federal.
O Brasil dá um passo à frente para alcançar a excelência na rastreabilidade bovina. O Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) apresentou ontem, em Porto Alegre, o chip do boi.
O projeto, que conta com R$ 18 milhões de recursos não-reembolsáveis do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é considerado estratégico pelo governo federal. “A rastreabilidade feita hoje no País é rudimentar e isso nos torna alvo, inclusive, de medidas protecionistas de outros países. Estamos começando a mudar essa história”, observa o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
Ele participou ontem da demonstração do processo de identificação eletrônica, feita no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O processo de rastreabilidade eletrônica utiliza um software de banco de dados, um coletor e um brinco, formado por um chip e uma antena. O procedimento de leitura é bastante simples. Basta aproximar um bastão com um leitor do chip, que fica na orelha do animal. Ele ativa o dispositivo e colhe as informações através da tecnologia RFID, de identificação por radiofreqüência. A partir daí, os dados são repassados para um computador via cabo ou rádio, nesse último caso, através da tecnologia bluetooth.
O Ceitec agora tem a propriedade intelectual do projeto, mas os próximos passos ainda serão estudados. O chip do boi está dentro de uma estratégia maior nacional de desenvolver um padrão brasileiro de rastreabilidade e, a partir daí, estimular a criação de um mercado comprador.
A assessora da presidência do BNDES, Margarida Baptista, destacou a importância do chip do boi para a agropecuária brasileira. “Esse é um projeto símbolo dos nossos esforços de apoiar a inovação tecnológica no Brasil e, ao mesmo tempo, esse setor que é tão representativo”, afirmou.
O Ceitec terá capacidade para fabricação de 4 mil lâminas por semana, nas quais podem ser gravados até 15 mil chips. De acordo com a gerente do Centro de Design da empresa, Edelweis Garcez Ritt, apesar de não ter como foco a fabricação em massa, a estrutura é suficiente para atender a alguns projetos, como o próprio chip do boi.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entretanto, deve assinar o decreto que cria o Ceitec como empresa pública federal nos próximos dez dias e, só a partir daí, será feita a nomeação da nova diretoria. O novo presidente deve ser o alemão Eduard Rudolf Weichselbauer, que teria participado do desenvolvimento do plano de negócios do Ceitec S.A.
A matéria foi publicada no Jornal do Comércio/RS, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Pois é, passado algum tempo, nenhuma informação técnica a respeito do tal chip.
Tenho buscado na Internet informações técnicas sobre o mesmo, mas tudo que encontro são declarações de que foi desenvolvido no Brasil o custo do projeto, a capacidade de produção.
É necessário um pouco mais de seriedade nestes anúncios, onde estão as informações técnicas sobre o mesmo, tais como:
– Dimensões
– Tecnologia, Compatibilidade (ISO), (FDX ou HDX)
– Tipo de encapsulamento
– Custo previsto, data em que estará disponível para o mercado etc…
Afinal estas informação se encontram disponíveis nos sites dos fornecedores deste tipo de produto no Brasil, mas não se encontra no site do CEITEC; na realidade no site desta empresa não se encontra referência alguma a este produto.
Resumindo: continuamos a nos enganar com o velho ufanismo, o qual nos leva a prometer e anunciar coisas difíceis de realizar, mas que são repetidas em tom de verdade em todas datas próximas a alguma eleição.