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Acrimat busca alternativas para a pecuária pantaneira

De olho nas demandas de sustentabilidade que pautam os negócios em todo o mundo, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), acaba de criar a comissão especial para tratar da pecuária pantaneira, região que atualmente detém o quinto maior volume de bovinos do Estado. Mato Grosso possui o maior rebanho do Brasil, com mais de 26 milhões de cabeças.

De olho nas demandas de sustentabilidade que pautam os negócios em todo o mundo, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), acaba de criar a comissão especial para tratar da pecuária pantaneira, região que atualmente detém o quinto maior volume de bovinos do Estado. Mato Grosso possui o maior rebanho do Brasil, com mais de 26 milhões de cabeças.

“A Acrimat está atenta a essa questão e criou uma comissão especial para desenvolver ações que correspondam às normas ambientais, preservando esse bioma cheio de particularidades e buscando alternativas para que o pecuarista possa trabalhar nessa região”, disse o presidente da Acrimat, Mário Candia.

Como explica um dos membros da Comissão, Cristóvão Afonso, o papel da comissão do Pantanal é buscar caminhos para a pecuária daquela localidade, tanto para o produtor, como para a preservação do meio ambiente. Segundo Afonso, 40% dos pecuaristas pantaneiros já foram embora por não terem condições de sobreviverem com a atividade, transformando terras produtivas em fazendas abandonadas. “Isso não é justo, pois é o pantaneiro que preserva o Pantanal e ele tem de viver dela, e não só sobreviver ou abandonar sua terra”.

A comissão da Acrimat pontuou alguns fatores que interferem diretamente nessa situação do pecuarista pantaneiro: falta de uma política de crédito voltada à região, restrições ambientais, inexistência de infraestrutura como estrada e energia elétrica. “É preciso que se leve em conta que a pecuária no Pantanal é mais lenta que nos demais lugares pelas próprias condições naturais e falta de infraestrutura. Precisamos de crédito com carência de pelo menos quatro anos e mais quatro para pagar, pois sem dinheiro ninguém faz nada”, desabafa Cristovão Afonso.

Outro ponto que a comissão está estudando é o chamado “ativo ambiental”, que são bens ambientais de uma organização, como mananciais de água, encostas, reservas, áreas de proteção ambiental, e direitos destinados ao controle, preservação, proteção e recuperação do meio ambiente. “O pantaneiro cuida do Pantanal e preserva o meio ambiente, ele não quer destruir nada, mas precisa viver, por isso, o boi que sai do Pantanal, tem que ter valor agregado, por ser criado de forma saudável e ecologicamente correta”.

Segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o rebanho do Pantanal cresceu mais de 19% entre 2003 e 2007, contabilizando com 1,7 milhão de cabeças.

As informações são do Diário de Cuiabá, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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  1. claudio dabus figueiredo disse:

    Quem conhece o pantanal, sabe que o Pantaneiro é fundamental na preservação daquele bioma.