Em antecipação aos crescentes volumes de carne bovina dos Estados Unidos começando a chegar na União Europeia (UE) após o acordo por uma cota de carne de alta qualidade e livre de tarifas, um especialista da Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation - USMEF) disse que a falta de carne bovina de animais alimentados com grãos no mercado representa uma grande oportunidade.
Em antecipação aos crescentes volumes de carne bovina dos Estados Unidos começando a chegar na União Europeia (UE) após o acordo por uma cota de carne de alta qualidade e livre de tarifas, um especialista da Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation – USMEF) disse que a falta de carne bovina de animais alimentados com grãos no mercado representa uma grande oportunidade.
O vice-presidente sênior de política, planejamento e pesquisa da USMEF, Thad Lively, disse que a cota pode não significar necessariamente volumes massivos, mas abre uma porta para um mercado de maior valor. Ele espera que dentro dos próximos três a cinco anos, os EUA estarão enviando cerca de 70.000 toneladas de carne bovina anualmente à UE, a preços que são “provavelmente duas vezes o nível médio de preços no resto dos mercados de exportação”.
Lively explicou que a UE percebeu que será um importador de carne bovina, mais do que um exportador. Por enquanto, o bloco está buscando diversificar suas fontes de carne além da América do Sul. Nessas circunstâncias, os EUA trabalharam em um acordo com a UE para que a tarifa de 20% fosse eliminada.
“Eu acho que o fato de estarmos falando sobre ocupar o topo do mercado torna nosso produto e a ideia de importar dos EUA muito menos ameaçadora para os produtores europeus. Se estivéssemos tentando enviar um produto que competisse diretamente com a carne bovina europeia, que é o que o Brasil, por exemplo, está fazendo, então claramente os produtores europeus começariam a sentir que terão problemas em competir contra essa carne barata. Nós não temos problema, porque ocupamos esse nicho no topo do mercado. De fato, devemos pressionar os preços para cima, e não para baixo”.
Lively reiterou que o mercado da UE não gerará grandes volumes de envios de carne bovina dos EUA mas criará uma proposição de valor para produtores que podem cumprir com os requerimentos do bloco.
Ele disse que de uma perspectiva de marketing, o foco será cada vez mais na expansão da presença do produto no mercado. Ele disse que o produtor norte-americano não é muito conhecido na UE.
A reportagem é do MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.