A rodada de negociações entre representantes dos empregados e de oito frigoríficos sul-mato-grossenses terminou sem avanços na tarde de ontem em Campo Grande. Os patrões começaram a reunião com oferta de 4% de reposição salarial de imediato e mais 1% no próximo mês, mas avançaram para os 5% em uma parcela apenas. Na alegação dos frigoríficos, um índice maior poderia ser bancado apenas pelos grandes grupos, mas prejudicaria os de menor porte, por isso defendem negociações em separado. Sem definição, uma nova reunião deve ocorrer na próxima segunda-feira.
A rodada de negociações entre representantes dos empregados e de oito frigoríficos sul-mato-grossenses terminou sem avanços na tarde de ontem em Campo Grande. Os patrões começaram a reunião com oferta de 4% de reposição salarial de imediato e mais 1% no próximo mês, mas avançaram para os 5% em uma parcela apenas. Na mesa de negociações os dois principais grupos representados foram o Bertin e Marfrig.
Já os sindicalistas defendiam piso salarial de R$ 530,00 e um aumento de 12%, referentes ao índice dado pelo governo federal ao salário mínimo, mas reapresentaram proposta de piso de R$ 500,00 e reposição salarial de 10%.
Na alegação dos frigoríficos, um índice maior poderia ser bancado apenas pelos grandes grupos, mas prejudicaria os de menor porte, por isso defendem negociações em separado. Sem definição, uma nova reunião deve ocorrer na próxima segunda-feira (23/03)
Ontem, funcionários do frigorífico Bertin, na unidade de Naviraí, aprovaram indicativo de greve, caso a negociação não evolua de acordo com as expectativas da categoria. Segundo a assessoria, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Naviraí, Algemiro Lopes, deve convocar para está semana uma assembléia geral da categoria para detalhar o que foi discutido na capital.
A discussão foi solicitada pelo Tribunal Regional do Trabalho, que determinou a suspensão da greve, que durou 3 dias no Marfrig de Bataguassu, na semana passada. O tribunal, segundo ele, solicitou que a greve deflagrada em Bataguassu fosse suspensa até essa reunião de ontem. “Portanto, não está descartada a possibilidade de voltarmos a qualquer momento à greve”, comentou Algemiro Lopes.
As informações são de Ângela Kempfer, publicada no Campo Grande News, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Pois é… em meio ao embate entre pecuaristas e frigoríficos – repetida e infelizmente registrado aqui neste espaço nos últimos meses – este importante assunto parecia meio esquecido.
Não é o melhor momento, reconheço, para discutir inovações nas práticas trabalhistas e de remuneração no setor. Mas sinalizar aos funcionários a possibilidade de apostar, junto com os controladores dos frigoríficos, na recuperação setorial (inclusive por meio das medidas de auxílio em discussão no âmbito federal), mediante conversão de parte dos pleitos de aumento salarial puro e simples em participação nos resultados, pode ser um caminho alternativo a trilhar para vencer a crise.