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MS: lideranças querem que técnicos também façam certificação

O superintendente Federal da Agricultura (SFA), Orlando Baez, e o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV/MS), Osmar Bastos, reuniram-se com a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL, para apresentar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a proposta para que os responsáveis técnicos pelas propriedades rurais também possam ser os responsáveis para o credenciamento de fazendas à exportação.

O superintendente Federal da Agricultura (SFA), Orlando Baez, e o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV/MS), Osmar Bastos, reuniram-se com a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de MS – FAMASUL, para apresentar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a proposta para que os responsáveis técnicos pelas propriedades rurais também possam ser os responsáveis para o credenciamento de fazendas à exportação.

Até a semana passada, três propriedades em Mato Grosso do Sul estavam habilitadas a exportar. “O trabalho pelas certificadoras precisa ser aperfeiçoado e com essa proposta a certificação de fazendas para a exportação será mais ágil”, comentou Baez. Para o presidente da FAMASUL, Ademar da Silva Junior, hoje a certificadora acaba sendo mais um custo para o produtor rural. “Toda a propriedade organizada tem um responsável técnico e se ele passa a ser credenciado para certificar as propriedades onde já trabalha, para a exportação, a certificação certamente será mais eficiente”, apontou o presidente.

Também participaram da reunião o vice-presidente da FAMASUL, Eduardo Riedel; o diretor-secretário, Dácio Queiroz; a diretora tesoureira, Lizete Brito; o presidente da Aprosoja/MS , Almir Dal Pasquale, e o consultor Horácio Tinoco.

As informações são da Famasul, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Márcio Vinícius Ribeiro de Moraes disse:

    Bom dia leitores do BeefPoint,

    Como diretor e responsável técnico de uma certificadora devidamente credenciada pelo MAPA, não posso deixar de prestar alguns esclarecimentos aos leitores do BeefPoint, em detrimento dos pecuaristas que estão cadastrados no SISBOV e das certificadoras atuantes no processo de rastreabilidade brasileiro.

    A cadeia da carne bovina no Estado de Mato Grosso do Sul, teve no passado prejuízos incalculáveis com a crise da febre aftosa, e hoje ainda perde diariamente com a falta de propriedades certificadas para o mercado comum europeu.

    Os trabalhos que têm sido realizado por SP,GO, MG, MT, PR, RS, ES, nos Orgãos de Defesa Sanitária, nas Superintendencias Ferderais de Agricultura e nas Certificadoras, estão claramente mostrados nos gráficos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA. São trabalhos realizados por técnicos que vão a campo, e que totalizaram em um ano de trabalhos cerca de 800 fazendas habilitadas na Lista Traces.

    Agora o problema que assola o Estado de Mato Grosso do Sul, a meu ver é “gravíssimo”, e começa por um conjunto de equívocos liderados por esses representantes que na verdade mais atrapalham do que ajudam o sistema. Lideranças essas, que sugerem, por exemplo, como no texto acima que “toda a propriedade organizada tem um responsável técnico e se ele passa a ser credenciado para certificar as propriedades onde já trabalha, para a exportação, a certificação certamente será mais eficiente”.

    Em primeiro lugar, o custo alto das certificadoras, afirmado pelo então presidente desta federação, se dá pelo fato de que “ninguém” trabalha de graça, ou o senhor trabalha? E em segundo lugar, é um grave erro afirmar que responsáveis técnicos de propriedades rurais poderão assinar ou certificar fazendas para UE, pois este configura claramente “conflito de interesse”, e ainda exacerbadamente anti-ético, me corrijam se estiver errado, pois está foi uma das causas dos europeus, na última auditoria realizada em nosso país este mês, desabilitarem 2 propriedades ERAS.

    Meus senhores, olhem para os estados visinhos, e aprendam como é que se faz, e tomem o rumo certo da exportação. A própria CNA, FAMATO e outras federações, apóiam o sistema atual, e auxiliam na implementação das normas. É um erro, o Estado de Mato Grosso do Sul querer ser diferente dos outros, pois este não é um país soberano e sim mais um dos estados desta federação, com um dos maiores e melhores rebanhos bovinos brasileiros. Não remem contra maré!

  2. Geraldo Henrique Rielli disse:

    Mais uma vez o MS querendo criar “factóides”.
    A única explicação para esta tolice é talvez querer mostrar trabalho.

    Se cada elo da cadeia se concentrar na sua tarefa, ai sim conseguiremos atingir o objetivo compensador.

  3. José Leonardo Montes disse:

    Como diz boris casoy, isso é uma vergonha, depois de tudo implantado vem o menbro de um conselho regional, dizer que os tecnicos que dão assistencias nas propriedades tem que ser credenciados para liberar as fazendas, isso é piada companheiro, ou você acha que é facil manter o sisbov em plena atividade, você de certo não conheçe o sistema, passa a se informar para dar opiniões menos exdruxulas.

    Somente uma pergunta, quantas propriedades que mantem um tecnicos no MT, será que seria em torno de 10%, facil em esses tecnicos darem conta disso.

  4. Gilcler Alcino Sabaini de Souza disse:

    Concordo com o Sr Márcio Vinícius Ribeiro de Moraes e não só porque sou supervisor técnico de uma certificadora, mas pelo que venho lendo a respeito de tudo o que vem acontecendo a respeito da rastreabilidade.

    Outro dia li uma reportagem que falava, podemos até simplificar o SISBOV, mas a U.E. vai aceitar essa simplificação? O que deveria estar sendo discutido no meu ponto de vista é o pagamento de um prêmio descente para o pecuarista que esta se adequando pois isto sim vai fazer o pecuarista aderir voluntariamente ao SISBOV e seguir as exigencias dos Europeus sem reclamar, pois “pagando bem, que mal tem…”. A verdade é que se eles estiverem disposto a pagar por um serviço, sempre vai aparecer alguém disposto a seguir as exigências deles.

    O conflito de interesse citado acima pelo Márcio é muito coerente, quem vai ser o RT da propriedade que vai dar uma não conformidade a uma propriedade, sendo que ele era o responsável para que aquela propriedade esteja conforme.

  5. fabricio faccin disse:

    Bom dia a todos

    Com certeza todos querem vender seu peixe, como parte da direção de uma certificadora é obvio que o senhor diga isso, no entanto, o problema de mato grosso do sul não é por parte dos administradores e sim um problema, digamos, político.
    Se fosse só esse o problema porque o senhor não vem montar uma filial no nosso estado e nos ensinar como se faz? Seria uma otima oportunidade não acha?
    pelo jeito estamo precisando de pessoas como o senhor.

  6. Aluisio Villela Diniz Junqueira disse:

    Prezados leitores,

    A falta de informações ainda afligem o mercado!
    No caso da Rastreabilidade a maioria ainda acha que isso tudo acabou, e alguns querem acabar com tudo.

    Os grande interessados em ter suas toneladas pagas a preço de ouro, diga-se as Indústrias, quando solicitadas a dar informações, mesmo que aqueles animais não sejam exportáveis, por algum motivo de mercado, chegam a dizer que pode mandar o animal de qualquer jeito, sem a devida leitura de seus animais para preenchimento dos comunicados de controle da propriedade, e atrapalham e desistimulam aqueles que são seus fornecedores, sempre matando a galinha dos seus próprios ovos!

    Porém, quem ainda está almejando a certificação ERAS, também está encontrando dificuldades.

    Veja por exemplo o caso de um produtor de Goiás (dados omitidos conforme contrato de sigilo): sua fazenda foi vistoriada pelos técnicos credenciados pelo MAPA no inicio de Dezembro como apta à exportar para a União Européia, e até hoje sua propriedade não se encontra na lista.

    Quando será que os frigoríficos vão viabilizar as parcerias com seus fornecedores?

    Será que o MAPA não pode ter um canal de informações para maior clareza e acompanhamento do processo pelo produtor?

    Estamos em plena safra do boi, e os produtores, são penalizados, mesmo tendo sua fazenda aprovada pelos técnicos do governo?

  7. Mário Rafael Rossetti disse:

    A pergunta e somente uma? Certificar para que? Se agora nem sabemos se quem morre antes e o Eras ou os Frigoríficos exportadores? Concordo com a iniciatica do nobre colega e presidente do CRMV-MS do qual faço parte, porém me pergunto até quando ficaremos a merce do elo final da cadeia? Porém acredito que temos sim condições de contribuir com o Eras, para que ele não se torne o Eras uma vez.