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Paulo Westin Lemos pede mais união entre produtores

Nós produtores temos em nosso DNA, o gen da desunião e é esse triste fato, que nos enfraquece tremendamente. Como resultados estamos vendo sucessivamente em calotes, exploração, ocupação de terras produtivas, tributação incompatível. É alentador quando vemos o grau de mobilização da categoria, nas últimas reuniões em que são discutidas como vamos reagir diante das ameaças que nos cercam. Renasce até uma esperança.

O leitor do BeefPoint Paulo Westin Lemos, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, enviou um comentário ao artigo “Pecuaristas se organizam para vender apenas à vista“. Abaixo leia a carta na íntegra.

“Nas crises se evolui.

Nós produtores temos em nosso DNA, o gen da desunião e esse triste fato, que nos enfraquece tremendamente, é muito bem explorado há muitos anos pelos frigoríficos e pelo governo e os resultados estamos vendo sucessivamente em calotes, exploração, ocupação de terras produtivas, tributação incompatível.

É alentador quando vemos o grau de mobilização da categoria, nas últimas reuniões em que são discutidas como vamos reagir diante das ameaças que nos cercam. Renasce até uma esperança.

Se as crises têm a força de colocar na mesma mesa de negociação, até mesmo adversários históricos contra um inimigo comum, porque não teria para unir a classe produtora. É uma oportunidade fantástica para evoluirmos nosso pré-histórico sistema de comercialização (peso morto, venda a prazo, falta de garantias, etc), colocar um basta nos já tradicionais calotes de frigoríficos.

Pecuarista não tem que dar crédito a frigorífico; não somos instituições financeiras, nosso negocio é produzir.

Crédito é com Bancos e Financeiras que têm estrutura para isso, sabem fazer isso muito bem. Nós não.

Um fundo garantidor, logicamente arcado pelos frigoríficos, devidamente auditado e fiscalizado, poderia preservar esse modo de venda a prazo, como opção, caso haja interesse em cada caso.

Estaremos evoluindo, na medida que conseguirmos preservar o equilíbrio dos interesses entre todos os elos da cadeia, a visão de parceiros, do ganha-ganha, e não a visão de adversários ou inimigos. Temos ameaças e adversários fortíssimos no exterior e para enfrentá-los com sucesso, nossa cadeia produtiva tem que chegar num acordo para formar uma corrente forte o suficiente.”

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0 Comments

  1. joao luiz de carvalho pinto disse:

    Senhor Paulo, e nao é só os pecuaristas de corte que sofrem com essa desuniao , nós produtores de leite passamos o mesmo com os latcinios,que nos pagam com até 50 dias de prazo. Quando pagam. E pensar que nós somos os responsaveis por essa desuniao.Quem sabe esta crise seja nossa salvaçao ensinando-nos unir organizadamente e lutar em nossa defesa nao só na parte comercial mas em outras como a ambiental ideológica do senhor Minc. Como disse temos uma esperança com os movimentos liderados pela Senadora Katia Abreu, pelo Ministro Stefanes e pelos proprios produtores.Antes tarde do que nunca.

  2. JOAO LUIZ MELLA disse:

    Caro companheiro Paulo.

    Sua ansiedade e seus anseios são oportunos.
    Estamos vivendo um momento unico na possibilidade de mudarmos os meios de comercialização de animais para abate. Acredito que as entidades deveriam estar fazendo bem mais para que ocorrece essas mudanças.
    Deveriamos estar exigindo dos meios de comunicação e dos pontos de informções , que os preços dos animais fossem divulgado somente à vista.
    Outro ponto bastante importante e que não está sendo utilizado é a real participação da base produtora. Os sindicatos existem para esses momentos,deveriamos estar todos mobilizados numa campanha de venda à vista.
    Não adianta as lideranças decidirem,numa reunião e determinar para que todos vendam à vista. É importante a concientização de toda à classe.
    Abraços