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16 de março de 2009
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18 de março de 2009

Ajuda a frigoríficos: erro monumental

Fiquei, como todos os que conhecem o mercado da carne e a história dos frigoríficos brasileiros, estarrecido com a notícia repercutida pelo BeefPoint sob o título "Governo estrutura ajuda a frigoríficos". Absurdo dos absurdos, uma vez que, essas mesmas grandes empresas frigoríficas, que com o farto dinheiro disponível no mercado internacional e também do BNDES, transformaram a atividade de produção industrial em atividade financeira.

Fiquei, como todos os que conhecem o mercado da carne e a história dos frigoríficos brasileiros, estarrecido com a notícia repercutida pelo BeefPoint sob o título “Governo estrutura ajuda a frigoríficos”.

Conforme a notícia “o Senado começa a desenhar medidas de “salvamento” do setor” e o governo liberará financiamento para “capital de giro” a frigoríficos em dificuldade.

Por outro lado a ajuda viria através de uma linha de crédito de até 1,2 bilhão e também de empréstimos para estocagem (EGF e LEC) da produção de carne em até R$ 20 milhões por empresa, além de outra linha de crédito de R$ 2,5 bilhões prevê o repasse, com o compromisso de recompra, de parte das carteiras de recebíveis das agroindústrias – como Cédulas de Produto Rural (CPR) – em garantia das operações e para completar o Tesouro Nacional passará a subsidiar os juros de empréstimos para capital de giro de agroindústrias.

Absurdo dos absurdos, uma vez que, essas mesmas grandes empresas frigoríficas, que com o farto dinheiro disponível no mercado internacional e também do BNDES,transformaram a atividade de produção industrial em atividade financeira, tentaram passar um rolo compressor em cima das pequenas e médias empresas frigoríficas do Brasil, praticando preços de venda abaixo do custo e construindo uma enormidade de indústrias e ampliações da capacidade de abate, muito além da real necessidade do setor. Por causa destes imprudentes e temerários investimentos a capacidade ociosa da indústria frigorífica nacional é de mais de 40%.

Agora para se safar da aventura que cometeram, querem tirar recursos bilionários dos contribuintes e assim sobreviverem, apagando a irresponsabilidade cometida.

Todos sabemos que mesmo com o fechamento dos abatedouros do Frigorífico Independência, Quatro Marcos e outros, o país de ponta a ponta está plenamente abastecido e com carne sobrando no atacado, além do mais os preços caindo, o que é natural em plena safra.

O que realmente seria justo é colocar a carne bovina na cesta básica isentando-a do famigerado Pis-Cofins (uma difícil batalha tão bem conduzida pela atual direção da Abrafrigo), benefício que seria democraticamente estendido a todas as empresas do setor e premiando aquelas indústrias que sempre trabalharam com sensatez, honradez e bom senso.

É preciso que se alerte o País sobre o novo “trem da alegria”,que vai transformar o BNDES e o Banco do Brasil em pronto socorro de Grupos Frigoríficos que já se endividaram muito além de sua capacidade, tal qual uma ciranda Ponzi, agora que o irresponsável fluxo de capitais cessou, viram sua estratégia de alavancagem sem limites, ruir como um castelo de cartas.

Até financiamento de estocagem foi cogitado, como nos tempos do Ministro Delfin, onde os grandes frigoríficos da época aplicaram um grande calote no governo.

Somente para citar, vale lembrar que o Grupo Independência, ano passado, tomou emprestado do BNDES 250 milhões e poucos dias antes de entrar em recuperação judicial, tentou levantar mais 200 milhões.

Será que o governo federal acha que torrar dinheiro com indústrias frigoríficas incompetentes seja uma boa maneira de sair da crise?

Os dois grandes argumentos utilizados para convencer o governo são:

• O fantasma do desabastecimento.

• O fantasma do desemprego.

Ambos são falaciosos e inverídicos, uma vez que apesar do fechamento de grandes frigoríficos o Brasil está plenamente abastecido e com carne sobrando no atacado, além do que estamos em plena safra e os preços estão caindo.

Por outro lado, o desemprego, apesar das demissões vale lembrar que a ociosidade no setor é da ordem de 40% e na medida que diminuir toda essa mão de obra será automaticamente reabsorvida, além do mais o volume de demissões está “escandalosamente” superdimensionado como estratégia de convencimento por organizações que tem interesse em gerar pânico para poder convencer o governo a intervir ajudando.

Caso o governo decida prosseguir na atitude de socorro financeiro aos grandes frigoríficos deve se preparar para assistir o “trem da alegria” quebrar os pequenos e médios que trabalham seriamente, com sensatez e não tem acesso ao “fundo perdido” do BNDES e Banco do Brasil, dando adeus ao rico dinheirinho do contribuinte que estará consolidando uma posição monopolista de mercado e que, com certeza, não retornará aos cofres públicos.

O contribuinte, por sua vez, deverá se preparar para comprar carne a preços ditados pelo monopólio.

0 Comments

  1. Louis Pascal de Geer disse:

    Prezado Gil Reis,

    Parabéns pelo artigo que é um grito de alerta contra o uso indiscriminado dos recursos públicos do BNDES e Banco do Brasil em prol dos interesses dos grandes frigorificos e, me parece, que estas instituições públicas já tem uma participação acionária em algumas destas indústrias pelo jeito em troca da ajuda financeira tomada.

    O governo devia aproveitar a oportunidade para sanear os gargalos existentes na cadeia como a classificação de carcaças, e quem sabe até o financiamento ao fundo perdido da identificação do rebanho bovino brasileiro num esforço gigantesco de capacitar os pecuaristas, as fazendas e o gado do país para entrar de verdade no seculo 21.

    Para os frigorificos, o que você falou sendo a inclusão da carne na cesta basica e a isenção do PIS/Confins e uma revisão na legislação referente à identificação e etiquetagem de cortes de carne; enfim facilitar ao maximo a vida produtiva.

    Um abraço,
    Louis

    Resposta do autor:

    Prezado Louis Pascal de Geer,

    Parece que o grito de alerta que dei está na garganta de todos e faltava apenas alguém começar.

    Escrever no espaço democrático do BeefPoint é maravilhoso porque se tem logo resposta e, como no seu caso, o comentário vem recheado de boas sugestões.

    Obrigado pelo comentário, Louis, não é por acaso que você é Louis Pascal.

    Gil Reis

  2. Flávia Roberta Passos Ramos disse:

    Mais uma vez um comentário sério de quem conhece a história dos frigoríficos

  3. mauro zanette disse:

    Parabens pelo comentario dr Gil, é isso mesmo que esta acontecendo, os grandes queremdo quebrar todo mundo para ficar sozinhos e ditar regras e agora com a crise o governo vai socorrer com dinheiro publico. O Independencia comprou uma planta no Mato Grosso que custou menos de vinte milhoes para construir e pagou cinquenta e sete milhoes ai nao tem dinheiro que chega mesmo.

  4. Roberto F Santos Filho disse:

    Caro Gil Reis

    Queriamos parabeniza-lo pelo artigo onde você expõe em claro e bom tom o que empresas frigorificas de pequeno e médio porte estão passando, faz um ano que estamos sendo massacrados e sem poder fazer nada.

    Acho até que sua carta deveria ser mais divulgada.

    Abraços

  5. mauro maeda disse:

    Quero parabenizar o Sr. Gil Reis pelo excelente artigo apresentado, esclarecendo que os frigoríficos são culpados pela situação em que estão.

  6. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Mauro Zanette,

    Os grandes, utilizando o dinheiro da “viúva” coletado através do BNDES, vinham armando um grande “circo” em vários Estados, com a única finalidade de praticar o “açambarcamento de mercado” tirando do negócio as pequenas e médias indústrias, aqui no Pará um desses “grandes” adquiriu 4 plantas e estava armando o “pulo do gato”.

    A coisa é tão séria que ouví de um industrial, há poucos dias, a seguinte exclamação:

    – “Essa crise caiu do céu, agora vou poder sobreviver porque não preciso concorrer com indústrias que operam com dinheiro do governo e o meu é suado”.

    Zanette a denúncia que você faz é muito mais comum do você imagina.

    Obrigado pelo comentário.

    Gil Reis

  7. José Leonardo Montes disse:

    Caro Gil, fico muito satisfeito em saber de que no Brasil ainda há pessoas serias, que realmente sabem o que falar e dar sugestões aos grandes tecnocratas do agronegocio brasileiro, pois você sabe que temos no congresso nacional uma bancada ruralista e que muito atua nesse enfatico setor da economia brasileira, porém vejo até hoje, que em causa propria, pois não conheço no setor do agronegocio nenhum deputado que lutasse para um ideal comum da pecuaria e agricultura nacional. Mas ja sabemos Gil que temos hoje no Brasil setores que estão nadando de braçadas em dinheiro publico, usineiros que todos nós sabemos a 20 anos atras eram os maiores caloteiros do mercado nacional, te pergunto será que as usinas que hoje operam no Brasil mudaram de donos!

    Gil fiquei bastante feliz em sua esplanação junto a area da pecuaria, pois sou comprador de bois a 20 anos e nunca tinha conhecido uma pessoa para debater o que são as empresas frigorificas no Brasil. Dinheiro publico foi feito para ajudar a população de baixa renda. Saude, educação, não salvar a grande falsidade de ideais de uns empresarios que tudo querem na vida, será que eles irão vender seus jatinhos ou ficaram voando e pegando dinheiro publico, vamos a luta.

    Parabéns.

  8. antonio batista fernandes disse:

    Simplesmente mil vezes parabens, mas quando nosso governo vai acordar?

  9. ELBER CARNEIRO FERNANDES disse:

    Esta corretissimo, sr. Gil, parabéns. Estamos vendo mais um circo pegando fogo e são os produtores que vão pagar o “pato”.

  10. Umberto Nascimento Paulinelli disse:

    Muito bem colocado o texto do Gil Reis, trabalho diretamente com que foi abordado no texto, não entendo qual é a conta desses frigoríficos grandes, que vendem a carne mais barata, compram o boi mais caro e ainda por cima possuem um custo de produção muito maior, então só podemos chegar a uma conclusão, frigorífico para eles é só um meio de ganhar muito mais dinheiro as custas do governo, alguem duvida?

  11. Jose Sergio Garcia disse:

    Caro Gil: se os frigorificos precisam de ajuda do BNDS, os pecuaristas, que sempre cumpriram com todas as mazelas impostas, precisam de “vale enterro”, pois nem tumulo tem mais dinheiro para comprar.

  12. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Roberto Fenelon Santos Filho,

    Conheço bem a sua luta, tenho acompanhado de perto a luta de muitos frigoríficos, de pequeno e médio, para reisistir ao “rolo compressor” de alguns grandes frigoríficos, é bom frisar que são apenas alguns grandes frigoríficos.

    Obrigado por seu comentário,

    Gil Reis

  13. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado mauro maeda,

    Obrigado por seu comentário, realmente a maioria dos grandes frigoríficos que estão em crise vem, há muito tempo namorando com a autodestruição, era só uma questão de tempo.

    Não sei se você percebeu que eu destaquei – “a maioria”.

    Gil Reis

  14. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado José Leonardo Montes

    Obrigado por seu comentário, entretanto, tenho receio de generalizar e cair em descrédito.

    Acho a discussão do assunto muito salutar, todavia sem radicalismo.

    Com relação à bancada ruralista, sei que os politicos que a integram são produtores rurais, talvez não tenham a força que imaginamos ou o poder que gostariamos. Recentemente a Senadora Kátia Abreu assumiu a presidência da CNA e já está fazendo um belíssimo trabalho.

    Com relação aos usineiros, quero pedir desculpas por não ter conhecimentos suficientes para discutir o Assunto.

    José Leonardo não critiquei toda a indústria frigorífica e sim algumas que enveredaram por uma aventura temerária prejudicando todo o setor me posicionando contra a “salvação governamental”. Conheço algumas indústrias frigoríficas muito sérias e lido de perto com duas que, inclusive, abriram o mercado de exportação de boi vivo trazendo uma nova opção aos pecuristas.

    Novamente muito obrigado pelo seu comentário.

    Gil Reis

  15. francisco eduardo de queiroz pereira calças disse:

    Parabéns Dr. Gil pelo alerta, não esquecendo que o governo deu dinheiro para esses frigorificos para fazer esses mega confinamentos, e com a BMF eles controlam os preços.

  16. Eugenio Mario Possamai disse:

    É sempre assim em nosso país, as indústrias em 2008 abriram as pernas em demasia e agora estão fechando suas portas para precionarem o governo a intervir, mas como sitou o Leonardo acima, será que eles vão vender seus jatinhos para pagarem seus desmandos, tudo isso que fizeram foi de caso pensado, e esta sobrando mais uma vez para o produtor e o consumidor, as duas pontas, pois vendemos o produto e não recebemos e o consumidor paga seus impostos e eles são destinados a esses empresários de plantão e aventureiros, necessitamos da indústria, mas não devemos passar a mão benta na cabeça dessas pessoas, eles tentaram especular e não deu certo, devem arcar com a responsabilidade de seus atos.

    Um Abraço e devemos nos produtores nos unirmos.

  17. Washington Jorge Neto disse:

    Fico feliz quando vejo, um cidadão brasileiro, tão preciso e tão preocupado com nosso país, como diz seu colega apresentador, “isto é uma vergonha”, esse dinheiro se para o governo não vale nada, e pode refinanciar e refinanciar, varias vezes esses oligopólios, que estão asfixiando a pecuária brasileira, empreste esse dinheiro para o capital de giro dos produtores que estão sendo massacrados mais uma vez.

    Só vou colocar uma frase para pensar, a crise na pecuária dura no mínimo 4 anos, e o ciclo de alta no máximo um ano, e tudo que acontece é motivo para derrubar o preço do nosso produto, gente temos que fortalecer o setor primária, uma vez que a indústria, o problema é que esta forte demais. obrigado

  18. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Antonio Batista Fernandes,

    Obrigado pelo comentário.

    Antonio, será que o governo está realmente dormindo ou os frigoríficos “em crise” são competentes no lobby deles e nós todos somos incompetentes no nosso?

    Gil Reis

  19. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Umberto Nascimento Paulinelli,

    Antes de mais nada quero te dizer que sinto saudades de Rio Maria e de Xinguara, tenho amigos na região.

    Umberto, você acertou na mosca, o seu comentário foi muito mais completo que o meu.

    Parabéns e obrigado pelo comentário.

    Gil Reis

  20. Gustavo Vianna disse:

    Dr. Gil,

    Meus parabens pelo seu artigo, ao qual não faltam elogios pelos comentarios que ja li. Resta apenas a pergunta: O que podemos fazer para dar um basta neste continuismo liderado por nossos governantes e tão irraigado em nosso pais? No Brasil tem-se a sensação de que somente os serios e honestos sao lesados enquanto os demais se beneficiam.

  21. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado ELBER CARNEIRO FERNANDES,

    Não precisamos, necessariamente, ficar assistindo o “circo pegar fogo”, temos que nos unir exercer o que chamamos em Direito de “jus esperneandi”, o direito de espernear.

    Se está doendo na carne, todos tem gritar, ou seja fazer como nós, este artigo e os comentários são os nossos gritos.

    Obrigado pelo comentário.

    Gil Reis

  22. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Jose Sergio Garcia,

    Veja bem, na terça feira, dia 24/03/2009, haverá uma audiência pública na Camara Federal com a finalidade de discutir o “caso dos frigoríficos”.

    Alguns deputados querem emprestar dinheiro aos frigoríficos “quebrados” vinculando, no empréstimo, a dívida dos pecuaristas.

    Acho que não é por aí, existe uma matemática mais simples para resover o problema:

    – O governo chamaria os pecuaristas credores dos frigoríficos e os pagaria diretamente, depois pegaria o valor da dívida e se habilitaria nos processos de falência.

    Creio que talvez seja necessária a ida de uma comitiva de pecuaristas a essa audiência para fazer a proposta.

    Obrigado pelo comentário,

    Gil Reis

  23. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Francisco Eduardo de Queiroz Pereira Calças,

    Por falar em lembrar, o Brasil inteiro sofre de “alzheimer” com relação à pecuária, todos (governo, bancos, BMF, frigoríficos, supermercados, consumidores e politicos) se esquecem que a base da cadeia produtiva da carne é a pecuária que depende do ganho e das perdas dos pecuarista.

    O pecuarista quebrando, matando matrizes ou desistindo do negócio por falta de lucratividade, todo o resto quebra.

    Obrigado pelo comentário,

    Gil Reis

  24. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Eugenio Mario Possamai,

    Obrigado pelo comentário.

    Eugenio, você escreveu a “frase chave” que sintetiza tudo o que estamos discutindo aqui:

    – ……”eles tentaram especular e não deu certo, devem arcar com a responsabilidade de seus atos”.

    Parabéns pela clareza do argumento.

    Gil Reis

  25. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Washington Jorge Neto,

    Toda vez que escrevo sobre o comportamento e atitudes de algumas empresas de um determinado setor, o faço com muito cuidado para evitar generalizações, estamos discutindo aqui o comportamento de alguns poucos frigoríficos que não representam a grande maioria.

    Todos os elos da cadeia da carne interagem e interdependem, o jogo foi, é e sempre será o negocial em termos de estabelecimento de preços, baseado na lei da oferta e da procura.

    Quando a regra do jogo é quebrada e deixa de ser de produção, passando a ser financeiro com o uso de dinheiro a “fundo perdido”, a honestidade termina.

    Já dizia Chapolin Colorado – não contavam com a minha astúcia! – pois é, os temerários não contavam com a crise, imaginavam que iam poder agir eternamente com o dinheiro da viúva e açambarcar o mercado expulsando os pequenos e médios da atividade – a solução mais uma vez veio de fora.

    Volto a insistir, a força da cadeia produtiva da carne está na pecuária e a única maneira de reforçá-la é apoiar o pecuarista.

    Amigo, Washington, permita-me chamá-lo assim – em terra de cego quem tem um olho é infeliz – a frase é minha pode usá-la.

    Obrigado pelo comentário.

    Gil Reis

  26. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Gustavo Vianna,

    Existe uma frase, considerada subversiva, que transcrevo :- “trabalhadores do Brasil uni-vos” – vamos parafrasear:

    – Pecuaristas do Brasil uni-vos.

    Existe aí na tua região um pecuarista líder, que é o Antenor Nogueira, Presidente do Forum Permanente da Pecuária de Corte da CNA, o telefone dele está no catálogo de Goiania, talvez valha a pena o contato.

    Vocês aí estão mais próximos de Brasília e haverá na terça, 24/03/2009, uma audiência pública sôbre o problema dos frigoríficos. (por favor lê acima a resposta que dei ao comentário do Jose Sergio Garcia).

    Caso não consigas falar, com o Dr. Antenor Nogueira, liga para a CNA em Brasília e fala com o assessor de dele, o Paulo Mustefaga – que é um profissional de altíssimo nível e interessadíssimo.

    Obrigado pelo comentário.

    Gil Reis

  27. Adilton Ferraz da Silva disse:

    Parabens Gil!

    Acho que os pequenos frigoríficos de todos os Estados da Federação deveriam manifestar a respeito desta matéria, não só através deste site mais sim nos maiores veiculos de comunicação deste País.

    Precisamos rever a nossa política pública se é que existe no que concerne ao agronegócio brasileiro, poís são milhões de pequenos e médios produtores agropecuários falidos e outros por falir e ninguem faz nada. Diz que existe não sei quantos milhões ou bilhões nos bancos federais para agropecuária, tente tomar emprestado para ver o tamanho da burocracia, isto para os pequenos e médios. Aliás só fazem falar do PIB do agronegócio.

  28. Manfred Folz disse:

    Prezado Gil Reis,

    Gostaria de parabenizá-lo pelo desabafo e pelo alerta à toda a cadeia pecuária sobre a situação que se desenha como um emprestimo a fundo perdido.

    No entanto acho que devemos refletir sobre o fato de que estes frigoríficos que entraram em concordata devem algo como 500 mil cabeças (não tenho a quantidade correta, pode ser mais ou menos) para pecuarístas como nós, que não irão receber nada, ou apenas parte do que tem para receber em parcelas a perder de vista.

    Assim acho que deve-se encarar esta eventual ajuda aos frigoríficos como uma espécie de Proer da cadeia da carne, para salvar os pecuarístas e não os frigoríficos, exigindo regras claras sobre o emprestimo de forma a garantir o pagamento do gado adquirido.

    Também é um bom momento para condicionar os frigoríficos que aceitarem a ajuda, a eliminarem as compras de gado com 30 dias de prazo para pagar, algo que ocorre somente no Brasil. Nos demais paises e também com outras comodities aqui mesmo no país como o café, toda a comercialização é feita com pagamento antecipado, ou seja, no dia do embarque se pesa o gado, é feito o pagamento com depósito em conta e depois se emite a nota e embarca o lote.

    No caso dos EUA por exemplo o pagamento é feito desta maneira, sendo que 85% do valor é depositado antes do embarque e os 15% restantes em 48 horas, após o abate e a pesagem real da carcaça.

    Se não conseguirmos acabar com os 30 dias de prazo para pagamento continuaremos sempre a ver frigoríficos quebrar e a conta sobrar para os pecuaristas que venderam no último mês. Esta é a situação que vivemos à muitos anos, e a conta sempre sobra para nós.

    Att.
    Manfred Folz

  29. Cleziomar A. V. Egidio disse:

    Carissimo Sr. Gil Reis, como o Sr. Gustavo Viana bem disse não faltam e nem faltará elogios para com as tuas ponderações.

    Adorei seus comentários, e por ter vivido de perto (Programa Pesebem) como estes frigoríficos assolam e amedrontam a vida econômica de nossos produtores e também por estar bastante envolvido no meio do Agronegócio, assim peço vossa permissão para colocar publicado em meu blog estas suas palavras.

    Segue o link para o meu blog, http://www.cleziomar.com que é voltado exclusivamente à tecnologia e informática mas com toques sobre o Agronegócio, inclusive aconselho a ler o post sobre Etanol de Mandioca.

    Obrigado!

  30. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Interessante entrevista da Mirian Leitao com o presidente da ABIEC:

    http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM986069-7823-O+EFEITO+DA+CRISE+NO+AGRONEGOCIO,00.html

  31. Luciano Rosa disse:

    Boa noite a todos,

    Eu como um pequeno pecuarista (lesado), acompanho atentamente o desenrolar da crise em questão.

    O fato é que, de forma nenhuma podemos tirar a razão das muito bem colocadas palavras do Sr Gil Reis.
    A pergunta crucial é, e os produtores? Irão novamente “pagar o pato”?

    Conforme a lei de recuperação judicial, já me informei, estabelece, que o direito a receber primeiro são dos funcionarios, em segundo lugar vem o Governo (impostos, inss, etc), e finalmente os produtores lesados (considerando que um dia receberão algo).

    Ou seja, aquele produtor que sua o ano inteiro para conseguir deixar o gado pronto para o abate, e finalmente colher os frutos, fica em ultimo lugar.

    Aproveito a ocasião para parabenizar Gil Reis, pelo ótimo artigo apresentado.

    Abraços a todos

  32. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Normann Kalmus,

    Acho que talvez seja preciso um pouco de “Kalma” antes de julgar os pecuaristas que produzem “a carne nossa de cada dia”.

    Fico muito muito feliz em receber comentário de alguém que conhece “O Príncipe” de Niccolò Machiavelli, até porque quem conhece a obra tem mais facilidade de analisar a nossa política de governo.

    Concordo inteiramente que os Pecuaristas estão desorganizados e, talvez, até desestruturados politicamente para enfrentar o atual estado de coisas – querer essa organização hoje é enveredar pela “Utopia” do Thomas More, provavelmente isto ocorrerá no futuro.

    Caro Normann, as vezes gosto de fazer comparações chocantes para marcar o raciocínio, pelo que peço desculpas – o fato de uma jovem andar com os seios semi desnudos a ninguém é dado o direito de estuprá-la – o mesmo ocorre na cadeia da carne – não é porque os pecuaristas não estão organizados que é dado o direito ao governo de, com o dinheiro público, financiar ações de meia dúzia de frigoríficos no sentido de açambarcar o mercado, quebrando os pequenos e médios que não tem acesso ao BNDES.

    Caso não houvesse ocorrido a crise nós estaríamos lamentando a quebra de 200 e não de meia dúzia de frigoríficos.

    Entenda o meu artigo como a declaração de um cidadão que protesta e nega ao governo o direito de usar os seus impostos para alimentar esse tipo de jogada perversa.

    Não será um tiro no pé!… A desativação (se não for “bluff”) desses frigoríficos não desequilibrará o mercado, a consequência imediata será a redução da ociosidade dos outros, o que provocará aumento na contratação de mão de obra e até, quem sabe, valorização da arroba bovina.

    O mais vergonhoso é o fato dessas empresas terem envolvido os Pecuaristas (desavisadamente) nas suas aventuras, a moeda mais forte desse segmento é a confiança e houve quebra de confiança.

    O meu artigo não pretende criticar ninguém e sim alertar as autoridades do erro monumental cometido no passado e que será repetido agora – a reincidência é terrível.

    Tens razão quando dizes que é preciso…”levantar a bandeira da união dos pecuaristas em torno de um projeto consistente que relativize a importância desses grupos.”

    Obrigado pelo comentário

    Gil Reis

  33. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Adilton Ferraz da Silva,

    Obrigado pelo comentário e pela sugestão.

    O Agronegócio só é citado quando o governo precisa de elogios, o PIB gerado é relevante e impressiona.

    Quanto ao dinheiro nos bancos federais, não esqueça jamais que “quem não tem padrinho morre pagão”.

    Gil Reis

  34. Cristiano de Vargas Oliva disse:

    Em primeiro lugar parabéns pela seriedade do comentário, basta ver também a seriedade dos posts que ocorreram a ele.

    Dr. Gil, achei muito bem colocadas suas palavras e concordo em prosa e verso, porem, no ponto de vista da economia no cenário que está e das perspectivas que vem pela frente, eu so plenamente favorável a essa liberação de capitais de maneira ordenada e o proprio governo adquirindo participação nessas empresas.

    Concordo com a ociosidade de nosssa planta mas nos temos demanda para atender isso, seria uma questão politica em alimentar o ciclo da produção de carne do inicio ao fim, nessa situação toda o úncio penalizado é o produtor sem dúvida.

    Agora vendo de uma outra maneira seria “uma catástrofe” se não tivessemos um BNDS ou um Banco do Brasil da vida, está certo que é o dinheiro dos contribuintes que vão recuperar esses empresas, mas dos males o menor, pelo menos esse nosso “dinheiro” que sempre é desviado para questões duvidosas e que não retribuem em nada, será usado para tentar manter o digno emprego de pessoas que não entendem do cenário mundial e tambem de linha de crédito do BNDS, entendem de trabalho, humildade, força de vontade, e o mais importante, o orgulho de ser brasileiro, mesmo com questões tão profundas de análise, no final de tudo garantindo a dignidade de alguem sou plenamente favorável.

  35. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Caro Manfred Folz,

    Obrigado pelo comentário elogioso.

    Quanto ao resto, vamos por partes:

    Com relação ao “proer da pecuária”, porque o governo não faz o pagamento direto com os Pecuaristas?…Seria uma ação contra a crise no campo.

    Na resposta ao comentário de Jose Sergio Garcia, acima, está bem explicitada a minha proposta.

    Com relação aos prazos de pagamento, tenho a impressão, que podem ser negociados caso a caso sem amarrações. Já tive como cliente um frigorífico que oferecia aos Pecuaristas várias opções de pagamento.

    Novamente, obrigado pelo comentário,

    Gil Reis

  36. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Caro Cleziomar Alexandre Vitor Egidio,

    Já acessei o seu site e ví materializada a publicação deste artigo e gostei muito, obrigado pela deferência.

    Aproveitei o ensejo para enviar outro artigo meu sobre a “excomunhão”, já que o título do espaço é “Fora do Contexto”.

    Obrigado pelo comentário.

    Gil Reis

    PS. Espero que o artigo não atinja suas convicções religiosas, apesar de não ter sido destinado a discutir religiões e sim para lembrar das fronteiras entre religião e estado.

  37. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Tiago Franciscon Luiz,

    Não sei qual a sua atividade, pressuponho que tenha a ver com gerenciamento e consultoria, basta orientar a sua clientela para algumas verdades, uma delasé que a empresa e o mercado não são cassinos.

    Caso o empresário deseje especular, que ele esteja consciente de que “o que dá pra rir dá pra chorar”, é uma letra de música extemamente verdadeira.

    Para o empresário o planejamento correto e previsão, sem bola de cristal, baseada em dados corretos e palpáveis, de cenários futuros é essencial.

    Obrigado pelo comentário.

    Gil Reis

  38. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Luciano Rosa,

    Obrigado pelo comentário.

    Com relação ao fato dos produtores irem “pagar o pato”, provavelmente sim, uma vez que não há sequer boato de que a lei vá mudar.

    Volto a insistir de que a moeda mais forte da área rural é a confiança e os acontecimentos recentes trazem uma mensagem: talvez seja a hora de verificarmos em quem depositamos a nossa confiança.

    Gil Reis

  39. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Humberto de Freitas Tavares,

    Muito interessante a entrevista da Mirian Leitao com o presidente da ABIEC.

    De acordo com Radamés Manosso “……sofisma é o enunciado falso que parece verdadeiro numa compreensão superficial.”

    Aproveitando o seu “laconismo”, reservo-me o direito de também sê-lo.

    Obrigado pelo comentário.

    Gil Reis

  40. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Caro Cristiano de Vargas Oliva,

    Antes de mais nada quero dizer que me sinto feliz por poder corresponder-me com um homem sério que desconhece o poder do lobby e, ainda, acredita na seriedade de pessoas nas quais, há muito, todos deixaram de acreditar.

    Creio que nós temos informações divergentes sobre o futuro.

    O que se sabe o mundo enfrentará um sério problema de adimplência, o que significa dizer que a ociosidade dos frigoríficos tende a aumentar por falta de compradores internacionais ou de preços baixos.

    Com relação a crédito, o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia tem, ao longo do tempo viabilizado a produção rural e a atividade industrial daqueles frigoríficos que realmente trabalham com produção, não discuto e até agradeço a ação dessas casas bancárias e, até onde sei, eles continuam a operar normalmente.

    O que discutimos aqui são as mega operações destinadas à especulação e ao açambarcamento de mercado, com o dinheiro do contribuinte.

    Você há de convir que o acesso do pequeno e médio ao Banco do Brasil e Basa não é tão difícil, entretanto, com relação ao BNDES a história é outra, porquanto, ele é destinado a grandes negócios.

    Você tomou conhecimento da última notícia? O BNDES foi autorizado a financiar a compra da nossa EMBRAER para a empresa argentina AEROLINEAS .

    Obrigado pelo comentário.

    Gil Reis

  41. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado Humberto de Freitas Tavares,

    Muito esquisita a minha redação sobre o fato de você ser lacônico.

    Vamos corrigi-la:

    – Aproveitando o fato de você ser “lacônico”, faço o mesmo.

    Credite o erro à felicidade do autor pelos comentários e o desejo de responde-los rapidamente.

    Obrigado, novamente, pelo comentário.

    Gil Reis

  42. Aline Camila dos S. Brandão disse:

    Parabéns pela matéria! Um alerta necessário aos grandes!

  43. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezada Aline Camila dos S. Brandão,

    Obrigado pelo comentário e pela sua avaliação.

    Gil Reis

  44. Welida Nunes Porto disse:

    Parabéns !!!
    Suas palavras foram bem colocadas e definen muito bem a história dos frigoríficos e sua influência na setor.
    Um artigo como esse deveria cehgar a mãos de nossos governantes.

  45. jose enock castroviejo vilela disse:

    Absurdo, financiar a MALANDRAGEM dos frigorifigos, parabéns pelo comentario, mais uma vez vamos pagar pela incompetencia dos nossos governates.

  46. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezada Welida Nunes Porto,

    Muito obrigado pelo comentário, principalmente partindo de uma profissional que ajuda a manter a sanidade dos nossos rebanhos.

    Com relação a chegar nas mãos dos governantes, tenho certeza que , em razão da sua importância, este site é acompanhado de perto pelo pessoal do MAPA.

    Tenho certeza que algumas de nossas propostas e sugestões são seguidas, é só prestar a atenção devida e você vai ver isso acontecer.

    Os técnicos do MAPA são extremamente competentes, são eles que tem evitado problemas maiores na área rural.

    Gil Reis

  47. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Prezado jose enock castroviejo vilela,

    Obrigado pelo comentário.

    Não chego ao ponto de dizer que trata-se de “malandragem dos frigoríficos” e sim de má gestão de alguns.

    Os executivos dos frigoríficos em crise foram gananciosos e esqueceram-se da “estratégia empresarial”.

    A atual crise internacional vem sendo, há muito, cantada em verso e prosa e me fez lembrar uma das deliciosas obras do Gabriel Garcia Marques – “Crônica de uma morte anunciada”.

    O lucro e o prejuízo são as duas faces de uma mesma moeda na atividade empresarial.

    Gil Reis

  48. Rodrigo Belintani Swain disse:

    Parabens pela colocação, muito necessaria para encararmos as dificuldades que virão sem a ajuda aos frigorificos, estes deverão arcar com os erros e dar espaços para industrias fortes e compactas, dando chance para mudanças tão desejadas no mercado e na relação pecuarista & frigorfico.

  49. Júlio César de Cerqueira Fidelix disse:

    Pela quantidade de comentários podemos ter noção da qualidade do artigo.

    Gil, os dirigentes (ou ex) dos frigoríficos Independência, Quatro Marcos e boa parte do Governo devem ter ficado estarrecidos ao lerem esse artigo.

    Mas, como diz o outro: “A verdade dói”.

    Eles esquecem que no Brasil moram brasileiros que lutam pelos seus direitos e que choram enquanto sofrem nas mãos dos MAIS.

    Os subsídios “doados” pelo Governo aos frigoríficos que processam incompetência ao invés de carne poderiam estar sendo usados no combate à fome no Nordeste, por exemplo.

    Mas o Governo é mestre nisso. Quer ver? O Fome Zero (não pensem que estou me contradizendo), o Bolsa Família e outros. Enquanto os necessitados “ganharem” ajuda de mão beijada, a única coisa que eles vão querer fazer é lavar as mãos, para que elas sejam melhor beijada.

    Se fosse meu caso, eu escolheria um emprego, ou ferramentas para trabalhar, ao invés de míseros reais para ficar em casa olhando para o teto.

    Se os frigoríficos grandes não se prepararam ou não souberam trabalhar, no Brasil está cheio de pequenos preparados para tudo, confirmando um famoso dito filosófico: “Não há o sábio que não tenha o que aprender ou o leigo que não tenha o que ensinar”.

    Gil Reis, parabéns pelo artigo massivamente verdadeiro e perspicaz.

  50. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Caro Rodrigo Belintani Swain,

    Obrigado pelo comentário.

    Você está cheio de razão, precisamos que alguns frigoríficos sigam a seriedade da maioria investindo e reinvestindo em seus próprios negócios.

    Com relação ao relacionamento entre frigoríficos/produtores é preciso que o esforço seja feito por todas as partes envolvidas.

    Gil Reis

  51. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Caro Júlio César de Cerqueira Fidelix,

    Obrigado pelo comentário.

    Como dizia meu saudoso pai, um filósofo do dia-a-dia, “o hábito do cachimbo deixa a boca torta”, quem se habitua a receber qualquer tipo de “bolsa esmola” nunca mais vai querer trabalhar.

    O que aconteceu, recentemente, lembra muito a fábula “a cigarra e a formiga”, La Fontaine somente não contava com a participação do governo, nivelando por baixo o empreendedorismo da maioria.

    Gil Reis

  52. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Caro Antonio Carlos Pires,

    Obrigado pelo comentário.

    O governo deveria estar mais preocupado em saber como os especuladores pretendem pagar os pecuaristas, participes desavisados das suas perigosas aventuras.

    Gil Reis