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Nutriplus expande negócio para a China com a BBCA

A refeição escolar, hoje, é o negócio que mais cresce no setor de refeições coletivas. Cresce tanto que uma das três maiores do ramo no Brasil, a Nutriplus, está se expandindo para a China. A empresa, fundada nos anos 80 em Salto, no interior de São Paulo, acaba de firmar uma joint venture com a China BBCA Group Corp, a maior estatal chinesa de alimentos, para exportar gêneros alimentícios.

A refeição escolar, hoje, é o negócio que mais cresce no setor de refeições coletivas. Cresce tanto que uma das três maiores do ramo no Brasil, a Nutriplus, está se expandindo para a China. A empresa, fundada nos anos 80 em Salto, no interior de São Paulo, acaba de firmar uma joint venture com a China BBCA Group Corp, a maior estatal chinesa de alimentos, para exportar gêneros alimentícios.

“Vamos mandar para China vários tipos de alimentos, como carne, frango, soja, açúcar e café. A distribuição por lá, para escolas e outros consumidores, será feita pela BBCA”, explica o presidente do Grupo JLJ, controlador da Nutriplus, Ignácio de Moraes Júnior. Toda operação que envolve a compra, a embalagem e o transporte dos alimentos até o porto de Santos ficará a cargo da empresa brasileira. As mercadorias serão desembarcadas no porto de Xangai, em um centro de distribuição que as duas empresas estão construindo lá, com investimento de US$ 20 milhões (51% pela Nutriplis, 49% pela BBCA).

A idéia é mandar para a China US$ 140 milhões em alimentos entre abril deste ano e abril do ano que vem. “Até 2012, devemos chegar à soma de US$ 1 bilhão”, diz o executivo. O negócio, segundo ele, deve dobrar o faturamento da companhia, que em 2008 foi de US$ 100 milhões. Hoje, a Nutriplus perde apenas para a De Nadai, a primeira colocada em refeições escolares no país, e para a Coan Pampas, segunda maior no ramo.

Mas nem só de clientes distantes vive a Nutriplus. “Acabamos de fechar um contrato no Paraguai para fornecer alimentação para 100 mil alunos da rede escolar do país vizinho”, diz o presidente. Lá, a empresa, que tem 5 mil funcionários, deve contratar mais 720 pessoas para trabalhar nas cozinhas escolares. “Seja a China ou o Paraguai, expandir para outros países é uma alternativa para não ficarmos na dependência do mercado interno, que no caso das refeições industriais, está em desaceleração”, diz Júnior.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc), a venda de refeições para escolas deve crescer de 7% a 8% este ano. “Esse é um nicho muito novo, que começa a ser explorado agora”, diz Antonio Guimarães, diretor superintendente da entidade. “Além disso, no caso de uma crise realmente se alastrar pelo país, as prefeituras, que administram as escolas públicas, cortarão o gasto com obras. Mas não vão cortar a merenda escolar, já que isso repercute muito mal”, diz.

A matéria é de Lílian Cunha, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

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