Nesta quarta-feira a arroba do boi gordo continuou em queda, pressionada pelos frigoríficos, apesar da oferta não apresentar aumento significativo e muitos compradores relatarem problemas na compra de gado. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 88,21/@, com desvalorização de R$ 0,54. O indicador a prazo apresentou recuo de R$ 0,49 sendo cotado a R$ 89,53/@.
Nesta quarta-feira a arroba do boi gordo continuou em queda, pressionada pelos frigoríficos, apesar da oferta não apresentar aumento significativo e muitos compradores relatarem problemas na compra de gado. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 88,21/@, com desvalorização de R$ 0,54. O indicador a prazo apresentou recuo de R$ 0,49 sendo cotado a R$ 89,53/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
A BM&FBovespa fechou mais um dia em baixa, o primeiro vencimento, outubro/08, fechou a R$ 88,40/@, com recuo de R$ 0,48. Os contratos que vencem em novembro/08 tiveram variação de R$ 1,43, fechando a R$ 84,32/@ com 4.283 contratos negociados e 11.058 contratos em aberto. A maior variação foi registrada nos contratos para dezembro/08, R$ 1,45, que fecharam a R$ 84,42/@.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 29/10/08
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para novembro/08
No mercado físico os frigoríficos seguem pressionando o preço da arroba, apesar das escalas curtas e da oferta de animais continuar restrita. Alguns frigoríficos de São Paulo se mantém fora das compras e poucos negócios são realizados nos preços ofertados pelos compradores. As indústrias que possuem contratos a termo e animais próprios trabalham com mais folga, já as empresas menores, que se abastecem em quase sua totalidade com animais negociados no mercado spot, apresentam escalas com menos de uma semana.
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista voltou a cair, sendo cotado a R$ 710,06/cabeça (-R$ 1,40). A relação de troca recuou para 1:2,05.
No atacado da carne bovina, os preços seguem inalterados, com o traseiro cotado a R$ 6,60, o dianteiro a R$ 4,60 e a ponta de agulha a R$ 4,40. O equivalente físico foi calculado em R$ 83,01/@. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente recuo para R$ 5,20/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico x equivalente físico
Apesar do momento ser delicado e existir muito temor e especulação quanto aos reflexos da crise financeira no mercado de carnes, as expectativas para o médio e longo prazo são boas, clique aqui e leia mais no editorial de Miguel da Rocha Cavalcanti, publicado hoje.
Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), está preocupado com o que considera um pânico desnecessário em relação ao futuro da economia mundial e suas consequências para o agronegócio nacional. “Não que a crise tenha algo de positivo”, afirma, “mas o Brasil, hoje, está melhor preparado para enfrentar situações como essa”.
Para o dirigente, a mudança de câmbio é irreversível, o que aumenta a competitividade do agronegócios brasileiro e é capaz de compensar pelo menos parte de eventuais quedas de preços em dólar de produtos exportados pelo Brasil. No caso das carnes, ele acredita que a pressão dos importadores por reduções dos valores de compra vai durar até o fim do ano, mas sem força para reduzir os embarques de carne suína do país em 2008, ainda estimados em 600 mil toneladas.
André Camargo, Equipe BeefPoint