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PA: depois das ações do MPF mercado recua

Em Marabá, uma fonte de compra do frigorífico Bertin - detentor de quatro plantas no Estado (Marabá, Santana do Araguaia, Redenção e Tucumã), além de duas unidades de curtume e uma fábrica de equipamentos de segurança na indústria de calçados - diz que a ação do Ministério Público do Pará prejudicou o mercado e que os prejuízos poderão ser ainda maiores caso persista a atual situação.

Frigoríficos do Estado do Pará mostram preocupação e descontentamento com a situação porque passa o mercado local desde a semana passada, quando o Ministério Público do Pará solicitou que grandes redes varejistas interrompessem as compras de fazendas fornecedoras de carnes ligadas ao desmatamento na Amazônia.

A solicitação do MP ocorreu após denúncia do Greenpeace, Organização Não-Governamental (ONG). Imediatamente, grandes redes que atuam no país, como Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar suspenderam suas compras provenientes desses locais.

Em Marabá, uma fonte de compra do frigorífico Bertin – detentor de quatro plantas no Estado (Marabá, Santana do Araguaia, Redenção e Tucumã), além de duas unidades de curtume e uma fábrica de equipamentos de segurança na indústria de calçados – diz que a ação do Ministério Público do Pará prejudicou o mercado e que os prejuízos poderão ser ainda maiores caso persista a atual situação.

“O Ministério Público agiu dentro da lei, mas tem que haver bom senso” defendeu, observando que por conta dessa situação, a unidade do Bertin de Marabá ficou 10 dias fora das compras de gado.

O informante destaca que como conseqüência da saída de grandes redes supermercadistas de mercado, o preço do boi gordo no Estado despencou, enquanto os frigoríficos já enfrentam dificuldade para fazer escalas e também comercializar a carne.

Negócios feitos com boi gordo do Pará, que no início de junho giravam em torno de R$ 71 arroba (para descontar o Funrural e pagamento em 30 dias), caíram para R$ 66 a arroba nesta quinta-feira, dia 18, desvalorização de 7,04%. A vaca, por sua vez, está sendo negociada a R$ 58 a arroba, com o mesmo prazo de pagamento.

“Está difícil fazer escala nesse preço. A indústria também teme produzir e depois não conseguir vender. Os frigoríficos estão indignados com a forma como a agropecuária vem sendo tratada no Pará” disse a fonte.

As informações são da Agência Safras, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. CARLOS ANTONIO MARQUES DA ROCHA disse:

    Isso que estão fazendo e uma vergonha para o governo que esta jogando a responsabilidade de fiscalizar as propriedades para cima dos frigorificos .

  2. Jorge Antonio Bittencourt disse:

    O termo utilizado ” bom senso “, foi uma forma bem branda colocado pelo amigo. O que estamos vendo aqui no Pará é uma retaliação generalizada ao seguimento produtivo.
    Ficamos mais de dois anos sem uma politica de incentivo fiscal Estadual.
    O debate do desenvolvimento sustentável fica só no debate, só pra ilustrar não é produzida nenhuma muda pelos governos Estadual e Federal na região Sul e Sudeste do Estado.
    As inumeras invasões promovidas pelos tais movimentos sociais na maioria dos casos são direcionadas para as áreas de reserva das propriedades e o resto vocês já assistiram nos telejornais.
    Fora tudo isso, vem o MPF atrapalhar ainda mais.
    Os municipios que já vinham sofrendo com a crise, agora vão fechar as portas de vez.

  3. Paulo de Tarso disse:

    Desejamos este tipo de ação no sul do Pará…
    75% da carne consumida no Estado do Pará, é de origem clandestina !

    E quanto ao crimes ambientais praticados pelo ABATE CLANDESTINO DE BOVINOS, ocorre que tais crimes são acobertados e tem a participação ativa de servidores da ADEPARA.
    Facilmente se constata que servidores estranhamente não fiscalizam os abatedouros clandestinos, que além de sacrificarem os animais de forma não humanitária, ainda contribuem com furtos de bovinos em fazendas, além de comercializarem carnes sem notas fiscais, contribuindo com a sonegação de impostos, além de ofertarem produtos impróprios para o consumo humano á população.
    Possuo documento do Conselho Regional de Medicina Veterinária CRMV-PA, atestando o que relato.
    Aqui no Pará é muito comum esta prática, de “ineficiencia” nas fiscalizações estes estabelecimentos, que por lei deveriam estar interditados.
    Em todo o Estado, infelizmente não raro se encontra matadouros precariamente funcionando, trazendo grandes prejuízos á população e aos cofres públicos, sem contar que devido a esta concorrência desleal, vários Frigorífico legalizados estão fechando seu funcionamento, demitindo funcionários e trazendo para a região as seqüelas sociais do desemprego em masa.
    Informo já haver protocolado esta denuncia a mais de um ano na ADEPARA, IBAMA, DECON, SEMA, MAPA, SEFA, RECEITA FEDERAL, porém até o momento sem efeito.
    Vários problemas como contaminação do solo, devido ao deposito de sangue sem tratamento no mesmo, salmoura proveniente da salga do couro, cabeças, carniças e ossadas são lançadas á céu aberto atraindo roedores, urubus e insetos, inclusive a alimentação dos suínos que são comercializadas nos açougues e supermercados, são feitas a base de fetos em decomposição e restos de feridas e carniças recolhidas após a matança dos bovinos.
    A situação é no mínimo sul real, chocante e inadimissível, porém não temos a quem recorrer, sendo obrigados a consumirmos produtos alimentícios clandestinos, sem inspeção sanitária e proveniente de furtos ou já mortos por picadas de cobras, intoxicações e outras doenças como brucelose, tuberculose, botulismo, raiva, febre aftosa, etc., visto que 75 % da carne consumida nos municipois do Pará, são provenientes deste tipo de abate clandestino.
    Possuo grande quantidade de documentos de mais de um ano de denuncia, porém sem atenção dos órgãos responsáveis, INACREDITAVELMENTE cidades como CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA, REDENÇÃO, RIO MARIA, FLORESTA DO ARAGUAIA, SANTANA DO ARAGUAIA, entre outras, consomem 100% DE CARNE CLANDESTINA, já que é impraticavel, que frigorificos de pequeno e medio porte, PORÉM LEGALIZADOS, consigam competir com esta concorrencia DESLEAL E PREDATORIA.
    Acredito que COIBINDO o funcionamento de matadouros clandestinos, sem licenças ambientais e sanitarias no Estado do Pará, teriamos uma melhor eficacia ao que pretende o MP