O diretor do Breeders & Packers Meat Uruguay (BPU), Roberto Palma, disse que no máximo em abril de 2009 serão realizadas as primeiras provas na planta frigorífica que o grupo está construindo no Departamento de Durazno, no Uruguai. O investimento no frigorífico do grupo inglês é de cerca de US$ 50 milhões, mas além da planta, envolve projetos produtivos a nível de campo. Uma vez realizadas as provas, começarão a ser liberadas as permissões de exportação.
O diretor do Breeders & Packers Meat Uruguay (BPU), Roberto Palma, disse que no máximo em abril de 2009 serão realizadas as primeiras provas na planta frigorífica que o grupo está construindo no Departamento de Durazno, no Uruguai. O investimento no frigorífico do grupo inglês é de cerca de US$ 50 milhões, mas além da planta, envolve projetos produtivos a nível de campo. Uma vez realizadas as provas, começarão a ser liberadas as permissões de exportação.
Palma recordou que até agora, a queda do preço do gado não encontrou seu piso, o que não permite um planejamento adequado para o futuro. Durante o 5º Congresso de Produção, Industrialização e Comercialização de Carnes, “Do campo ao prato”, ocorrido nesta semana no Laboratório Tecnológico do Uruguai (LATU), Palma disse que se trata de um investimento feito por Terry Johnson, de forma que não há empréstimos a devolver. Ele disse que no estabelecimento do frigorífico começou a ser construído um complexo genético que compreende cria, recria e invernada e um sistema de engorda em confinamento.
Por outro lado, no final de 2007, foi concretizada a compra do Carne Hereford do Uruguai e, dois meses depois, adquiriu 51% das ações do Frigorífico Solís, de forma que começou um programa de investimentos para alcançar uma capacidade de abate da ordem de 450 a 500 cabeças diárias, das 180 que abatia no momento da operação.
Por outro lado, a Breeders & Packers Meat já tinha na Argentina a marca Angus e fez um acordo no Uruguai com as mesmas características, de forma que ambos os produtos, Hereford e Angus, estão sendo destinados tanto ao exterior como ao mercado interno, através de um acordo firmado com o grupo Disco.
Palma explicou que há um ano o frigorífico está abastecendo duas importantes cadeias de supermercados na Inglaterra. “Hoje a carne uruguaia ocupa um lugar da carne argentina nessas prateleiras”.
Ele estimou que hoje, mais do que nunca, a missão da empresa é integrar toda a cadeia e tentar mudar essa “desconfiança” entre o produtor e a indústria, que “ocorre em todos os lados”. A busca é que o produtor se integre e faça parte do negócio, deixando de lado a desconfiança, disse Palma.
Quanto à situação atual do mercado de carnes, Palma comentou que os preços que a Rússia e a União Européia (UE) estavam pagando nos últimos meses não eram sustentáveis e tampouco o valor que se pagava pelo gado no mercado interno. “Esperava-se um ajuste, mas não deste tipo”, disse ele, agregando que o dólar estava muito desvalorizado com relação ao euro. Por outro lado, “a Rússia estava em um bom momento e com um valor de petróleo muito alto, de forma que compravam absolutamente tudo, facilitando o negócio para toda a cadeia”.
Desta situação se chegou à de hoje, “com mercados que estão comprando de forma muito lenta, já que têm muitos estoques e pararam de uma forma repentina”. Por outro lado, a Argentina começou a modificar suas políticas. Isso fez com que, pela primeira vez, o Uruguai vendesse mais caro que a Argentina, quando tradicionalmente o Uruguai vendia cerca de US$ 1.500 mais baratos a tonelada de cortes Hilton.
O Brasil, por sua vez, avança lentamente em sua política de rastreabilidade, junto com a desvalorização do Real, tem dado ar à indústria exportadora brasileira, disse Palma.
Tudo isso provocou uma baixa do preço da carne, o que se traduz em uma queda do valor do gado. Palma disse que a empresa espera que se alcance o piso do preço do gado, para que possa planejar o futuro.
A reportagem é do El País, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.