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Uruguai quer aumentar cota de exportação para UE

O Governo uruguaio está disposto a negociar com a União Europeia (UE) uma ampliação da cota de carnes do país de 6.300 toneladas e para isso argumentará que o aumento da cota aos Estados Unidos poderia causar danos ao Uruguai, referindo-se ao mais recente acordo entre EUA e UE relacionado à longa disputa sobre carne tratada com hormônios dos EUA.

O Governo uruguaio está disposto a negociar com a União Europeia (UE) uma ampliação da cota de carnes do país de 6.300 toneladas e para isso argumentará que o aumento da cota aos Estados Unidos poderia causar danos ao Uruguai, referindo-se ao mais recente acordo entre EUA e UE relacionado à longa disputa sobre carne tratada com hormônios dos EUA (leia matéria relacionada).

Essa notícia não só preocupou as entidades da indústria frigorífica e os pecuaristas, mas se tornou o tema central da última reunião da Junta Diretora do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), chegando a alarmar a Chancelaria uruguaia.

A Chancelaria convocou uma reunião urgente, com o objetivo de solicitar ao setor privado – através do INAC – que ajudem a argumentar sobre o dano que essa decisão da UE causaria, porque os norte-americanos ficariam com mais de 10% da cota de importação de carne da Europa.

O tempo para argumentar sobre os danos ante ao Órgão de Soluções de Controvérsias da UE vence em 19 de junho, quando volta a se reunir. Se a carne norte-americana entrar com tarifa preferencial, não há dúvidas de que afetará os embarques uruguaios.

Um informe técnico do Programa de Inserção de Comércio Internacional, elaborado por Carlos Pérez del Castillo (ex-negociador ante a Organização Mundial do Comércio – OMC) recomendou buscar que, no marco da redução tarifária para a carne, ao ser incluída como produto sensível, uma boa parte da ampliação da cota para carnes de alta qualidade que fará a Europa seja cumprida pelo Uruguai.

Somente 10% da cota adicional representaria 32.600 toneladas a mais, o que implicaria em multiplicar por seis o acesso preferencial atual do país. Por isso, o Governo uruguaio não descarta fazer gestões para ampliar a cota do país.

No entanto, os preços da tonelada de carne Hilton do Uruguai caíram em 20%, segundo confirmou o gerente da United Breeders & Packer, Alejandro Berruti.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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