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USDA: grãos terão demanda mais aquecida

As primeiras estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre os volumes de oferta e demanda por grãos no país e no mundo na safra 2009/10 - cujo plantio está em curso no Hemisfério Norte - corroboram a expectativa corrente de recuperação da economia global a partir do fim deste ano. Conforme o órgão americano, milho, trigo e soja, as três commodities agrícolas mais negociadas, terão demanda mais aquecida do que nas três últimas temporadas.

As primeiras estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre os volumes de oferta e demanda por grãos no país e no mundo na safra 2009/10 – cujo plantio está em curso no Hemisfério Norte – corroboram a expectativa corrente de recuperação da economia global a partir do fim deste ano. Conforme o órgão americano, milho, trigo e soja, as três commodities agrícolas mais negociadas, terão demanda mais aquecida do que nas três últimas temporadas.

Para o milho, a previsão é de aumento de 2,3% em relação ao ciclo 2008/09, para 796,52 milhões de toneladas. Na mesma comparação, o consumo total de trigo deverá crescer 1,1%, para 642,77 milhões de toneladas, e o de soja tende a subir 4%, para 75,30 milhões.

Diante das incertezas econômicas que perduram, e apesar dos primeiros números do USDA para a demanda, é de se esperar, para 2009/10, um equilíbrio maior entre os fatores para a formação de preços, sempre com destaque para as previsões para estoques finais.

Neste ponto, os números do órgão apontam para aumentos para soja e trigo e queda para o milho em 2009/10. Na soja, em parte por causa do aumento da produção dos EUA, a alta sobre 2008/09 deverá atingir 21,9%, para 51,88 milhões de toneladas. No trigo, o salto projetado é de 8,9%, para 181,9 milhões. Para o milho a queda estimada chega a 8,2%, para 128,19 milhões de toneladas.

Renato Sayeg, da Tetras Corretora, destaca algumas “curiosidades” do novo relatório do USDA para o quadro da soja. Entre elas, uma leve queda da demanda interna no Brasil, na contramão das projeções para o mundo e para países como EUA e Argentina. As exportações brasileiras também deverão perder espaço no total global. Ele destacou, ainda, os menores estoques em cinco anos nos EUA e no mundo e considerou modesta a estimativa para as importações da China.

No milho, destaca-se a elevação da previsão das exportações do Brasil, para 10 milhões de toneladas nas safras 2008/09 e 2009/10. No trigo, o USDA projetou leve queda das importações do país no novo ciclo.

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.

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