A proposta de liberação de recursos oriundos de créditos tributários que os frigoríficos têm de receber do Governo pelas exportações de carne, foi defendida ontem pelo Vice-Presidente da entidade, deputado Homero Pereira. Ao participar de audiência pública na Câmara para debater o cenário negativo vivido pelo setor, ele explicou que este dinheiro poderia ser utilizado pelas indústrias afetadas pela crise financeira internacional para pagar dívidas contraídas junto aos pecuaristas pelo fornecimento de bois para o abate. "Este pagamento deve ser priorizado, pois os produtores compõem o elo mais fraco da cadeia produtiva e precisam de capital de giro para se manter na atividade", afirmou.
A proposta de liberação de recursos oriundos de créditos tributários que os frigoríficos têm de receber do Governo pelas exportações de carne, apresentada na semana passada pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, foi defendida ontem (24/3) pelo Vice-Presidente da entidade, deputado Homero Pereira.
Ao participar de audiência pública na Câmara para debater o cenário negativo vivido pelo setor, ele explicou que este dinheiro poderia ser utilizado pelas indústrias afetadas pela crise financeira internacional para pagar dívidas contraídas junto aos pecuaristas pelo fornecimento de bois para o abate. “Este pagamento deve ser priorizado, pois os produtores compõem o elo mais fraco da cadeia produtiva e precisam de capital de giro para se manter na atividade”, afirmou.
Homero Pereira também pediu medidas para conter os reflexos da crise financeira na cadeia de produção de carne. “Quando o segmento de automóveis sinalizou com reflexos negativos por causa da crise, o Governo já tomou medidas e o setor parou de demitir e as vendas aumentaram”, argumentou.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, admitiu a necessidade de acelerar a liberação dos créditos tributários para pagar os pecuaristas. Também reconheceu a necessidade de tratamento igualitário entre pequenos, médios e grandes frigoríficos.
“Se qualquer forma de socorro surgir, e não estou dizendo que vai surgir, ela tem que priorizar as dívidas dos produtores”, afirmou o ministro. O ministro reiterou que há “problemas pontuais, e não sistêmicos” no setor e afirmou que o BNDES “está analisando” o caso do frigorífico Independência, em recuperação judicial desde o início deste mês.
Uma das principais queixas de lideranças do setor produtivo e parlamentares presentes aos debates foi a ausência dos presidentes da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Bovina (Abiec), Roberto Giannetti da Fonseca, e da Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, convidados para os debates. As duas entidades são as principais representantes das indústrias frigoríficas de carne bovina do País. “No momento em que este setor entra em colapso e os representantes dos frigoríficos não comparecem, nós não sabemos que providências tomar. Para receitarmos o remédio, temos que saber o diagnóstico, conhecer a extensão do problema”, disse Homero Pereira.
As informações são da CNA, Agência Brasil e Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Enquanto burocratas discutem se a crise é pontual ou sistemica, pasmem, centenas de pais de familias são demitidos, cidades como Juína, Juara entre outras entram em colapso econômico, pecuaristas e empregados morrem de infarto, e nada acontece. Que Brasil é este!