O preço da carne bovina no atacado atingiu o nível mais elevado da série do indicador de preços calculado desde janeiro de 2001 pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). O indicador, que reflete os preços da carne de primeira, atingiu na sexta-feira passada R$ 6,95/quilo. Apenas no mês de novembro, a carne bovina no atacado acumula valorização superior a 7%.
O preço da carne bovina no atacado atingiu o nível mais elevado da série do indicador de preços calculado desde janeiro de 2001 pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). O indicador, que reflete os preços da carne de primeira, atingiu na sexta-feira passada R$ 6,95/quilo. Apenas no mês de novembro, a carne bovina no atacado acumula valorização superior a 7%.
O motivo para a valorização dos preços é a baixa disponibilidade de animais para abate, provocada pelo alto índice de descarte de matrizes nos últimos dois anos. Para se ajustar à nova realidade de baixa oferta de animais, muitos frigoríficos interromperam os abates em algumas unidades e deram férias coletivas para outras.
A estratégia da indústria de reduzir a demanda deu resultados, pois a cotação do boi gordo, que chegou a superar R$ 94 em junho, recuou para os atuais R$ 90. Contudo, o menor volume de abate resultou na redução da oferta de carne bovina para o atacado, fazendo com que os preços registrassem a valorização verificada nos últimos meses. “Temos uma oferta pequena no atacado e uma margem de lucro do varejo muito elevada, o que justifica os atuais níveis de preço”, diz o diretor da consultoria AgraFNP, José Vicente Ferraz.
A matéria é de Alexandre Inacio, do jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Esta é uma notícia que reflete a verdadeira realidade do mercado, pois mesmo com a sombra da crise financeira o consumo de alimentos é alto e vai continuar sendo. A produção de carne não é suficiente para atender a demanda interna, pois se a Rússia diminui importação a Venezuela, a Croácia e outros aumentam e a carne tende a ser exportada, pois o cambio é convidativo e o mercado interno que se vire. Traseiro de R$7,00 que crise é essa? Só se for a do consumidor, este sim sempre paga o pato junto com o produtor.