Grupos de produtores agrícolas da Argentina decidiram não reiniciar os bloqueios de estradas como fizeram no ano passado para protestar contra as regras de exportações do governo. Os agricultores alegam que dependem do governo para captar recursos e por isso não consideram interessante, nem estratégico entrar em confronto com o governo.
Grupos de produtores agrícolas da Argentina decidiram não reiniciar os bloqueios de estradas como fizeram no ano passado para protestar contra as regras de exportações do governo. Os agricultores alegam que dependem do governo para captar recursos e por isso não consideram interessante, nem estratégico entrar em confronto com o governo.
“Existem muitos produtores agrícolas que precisam vender seus animais ou seus grãos”, explicou ontem Hugo Biolcati, presidente da Sociedade Rural da Argentina durante uma entrevista divulgada pela Radio 10 de Buenos Aires.
“Caso retomássemos as manifestações contra as normas para as exportações de grãos, estaríamos agindo contra nós mesmos”, declarou o representante dos agricultores argentinos.
As manifestações do ano passado tinham por objetivo denunciar, em âmbito nacional, as taxas e restrições às exportações, criadas para tentar evitar o impacto da alta dos preços das commodities agrícolas nas taxas de inflação domésticas. Além disso, o governo de Cristina Kirschiner desejava garantir o abastecimento do mercado interno de alimentos.
Para protestar, os produtores lançaram mão de bloqueios nas estradas que detiveram o tráfego e fecharam os portos. Os bloqueios das vias, conduziram a um déficit de alimentos em Buenos Aires.
Os produtores estão mais pobres no momento do que quando os protestos começaram, devido à pior seca em pelo menos 20 anos, informou Biolcati. As colheitas de milho e trigo da safra atual serão as menores em mais de uma década, e as plantações de soja também poderão ser afetadas, segundo disse a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.
As informações foram publicadas pela Gazeta Mercantil, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.