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Argentina ainda não distribuiu cota Hilton

Pelo segundo ano consecutivo, a Argentina desapareceu do mercado de cortes de carne Hilton durante os primeiros meses do ciclo comercial. Essa medida, que beneficia os frigoríficos uruguaios e brasileiros que exportam cortes de alto valor à Europa, poderá voltar a gerar sérios transtornos na indústria local de carnes. Assim como ocorreu em 2008, este ano, novamente, o Governo nacional aplicou um tipo de fechamento das exportações de cortes Hilton ao não distribuir a cota correspondente ao ciclo de 2009/10.

Pelo segundo ano consecutivo, a Argentina desapareceu do mercado de cortes de carne Hilton durante os primeiros meses do ciclo comercial. Essa medida, que beneficia os frigoríficos uruguaios e brasileiros que exportam cortes de alto valor à Europa, poderá voltar a gerar sérios transtornos na indústria local de carnes.

Assim como ocorreu em 2008, este ano, novamente, o Governo nacional aplicou um tipo de fechamento das exportações de cortes Hilton ao não distribuir a cota correspondente ao ciclo de 2009/10 (que começa em julho de 2009 e termina em junho de 2010).

Embora dias atrás a previsão era que o Governo nacional estaria por outorgar pelo menos uma antecipação da ordem de 20% da cota anual Hilton 2009/10, isso ainda não aconteceu.

Esse ano, as autoridades europeias outorgaram ao Brasil a duplicação de sua cota Hilton, que passou de 5.000 para 10.000 toneladas anuais como compensação pela entrada da Bulgária e da Romênia no bloco. O Uruguai, por sua vez, está negociando uma ampliação da cota, de 6.300 anuais.

A Argentina, no entanto, desapareceu do mercado Hilton durante julho e agosto desse ano; esse fator contribuiu para manter firmes os valores dos cortes de alto valor enviados pelo Uruguai e Brasil com destino à União Europeia (UE), que atualmente estão a um preço de US$ 8.800 a US$ 10.000 por tonelada FOB.

O fechamento virtual das exportações de cortes Hilton aplicado entre julho e setembro de 2008, gerou benefícios aos principais grupos exportadores de carnes em detrimento das firmas menores (em abril, foram redistribuídas quase 1.750 toneladas e, em maio 420 toneladas às maiores companhias do setor).

Além disso, devido aos atrasos em dividir a cota, no ciclo anterior, quinze grupos de associações de produtores – do total de 40 aos quais a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA) distribuiu 10% da cota Hilton 2008/09 não puderam cumprir com o envio de 70% da cota que deveriam realizar antes de 1 de abril.

A reportagem é do Infocampo traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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