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Novos criadores buscam genética em Esteio/RS

Principal marketing da mais tradicional feira agropecuária da América Latina, a condição de banco genético das raças bovinas de corte da Expointer saiu fortalecida este ano. Além de reunir tradicionais produtores e cabanhas, a mostra, encerrada no último domingo, também atraiu novos criadores, que foram a Esteio em busca de animais de ponta para iniciar o plantel, e pecuaristas que compraram reprodutores rústicos para introduzir no rebanho geral da propriedade, agregando qualidade.

A presença constante de “iniciantes” nas pistas de remates do Parque de Exposições Assis Brasil chamou a atenção do presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindiler), Marcelo Silva. Esta foi a feira com maior número de novos criadores, mais de 100, dos últimos anos, afirma o leiloeiro. Sozinho, o escritório Trajano Silva Remates foi responsável por negócios no valor de R$ 2,4 milhões. Na avaliação de Silva, o grande interesse pela compra de animais demonstra a rentabilidade obtida na agropecuária.

“O agronegócio está aquecido e a Expointer é a principal praça de oferta de genética”, comenta, lembrando que o crédito farto com juros acessíveis oferecido na mostra foi um dos atrativos.

A participação de investidores estreantes, mesmo que caracterizada pela aquisição de poucos exemplares, normalmente um ou dois, contribuiu para o bom desempenho dos negócios desta edição da feira. O balanço, ainda parcial, da Secretaria da Agricultura aponta um faturamento de R$ 3,110 milhões com a venda de 2.595 animais. Esse volume representa um aumento de 36% em relação aos R$ 2,282 milhões registrados no ano passado. Com destaque para a raça charolesa, que faturou R$ 464 mil e foi a campeã de vendas entre os bovinos de corte.

Mas o fator determinante para o incremento foi mesmo a comercialização de animais rústicos e gado gordo, novidade na mostra deste ano. O retorno maciço dos bovinos criados a campo confirmou a expectativa inicial dos produtores: as vendas alcançaram R$ 629,9 mil. Nos leilões desses animais, o que se viu foi pista ágil e médias altas, de até R$ 4,5 mil no caso da raça angus. O destaque no faturamento ficou com o hereford (R$ 272 mil).

Na Bolsa do Novilho, modalidade inédita de leilão virtual de gado para abate, o faturamento foi de R$ 514,3 mil. Resultado inferior ao estimado inicialmente, de R$ 1,5 milhão, mas que, somado ao total de venda de rústicos, garantiu um desempenho de R$ 1,1 milhão. Ou seja, sem essas duas modalidades, o faturamento final da Expointer 2002 com a venda de animais ficaria em R$ 2 milhões, inferior ao resultado da mostra passada.

Para o secretário da Agricultura, Ângelo Menegat, a abundância de recursos para financiar a compra de animais foi determinante para essa performance. Entre Banrisul e Banco do Brasil, o montante ofertado chegou a R$ 5,4 milhões.

Fonte: Zero Hora (por Lisiana dos Santos), adaptado por Equipe BeefPoint

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