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2 de março de 2009

BB cobra juros maiores em empréstimos para agricultor

Com a avaliação de que a crise elevou o risco de calote, o Banco do Brasil aumentou a margem cobrada nos empréstimos para empresas e agricultores no último trimestre de 2008.
Segundo o BB, a alta é explicada pela "necessidade de maiores despesas com provisões para fazer frente a uma possível deterioração do cenário econômico no decorrer de 2009". Nos financiamentos agrícolas, o spread da instituição - diferença entre a taxa de captação e o juro cobrado - subiu 7,6%, para 5,6 pontos.

Com a avaliação de que a crise elevou o risco de calote, o Banco do Brasil aumentou a margem cobrada nos empréstimos para empresas e agricultores no último trimestre de 2008. A alta ocorreu a despeito da pressão de baixa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos financiamentos para as pessoas jurídicas, o spread da instituição – diferença entre a taxa de captação e o juro cobrado – subiu 10,6% na comparação com o 3º trimestre. Com isso, a rentabilidade do banco cresceu: enquanto o volume de crédito aumentou 11,2%, o ganho com essas operações avançou 14,2%.

O balanço anual do BB, divulgado na semana passada, revela que o spread médio cobrado nos empréstimos a empresas subiu, atingindo 7,3 pontos percentuais no quarto trimestre de 2008. O banco federal explica a alta pela “necessidade de maiores despesas com provisões para fazer frente a uma possível deterioração do cenário econômico no decorrer de 2009”. Com o mesmo argumento, o banco aumentou o spread dos financiamentos agrícolas em 7,6%, para 5,6 pontos.

Segundo o Banco Central, o lucro do banco, as provisões contra calote, os impostos e o recolhimento compulsório junto à autoridade monetária são os principais componentes do spread bancário. Ao aumentar a margem cobrada nos empréstimos, o BB garantiu maior lucratividade nessas operações.

Ainda de acordo com o balanço do BB, a chamada “margem financeira bruta” dos empréstimos ao agronegócio cresceu 10,2% entre os dois trimestres, para R$ 854 milhões. Essa taxa de expansão foi maior que a evolução das operações de crédito, que avançaram apenas a metade: 5,2%. As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. Carlos Alberto de Godoy Bueno disse:

    Aparentemente a melhor atitude para o banco público, em momento de grave crise, seria exatamente a oposta, mediante juros menores, civilizados de acordo com a globalização, de modo a aliviar a ansiedade e a restrição que se vê no mercado.