O consórcio ABC, que agrupa frigoríficos exportadores da Argentina, reclamou ao Governo do país pelo atraso na distribuição da cota Hilton. Na semana passada, o consórcio enviou uma nota ao Governo da Argentina onde reclamava pela demora na distribuição, que deveria ter sido feita em junho. O grupo, que tem 85% das 28.000 toneladas de Hilton da Argentina, também se queixou pela demora na divisão das antecipações, os adiantamentos da cota que ocorrem quando a distribuição está demorada.
O consórcio ABC, que agrupa frigoríficos exportadores da Argentina, reclamou ao Governo do país pelo atraso na distribuição da cota Hilton. Na semana passada, o consórcio enviou uma nota ao Governo da Argentina onde reclamava pela demora na distribuição, que deveria ter sido feita em junho. O grupo, que tem 85% das 28.000 toneladas de Hilton da Argentina, também se queixou pela demora na divisão das antecipações, os adiantamentos da cota que ocorrem quando a distribuição está demorada.
De acordo com o ABC, ao se reduzir o período para executar a cota Hilton (que deverá ser cumprida até junho de 2010), se concentrará a demanda de novilhos, o que provocará um aumento do preço do animal e baixará o preço da Hilton, porque todos os vendedores começarão a ofertar ao mesmo tempo.
A reclamação do consórcio que reúne empresas como Swift e o Frigorífico Rioplatense, representa uma mudança em sua estratégia, que até o momento foi aliado incondicional do Governo em suas políticas. Essa mudança pode ser explicada pelo perigo que corre da cota Hilton, um negócio avaliado em mais de US$ 300 milhões.
Do lado da produção também se ouviram queixas. “Essa situação aumenta a incerteza dos produtores, porque não sabem que tipo de gado devem produzir e a quanto vão vender”, disse o representante da Confederação de Associações Rurais de Buenos Aires e La Pampa (Carbap), Gustavo Hardt.
O atraso na divisão da cota se deve à reforma do regime de distribuição decidido por Emilio Eyras pouco antes de sair da Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA). Após Eyras ter renunciado por ter se envolvido em um escândalo, a reforma do regime ficou pela metade e hoje ninguém sabe que sistema será aplicado.
“Se o novo regime se concretizar, demorará até o final do ano para a distribuição e todos teríamos que sair a vender ao mesmo tempo, com perdas, como em 2008. Então, o mais razoável é que a cota se distribua segundo os parâmetros anteriores, deixando a aplicação do novo sistema para o próximo período”, disseram na Associação de Produtores Exportadores da Argentina (APEA), que controla 10% da cota Hilton.
A reportagem é do La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.