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Emergentes crescem na produção de proteína animal

Em 24 anos, a produção de carne triplicou nos países em desenvolvimento. No caso da produção de leite, o crescimento foi de 122% - 40% desse aumento em lácteos esteve concentrado na Índia. A partir de 1995, esses novos fornecedores de proteína animal superaram os antigos. Após três anos, a China se tornou o maior produtor de carne do mundo responsável por 60% de toda proteína animal produzida pelos países emergentes.

Em 24 anos, a produção de carne triplicou nos países em desenvolvimento. No caso da produção de leite, o crescimento foi de 122% – 40% desse aumento em lácteos esteve concentrado na Índia. A partir de 1995, esses novos fornecedores de proteína animal superaram os antigos. Após três anos, a China se tornou o maior produtor de carne do mundo responsável por 60% de toda proteína animal produzida pelos países emergentes.

“Mas mesmo com esse incremento, o consumo continua concentrado nos países ricos, disse ontem a especialista em alimentação animal, Daniela Battaglia, diretora da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) Roma. “O déficit de proteína animal ainda é muito grande”, afirmou.

De acordo com a especialista, esse incremento localizado foi regido pelo aumento da demanda, pelo crescimento da população mundial e ainda pela urbanização desse contingente populacional. “A maior disponibilidade de grãos para a produção de alimentação animal, a viabilidade econômica e energética e a capacitação do setor produtivo foi determinante para esse desenvolvimento, mas ele ainda não é sinônimo de um maior acesso à proteína animal”, avalia Battaglia.

Levantamento da FAO revela que 23% da demanda por alimentação animal é atendida pela indústria americana, o Brasil é o quarto maior produtor responsável por 8% do fornecimento da ração consumida pela indústria animal.

Ainda segundo Battaglia, 3,4 bilhões de hectares em todo o mundo são dedicados a pastagens, 26% localizados nos países emergentes. Outros 470 milhões de hectares, ou 1/3 da área agricultável do planeta é voltado à produção de ração. No caso da soja, oito países são responsáveis por 97% do fornecimento global da oleaginosa que entra na composição das formulações de rações.

Em apresentação no 1 Interfeed Leadership Meeting, fórum de discussão sobre os desafios da produção de alimentos no futuro promovido pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a diretora da FAO afirmou ainda que o Agronegócio deve assistir a um crescimento de 34% do consumo de milho pela indústria de etanol só este ano.

Estimativa do Serviço de Observação Estratégica da União Europeia aponta que o Brasil será responsável por mais da metade do crescimento do mercado global de alimentação com 30% das exportações de carnes até 2017, além de ser o único país onde a produção de carne de frango deve aumentar mais rápido que o consumo, consolidando a posição de maior exportador de aves à frente, inclusive, dos Estados Unidos. Mas até alcançar esse patamar, o Brasil terá de transpor barreiras operacionais.

As informações de Gilmara Botelho, publicada pela Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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