A indústria frigorífica mato-grossense vem tendo dificuldades em aproveitar de maneira racional e equilibrada a sua capacidade de abate. Dados divulgados na última quarta-feira pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), mostram que em fevereiro a região que melhor conseguiu aproveitar o parque industrial de abate de bovinos foi a médio norte, com 68,3% de utilização de sua capacidade. Na contramão, a porção estadual que acumula desempenho inverso é a norte, onde pouco mais de 39% foram utilizados. O atual contexto revela que mais de 35% da capacidade de abate está comprometida.
A indústria frigorífica mato-grossense vem tendo dificuldades em aproveitar de maneira racional e equilibrada a sua capacidade de abate. Dados divulgados na última quarta-feira pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), mostram que em fevereiro a região que melhor conseguiu aproveitar o parque industrial de abate de bovinos foi a médio norte, com 68,3% de utilização de sua capacidade. Na contramão, a porção estadual que acumula desempenho inverso é a norte, onde pouco mais de 39% foram utilizados. O atual contexto revela que mais de 35% da capacidade de abate está comprometida.
“Os números mostram o impacto da crise financeira vivida pelo setor frigorífico e quais foram as principais regiões afetadas, norte, nordeste e oeste, que tiveram uma taxa de ociosidade maior no período em questão”, diz o relatório. Respectivamente, o percentual de utilização foi de 39,8%, 48,9% e 49,3%.
Como efeito da crise mundial – que reduziu o volume de crédito às plantas e levou ao conseqüente desequilíbrio financeiro, seguido da interrupção das atividades de vários grupos no Estado -, o segmento em Mato Grosso reflete alterações: das 38 plantas frigoríficas registradas no Sistema de Inspeção Federal (SIF), 15 estão em paradas, entre elas: seis plantas do frigorífico Quatro Marcos, três do frigorífico Independência, três do frigorífico Arantes e uma do frigorífico Margem, que estão em recuperação judicial.
Apesar da expressiva queda observada nos preços da carne no varejo nas últimas semanas, o preço observado nas gôndolas dos supermercados não acumula a mesma baixa dos preços recebidos pelo produtor. Desde o início de julho a arroba do boi caiu 18,4%, enquanto o preço pago pelos consumidores caiu 7,9%.
A matéria é de Marianna Peres, publicada no jornal Diário de Cuiabá, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.