Em nove meses os abates totalizaram 2.395.595 no Estado ao passo em que no mesmo período do ano passado foram 2.701.135. São 305 mil animais a menos, o que equivale ao movimento de um mês inteiro. Com dificuldades para comprar animais, frigoríficos estão operando com capacidade ociosa, unidades deram férias coletivas e em Campo Grande houve caso até de calote.
Os abates de bovinos atingiram em setembro o menor nível em três anos, segundo dados da SFA (Superintendência Federal de Agricultura). Foram 212.300 animais abatidos, número 13,5% menor que em agosto e 12,3% que em setembro do ano passado.
O volume de abates só não é menor que o de outubro de 2005, quando atingiu 144.683 animais. À época houve uma queda drástica devido à ocorrência de febre aftosa em Eldorado, Mundo Novo e Japorã.
Em nove meses os abates totalizaram 2.395.595 no Estado ao passo em que no mesmo período do ano passado foram 2.701.135. São 305 mil animais a menos, o que equivale ao movimento de um mês inteiro. Com dificuldades para comprar animais, frigoríficos estão operando com capacidade ociosa, unidades deram férias coletivas e em Campo Grande houve caso até de calote.
Entre julho e setembro os abates tradicionalmente diminuem em função da entressafra, mas desta vez a queda foi mais drástica diante do grande número de fêmeas abatidas nos últimos anos, que reduziu rebanhos.
Um fator determinante, porém, para que em setembro último os abates tivessem tamanha redução foi a crise econômica mundial. O presidente da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Júnior, afirma que o pecuarista está mais cauteloso na oferta porque cerca de 80% das vendas de bovinos aos frigoríficos são feitas com prazo de pagamento de 30 dias e os efeitos da crise geraram insegurança.
Isso porque as indústrias estão tendo dificuldades para acessar linhas de crédito, além de enfrentarem problemas com desvalorização de suas ações na bolsa.
Quanto ao fôlego que o pecuarista conseguiu ter este ano, com a valorização da arroba, Ademar diz que não foi ainda o suficiente para aplacar os efeitos de anos seguidos de problemas como seca e preços baixos. Além disso, o custo de produção também aumentou consideravelmente.
A matéria é de Fernanda Mathias, do Campo Grande News, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Os calotes dos frigorificos não se restringem somente a Campo Grande não!
O margen deu o calote em Rio Verde!
Senhores, muito boa esta informação.
Precisamos saber também de todos os outros estados, como está o abate, quanto reduziu?
Não só a falta de dinheiro, mas tambem a diferença dos preços, realitivos, gera o problema. É que este pode ser o momento para gerar a cartelização dos frigoríficos, que aproveitando o momento, deixam de comprar à vista e derrubam os preços também no prazo.
Também concordamos com a escassez do produto por uma série de fatores, tanto sazonais dos últimos dois anos, como a crise dos preços na época do isolamento do Estado, apos o surto de aftosa, por longo período.
Entendemos que a atual crise economica mundial, até que os mercados se arrumem, vem atrapalhar bastante.
Espero estar um pouco pessimista. Este é meu ponto de vista.