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Uruguai registra baixas nas taxas de abate

O ano que terminou em junho foi para a cadeia de carnes do Uruguai um dos que registrou maiores variações no transcurso desses 12 meses, tanto com relação aos volumes de produção como com relação aos aspectos comerciais e financeiros. No que diz respeito à produção, destaca-se a redução nos abates industriais, que durante o período foram de pouco mais de 2,07 milhões de cabeças, ao valor mais baixo desde o exercício de 2003-2004. Isso se deveu fundamentalmente à severa seca que dominou o cenário durante a maior parte do período, que chegou a picos extremos em alguns locais.

O ano que terminou em junho foi para a cadeia de carnes do Uruguai um dos que registrou maiores variações no transcurso desses 12 meses, tanto com relação aos volumes de produção como com relação aos aspectos comerciais e financeiros.

No que diz respeito à produção, destaca-se a redução nos abates industriais, que durante o período foram de pouco mais de 2,07 milhões de cabeças, ao valor mais baixo desde o exercício de 2003-2004. Isso se deveu fundamentalmente à severa seca que dominou o cenário durante a maior parte do período, que chegou a picos extremos, de níveis históricos, em alguns locais.

No entanto, não foi somente a seca. Também houve as abruptas e pronunciadas variações registradas nos valores em diferentes momentos desse período. Tanto os preços da carne de exportação como os preços dos animais sofreram oscilações bruscas devido fundamentalmente aos efeitos da crise econômica internacional.

Os abates continuaram em queda nos dois últimos anos, após terem alcançado o teto, em 2005-2006, quando chegou-se a abater cerca de 2,6 milhões de cabeças, um volume não sustentável em longo prazo e que assumia características de liquidação. Nesses momentos, a intensa atividade industrial estava impulsionada por uma oferta exacerbada devido à seca que afetava extensas zonas do país, particularmente no norte.

Atualmente, no transcurso do último exercício, paradoxalmente a seca foi ainda mais extensa e, em muitos lugares, mais intensa que a de 2005-2006, mas contrariamente ao ocorrido naquela oportunidade, não resultou em aumento da extração, o que constitui um funcionamento difícil de interpretar. Em alguns momentos desse exercício a demanda se retraiu, temendo uma debilidade dos mercados externos de carne, que se traduziu em quedas de preços e até em estoques que se acumularam nos frigoríficos pelas dificuldades de sua colocação, algo que antes não ocorria.

Por outro lado, a própria oferta se mostrou pouco dinâmica, com os produtores sem interesse em aceitar condições de comercialização que não consideravam justas, pelos preços muito distantes do que se obtinham pela carne em diferentes mercados.

As chuvas erráticas geraram sua própria dinâmica: quando a seca apertava, o mercado ia desinflando, em especial nas categorias de reposição e cria. Depois de cada chuva grande, o entusiasmo retornava, retraia-se a oferta e os compradores precisavam pagar valores mais altos para obter os gados.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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