"A queda de 57% nos embarques de couro até abril deste ano continua sendo reflexo do impacto da crise financeira internacional que afetou a economia americana e se espalhou mundialmente a partir de setembro de 2008", analisa o presidente do CICB, Luiz Bittencourt.
As exportações brasileiras de couros no primeiro quadrimestre do ano registraram US$ 309,27 milhões, diminuição de 57% da receita apurada no acumulado anterior, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
“A queda de 57% nos embarques de couro até abril deste ano continua sendo reflexo do impacto da crise financeira internacional que afetou a economia americana e se espalhou mundialmente a partir de setembro de 2008”, analisa o presidente do CICB, Luiz Bittencourt.
Segundo ele, a recessão provocou uma forte queda de demanda, diminuindo a aquisição de diversos produtos, principalmente por peles no setor automobilístico e moveleiro, e se alastrando a vários elos das cadeias produtivas.
“Além desse obstáculo no mercado internacional, o balanço da indústria curtidora também sobre o efeito das altas taxas de juros, burocracia excessiva, precariedade do sistema de infra-estrutura, e, principalmente, a falta de capital de giro para as empresas”, salienta o executivo.
Neste sentido, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil continua pleiteando junto ao governo, a criação de linhas de financiamento para capital de giro, a desburocratização das ações do DECEX e a agilização nos ressarcimentos de créditos retidos nas exportações.
Luiz Bittencourt explica que a indústria brasileira do couro vem adotando medidas para se adaptar a este tempo de incerteza da economia internacional, contando, para adequar-se a esse ajuste, com o inestimável apoio estratégico da ApexBrasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
As informações são do CICB, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.