Nesta terça-feira o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 80,82/@, com queda de R$ 0,07. O indicador a prazo teve leve desvalorização de R$ 0,01, sendo cotado a R$ 81,87/@. No mercado físico, a oferta pode ser considerada restrita para a época do ano, mas está sendo suficiente para atender a demanda do mercado interno e externo que no momento está retraída, assim os frigoríficos seguem pressionando por novos recuos.
Nesta terça-feira o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 80,82/@, com queda de R$ 0,07. O indicador a prazo teve leve desvalorização de R$ 0,01, sendo cotado a R$ 81,87/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
No mercado físico, a oferta pode ser considerada restrita para a época do ano, mas os frigoríficos estão conseguindo manter suas escalas um torno de uma semana. A quantidade de animais pronta para o abate é pequena para o período do ano – com exceção de MS onde os frigoríficos estão conseguindo comprar melhor -, mas está sendo suficiente para atender a demanda do mercado interno e externo que no momento está retraída.
Dessa maneira a queda de braço continua, com os pecuaristas de um lado se negando a aceitar preços mas baixos e as indústrias pressionando os preços e alegando que não conseguem escoar a produção.
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
Na BM&FBovespa, os contratos com vencimento mais próximo fecharam em baixa, com exceção dos que vencem em março/09 que apresentaram valorização de R$ 0,05, fechando a R$ 79,25/@. Os contratos mais longos fecharam em alta com outubro/09 registrando variação positiva de R$ 0,12 (R$ 82,15/@).
O primeiro vencimento, fevereiro/09, fechou a R$ 81,28/@, com retração de R$ 0,29. Maio/09, um dos contratos com maior liquidez no momento, apresentou queda de R$ 0,70, fechando a R$ 75,91/@. Acompanhe o movimento da BM&FBovespa na tabela abaixo.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 17/02/09
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para maio/09
No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 6,40, o dianteiro a R$ 3,60 e a ponta de agulha a R$ 3,50. O equivalente físico foi calculado em R$ 73,97/@, com desvalorização de 0,52%, assim o spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente subiu para R$ 6,85/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 626,91/cabeça, queda de R$ 0,33 e a relação de troca permanece em 1:2,13.
André Camargo, Equipe BeefPoint
0 Comments
Essa crise se deve também ao abate indiscriminado de matrizes, o bezerro encareceu, a reposição ficou cara, logo o invernista ao comprar um bezerro mais caro não vai vender seu boi gordo barato e ao mesmo tempo os frigoríficos não querem repassar o preço para os criadores uma vez que a carne no comércio continua com o preço alto. A solução é a união dos pecuaristas vamos segurar a boiada no pasto ! Vamos vender só o suficiente para quitar as dívidas ! Vamos nos unirmos para que o início da cadeia produtiva da carne tenha o valor que merece !
Caro Anisio.
Você está correto em seu ponto de vista. Entretanto o que você sugere por si só não resolveria o problema da cadeia. Há um desajuste muito grande na cadeia produtiva do gado de corte no Brasil. Como até já foi comentado aqui no BeefPoint, as margens no varejo são extremamente altas. Por isso cai o consumo. E o pior, o varejo não repassa isso aos frigoríficos que em consequência não podem pagar adequadamente o produtor. Sofre o consumidor final, os frigoríficos e os produtores. Os varejistas estão nadando de braçada.
O ideal seria haver uma reunião entre representantes de produtores, frigoríficos e varejo para exigir que haja mais bom senso.
Caro Sr Anisio, parabéns pela chamada de união da classe, espero que mais gente compartilhe esta idéia e se una para fazer frente aos conglomerados do setor que hoje estão muito apoiados no BNDES (atenção para este fato) e cacifados.