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EUA: crise afeta previsões de exportações de carne

A crise financeira global e o menor poder de compra no exterior estão afetando as expectativas para exportações de carne bovina dos Estados Unidos em 2009. No entanto, existem algumas áreas de crescimento e as vendas de carne bovina dos EUA continuam se beneficiando dos esforços da administração de Bush para cortar as restrições de importações.

A crise financeira global e o menor poder de compra no exterior estão afetando as expectativas para exportações de carne bovina dos Estados Unidos em 2009. No entanto, existem algumas áreas de crescimento e as vendas de carne bovina dos EUA continuam se beneficiando dos esforços da administração de Bush para cortar as restrições de importações.

De acordo com o vice-secretário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Chuck Lambert, a grande dúvida é qual será o impacto da crise financeira global. Ele citou o caso da Coréia, para onde as exportações de carne bovina dos EUA estavam indo bem até outubro, mas que começaram a declinar depois disso.

Até quando e até que ponto a crise pesará nas exportações de carne bovina dos EUA em 2009 não é algo que o Governo e a indústria querem prever. Não se trata de saber se a desaceleração econômica reduzirá as exportações de carne bovina em 2009, disse o administrador do Serviço Agrícola Estrangeiro do USDA, Mike Yost. “É uma questão de magnitude”.

Os últimos dados divulgados – de outubro – já mostram sinais de declínio nas exportações, disseram representantes da indústria. As exportações de carne bovina dos EUA para Rússia, Coréia do Sul, México e Canadá caíram. Dados do Governo, mantidos pela Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation – USMEF), mostram que os EUA exportaram 89.205 toneladas de carne bovina em outubro no valor de US$ 348 milhões. Isso é menos que as 98,64 mil toneladas, ou US$ 396 milhões, exportados em setembro.

A previsão para as exportações de carne bovina dos EUA é confusa em meio à desaceleração econômica global, mas a remoção de restrições de importação em países como Coréia do Sul oferecem certa esperança. As exportações de carne bovina dos EUA para Rússia e Coréia do Sul estavam fortes até que as moedas dos dois países, rublo e won, começaram a desvalorizar em outubro e os países começaram a apertar seus cintos para produtos como carne bovina.

A Coréia do Sul, por exemplo, comprou US$ 162 milhões de carne bovina dos EUA de junho a setembro, um fato substancial considerando os protestos violentos ocorridos no país contra a entrada de carne norte-americana. Os coreanos podem agora aceitar a carne dos EUA como segura, mas fatores econômicos poderão prejudicar isso, levando à importação de produtos mais baratos de países como Austrália.

A reportagem é do The Wall Street Journal, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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