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20 de janeiro de 2009

Seca prejudica pecuária argentina

A seca vem provocando estragos em várias regiões da Argentina, entre elas, a Província de Santa Fé, onde, pela falta de água, o rebanho já reduziu cerca de 300 mil cabeças de gado em 2008, o que representa uma perda de US$ 63 milhões para a produção da Província. No entanto, os prognósticos não são muito animadores. Segundo estimativas de especialistas do setor, nascerão no país entre meio milhão e um milhão de bezerros a menos este ano.

A seca vem provocando estragos em várias regiões da Argentina, entre elas, a Província de Santa Fé, onde, pela falta de água, o rebanho já reduziu cerca de 300 mil cabeças de gado em 2008, o que representa uma perda de US$ 63 milhões para a produção da Província. No entanto, os prognósticos não são muito animadores. Segundo estimativas de especialistas do setor, nascerão no país entre meio milhão e um milhão de bezerros a menos este ano.

A isso deverão se somar as perdas provocadas na atividade agrícola. Por isso, os produtores e a indústria pedem ao Governo a eliminação dos pesos mínimos ao abate (que atualmente estão em 280 quilos) e a abertura das exportações de couros sem curtir, o que abriria um novo mercado ao setor frigorífico e resultaria em maiores benefícios para o criador.

O presidente da Associação de Produtores de Carne Bovina Argentina (Aprocaboa), Angel Girari, fez um cálculo preliminar e disse que, considerando a média dos valores atuais da vaca, do bezerro e do novilho e contemplando a redução do número de animais, as perdas econômicas somariam cerca de US$ 63 milhões.

“Um pouco se perdeu por peso, também por mortandade, mas também muitas vacas foram terminadas em confinamentos”, disse o consultor Victor Tonelli. Ele disse que os produtores fizeram vendas ruins e que isso repercutirá nos índices de prenhez.

A previsão de menos nascimentos de bezerros este ano (entre meio milhão e um milhão a menos) foi feita pelos especialista em mercados pecuários, Ignacio Iriarte, que disse que isso ocorrerá em parte porque menos vacas receberão serviço e em parte porque já há regiões onde o dano é irreversível”.

O representante do frigorífico Sugarosa, Jorge Martínez, disse que as medidas pedidas pelos produtores e indústria ao Governo seriam boas, mas considerou a situação complexa, porque estas decisões estão nas mãos da Secretaria de Comércio Interior, conduzida por Guillermo Moreno. “Estão pensando em curto prazo, mas o problema é mais sério, no ano que vem não teremos bezerros”. Ele disse que faltarão novilhos e bezerros. Ele disse que se aumentar o preço dos cereais, o negócio de confinamento também se complicará.

A reportagem é do Lacapital.com.ar, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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