Um amplo estudo buscando encontrar áreas nas quais a indústria de carne bovina pode focar esforços para aumentar a demanda por carne em meio à recessão econômica mostrou que a nutrição, a segurança e a conveniência são importantes critérios para os consumidores.
Um amplo estudo buscando encontrar áreas nas quais a indústria de carne bovina pode focar esforços para aumentar a demanda por carne em meio à recessão econômica mostrou que a nutrição, a segurança e a conveniência são importantes critérios para os consumidores.
O estudo, conduzido pelos economistas agrícolas da Universidade Estadual de Kansas e da Universidade Estadual de Michigan, também mostrou que o preço tem um efeito, mas que modestas flutuações nos preços não têm muito impacto na demanda.
“Muito do que acontece com a recente desaceleração na demanda é devido a macroeconomia”, disse o economista agrícola do Centro de Pesquisa e Extensão de Kansas, James Mintert. “Grande parte disso está fora do controle da indústria, mas existem coisas em que a indústria pode trabalhar para reforçar a demanda e se preparar para uma recuperação quando a economia começar a se equilibrar”.
O estudo avaliou fatores que influenciam a demanda dos consumidores dos EUA para a carne bovina. O estudo foi financiado pela Comissão de Produtores de Carne Bovina (Cattlemen´s Beef Board – CBB) e várias organizações estaduais de produtores de carne bovina. Mintert apresentou as descobertas na convenção da indústria de carne bovina em Phoenix em janeiro.
Como pequenos aumentos ou declínios nos preços têm somente pequenos impactos no consumo de carne bovina, os economistas disseram que a indústria de carne bovina deve focar em garantir que os consumidores não tenham razões não relacionadas aos preços para deixar de consumir o produto.
Entre as conclusões do estudo esteve a constatação de que recolhimentos de alimentos por causa de segurança reduzem a demanda.
O estudo disse também que “investir no desenvolvimento de novas tecnologias de produção e processamento que melhorem as propriedades nutricionais da carne bovina pode ser uma fonte para uma melhora futura na demanda”.
A conveniência também é importante, disseram os pesquisadores. Para determinar a conveniência, o estudo examinou duas medidas indiretas: mulheres trabalhando fora de casa e alimentos consumidos fora de casa. O estudo mostrou que, à medida que a demanda dos consumidores por produtos que são convenientes aumenta, a carne bovina sofre, mas as carnes de frango e suína se beneficiam.
“Isso deve ocorrer por causa das diferenças no ritmo de introduções de novos produtos”, disse Mintert, citando a busca em um banco de dados de novos produtos lançados de 1997 a 2008 contendo as palavras: “conveniente”, “fácil de usar” e outras coisas que levam à economia de tempo no preparo do produto. Essa busca identificou 5.633 novos produtos de carne de aves, mas somente 3.579 novos produtos de carne bovina. Para maiores informações sobre o estudo, clique aqui escolha a opção “Beef Demand Determinants Slide Show”.
A reportagem é do MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Trabalho importantíssimo. O profissionalismo e a acuidade dos dados revelam o cuidado com que os americanos tratam seus interesses. Algo a ser aprendido por nós e, de antemão, devemos usufruir dos resultados desta pesquisa.
Além dos pioneiros Hamburguers “by” microondas, poucos produtos são disponibilizados hoje por nossa indústria da carne no método “fast food”. Fica a importante dica – os hábitos urbanos pedem bifes e “outros” já pré-fabricados. Acabaram-se as cozinheiras para limpar panelas e cozinhas. Também não há tempo para preparos demorados no dia a dia.