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MS quer desenvolver sistema próprio de rastreabilidade

O governador André Puccinelli está negociando com o Ministério da Agricultura uma delegação especial para a criação de um sistema paralelo ao federal (Sisbov), semelhante ao que já opera em Santa Catarina. "O Estado entende que poderia fazer uma identificação estadual, como fizemos com os 800 mil animais na ZAV [Zona de Alta Vigilância] e como fez Santa Catarina", afirma a secretária estadual da Produção, Tereza Correa da Costa Dias. O modelo seria gratuito ao pecuarista, segundo ela.

O governador André Puccinelli está negociando com o Ministério da Agricultura uma delegação especial para a criação de um sistema paralelo ao federal (Sisbov), semelhante ao que já opera em Santa Catarina. Na semana passada, Puccinelli fez o pedido pessoalmente ao ministro Reinhold Stephanes. Mas a delegação dependerá dos detalhes operacionais e da viabilidade tecnológica do sistema.

“O Estado entende que poderia fazer uma identificação estadual, como fizemos com os 800 mil animais na ZAV [Zona de Alta Vigilância] e como fez Santa Catarina”, afirma a secretária estadual da Produção, Tereza Correa da Costa Dias. A ZAV foi criada para ampliar o monitoramento e receber recursos orçamentários adicionais após a ocorrência de vários focos de febre aftosa na região sul do Estado. Mato Grosso do Sul tem um rebanho estimado em 22 milhões de cabeças de gado.

O modelo de Santa Catarina, iniciado em 2007, determinou a identificação individual de todo o rebanho bovino por meio de brincos. O Estado, único no país a ter o status internacional de área livre de aftosa sem vacinação, convive com a emissão de guias de trânsito animal (GTA) eletrônica e manual. “Queremos chegar a 100% do rebanho em três ou quatro anos. Mas tem que ser totalmente com brinco eletrônico”, diz a secretária.

O modelo seria gratuito ao pecuarista, segundo ela. “Vamos introduzir uma nova tecnologia, com um leitor universal de brincos ou chips e que terá transmissão via celular GSM. Assim, o pecuarista poderá incluir seu gado diretamente no banco de dados de forma automática”. Posteriormente, o modelo poderia ser usado em outros Estados.

O governo de Mato Grosso do Sul informa que o novo sistema será paralelo ao modelo do Sisbov. “Mas, antes disso, o ministério quer ver essa nova tecnologia. Queremos aval deles porque assim daríamos garantias ao pecuarista que quiser entrar no Sisbov federal”, afirma Tereza.

As 800 mil cabeças situadas nos municípios da ZAV poderiam ser os primeiros a contar com a identificação individual eletrônica. “Isso já funciona na ZAV, mas passaria, agora, a ser feita de forma eletrônica”. Um grupo multidisciplinar acompanhará a execução experimental da proposta. Técnicos da Embrapa, Agência Estadual de Sanidade Animal e Vegetal (Iagro), pecuaristas, sindicatos rurais, universidades e entidades de classe seriam responsáveis pelo novo sistema.

A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. JOSE ROBERTO ROLAND DE OLIVEIRA disse:

    Pergunta: MS transmitir dados via celular GSM?

    Onde tenho fazenda (três regiões) nem celular pega, ou deveremos trazer os dados para São Paulo e daqui transmitir.

    Utopia com certeza

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    O assunto é longo, mas continuam se preocupando com a forma de documentar, sem a mínima preocupação com a operacionalidade do Manejo Físico nas propriedades.

    Afinal o que importa? os relatórios ou a segurança no manejo diário?
    Manejo este que começa sendo inviabilizado pelo tamanho do número de manejo que nos empurram garganta abaixo, papéis complexos, que necessitam de empresas terceirizadas para geri-los, e custos finais ainda não declarados e a clara sensação sobre quem pagará a farra no final da festa.

    O estado não tem competência, nem conhecimento para legislar sobre o assunto, além de recursos insuficientes para aplicar neste tipo de atividade, afinal a segurança, a saúde e a educação da população deveriam ser prioritários, e todas estas coisas estão da forma que sabemos que estão pelo simples acompanhamento diário dos noticiários (jornais, rádios, televisões)…

    O problema deveria ser resolvido entre os produtores e os frigoríficos, que são os responsáveis pela entrega da carne (desdobrada) a ser consumida, no mercado interno ou externo. A responsabilidade de quem irão comprar deveria ser deles.

    As auditorias nas propriedades deveriam ser realizadas pelos compradores (frigoríficos), êles saberiam exatamente se o manejo de cada propriedade auditada lhes garantiria animais com as especificações que desejam para atender os diferentes mercados.

    Ou os criadores se unem e discutem regras e procedimentos sérios, ou ficarão eternamente sobre a tutela do estado corporativo, e a mercê das empresas particulares que sobrevivem a custa de quem produz, tudo com a complacência do estado e dos representantes eleitos por nós, mas sempre solidários com quem nos parasita.

    Atenção redobrada na defesa do interesses de quem produz deveria ser prioritária, final como já menciado, o assunto é longo, e os interesses envolvidos são ainda maiores.

  3. Humberto Teles Ferreira disse:

    Nós Brasileiros estamos em uma UNIDADE federativa, e não temos que dividir nossas forças !! temos sim que soma-las. O SISBOV atual proporcinou uma grande evolução. Não podemos negar que a forma antiga era furada. Mas hoje as fazendas que estão na “lista”são de fato fazendas certificadas. Em time que ganha não se meche. Estamos conquistando credibilidade com o novo SISBOV, criar um outro será o que? O Novissímo SISBOV? Quanto mais um paralelo! Fazer isso é criar uma grande descredibilidade. Ë dizer que o serviço federal não funciona e o estado vai “dar um jeito”.

  4. Francisco do Prado Dia disse:

    Estou na ZAV Mundo Novo MS e posso atestar que ganhamos credibilidade com a implantaçao de brincos e os CIA sob controle do IAGRO nosso estado tem grande contribuiaçao a oferecer num sistema de rastreabilidade bem eficaz em relaçao a outros.