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Paraguai: escassez de gado faz exportações cairem

Apesar de ser normal nessa época do ano uma menor oferta de gado bovino, o ritmo de abates da indústria frigorífica do Paraguai tem caído mais do que o habitual e os volumes de exportação de carne tendem a cair em razão da escassez de matéria-prima, disse o presidente da Câmara Paraguaia de Carne (CPC), Korni Pauls.

Apesar de ser normal nessa época do ano uma menor oferta de gado bovino, o ritmo de abates da indústria frigorífica do Paraguai tem caído mais do que o habitual e os volumes de exportação de carne tendem a cair em razão da escassez de matéria-prima, disse o presidente da Câmara Paraguaia de Carne (CPC), Korni Pauls.

De acordo com as estatísticas da CPC, entre janeiro e agosto desse ano, o volume de carne exportado foi de 10 mil toneladas a menos, o que representa uma queda de 10% do volume exportado no mesmo período de 2008, quando foram exportadas 119.800 toneladas.

Segundo Pauls, também entre janeiro e agosto desse ano, foram abatidas praticamente 30.000 cabeças a menos de gado bovino nas indústrias, fato que está se tornando mais agudo nessa época devido à oferta cada vez menor de matéria-prima, aparentemente por uma especulação, esperando melhores preços. Dessa forma, as exportações de carne se reduziram já esse ano em mais de US$ 120 milhões, disse Pauls. Ele disse que as perspectivas não são animadoras, já que para outubro, tende a cair ainda mais o volume de exportação de carne.

O presidente da CPC disse que, internamente, o preço do gado começou a subir nas últimas semanas, devido justamente à falta de oferta de gado e não precisamente pelas exportações. Inclusive, os preços nos mercado internacional também estão caindo porque, por exemplo, até agosto e setembro, pôde-se negociar no Chile entre US$ 4.200 e US$ 4.300 a tonelada. No entanto, para o mês de outubro, o máximo alcançado é US$ 3.900 e a média está em somente US$ 3.800 a US$ 3.850 a tonelada para esse mercado. Nem o mercado europeu está comprando bem agora, já que seus preços baixaram entre US$ 200 e US$ 300 a tonelada, disse Pauls.

A reportagem é do ABC Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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