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12 de janeiro de 2010

Política Ambiental: Suspeitos ataques ao agronegócio do Brasil

Como brasileiro e engenheiro agrônomo espero que nossos representantes desconfiem da benevolência e dos afagos que lhes tem sido dirigidos e, com firmeza, defendam a agropecuária deste país. É uma obrigação e um dever para o bem do Brasil e da humanidade, proteger este setor que, reiteradamente, através de pesquisa científica e difusão de tecnologia, tem sido capaz de atender duas grandes metas, a de fornecer alimentos no presente e de preservar o ambiente para garantir o futuro.

Conta à história que por um erro no trajeto para o Novo Caminho das Índias, as caravelas de Pedro Álvares Cabral acabaram por descobrir o Brasil em abril de 1500. Seis anos antes deste imponderável episódio, já fora assinado o Tratado de Tordesilhas que definia os critérios para a partilha, entre Espanha e Portugal, das terras descobertas por Colombo e outros navegadores, motivo suficiente para supor-se que a descoberta de Cabral não tenha sido obra do acaso.

Com o intuito de legitimar seus direitos de exploração e garantir a posse sobre os bens destas terras, as duas potências da navegação daquela época negociaram a presença da Santa Inquisição em seus reinos e passaram a inventariar as riquezas que sucederam a este novo ordenamento na geografia do planeta.

Passados quinhentos anos muito pouco mudou nas relações entre colonizadores e colonizados. Penso isto, ao constatar que em curtíssimo tempo, no momento em que o Brasil ensaia passos na direção de utilizar seu vasto território, seu solo, sua água e seu clima para tornar-se o principal fornecedor de alimentos do mundo, uma nova verdade é anunciada: A Terra está aquecendo e o maior culpado é o agronegócio brasileiro.

Neste momento, não é conveniente falar que a maior poluição que produzimos é a feita com a miséria humana. Não é interessante ressaltar que a população está crescendo a uma taxa maior que a da produção de alimentos e que já atingimos uma cifra na ordem do bilhão de pessoas com fome crônica.

O ambientalismo, atualmente, tirou seu foco das fábricas, dos imensos conglomerados urbanos, das tecnologias ultrapassadas na geração de energia, da contaminação e exploração indiscriminada dos oceanos que ocupam mais de setenta por cento da superfície do planeta e apontou para o Brasil, para sua floresta amazônica, para sua produção agropecuária, para o seu rebanho bovino.

O incrível é que manipulações da informação, mesmo denunciadas, com a força de um rolo compressor passam a torturar nossas consciências, calando e emudecendo fundamentados arrazoados que indicam estarem equivocadas as atuais políticas de combate ao aquecimento global além das suspeitas de que as mesmas ocultem uma nova face da hegemonia econômica dos países desenvolvidos.

Com seu poder estas nações aliciam, organizam e financiam distintas milícias, alimentam-nas com algumas ideologias para dar sentido a suas existências e, com a astúcia de velhos predadores, distribuem armadilhas, catequizam os novos habitantes da terra de Cabral, desapropriam a Amazônia e boa parte de nosso território e como oferenda prometem deixar-nos contemplando, eternamente, nosso berço esplêndido.

Como brasileiro e engenheiro agrônomo espero que nossos representantes desconfiem da benevolência e dos afagos que lhes tem sido dirigidos e, com firmeza, defendam a agropecuária deste país. É uma obrigação e um dever para o bem do Brasil e da humanidade, proteger este setor que, reiteradamente, através de pesquisa científica e difusão de tecnologia, tem sido capaz de atender duas grandes metas, a de fornecer alimentos no presente e de preservar o ambiente para garantir o futuro.

0 Comments

  1. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado José Luiz,

    Você tocou no ponto… enquanto não for implementada uma política para bem estar social (natalidade, saúde e educação) não se chegará a lugar algum.

    Quanto mais nascimentos, mais necessário investimentos em saúde e educação.
    Sem isso não haverá trabalho para os já nascidos, nem para os nascendo…
    Sem trabalho, não há como satisfazer as necessidades básicas (alimentação, saúde e educação).

    Aos que não tiverem acesso as necessidades básicas, restarão as atividades “marginais” (incentivadas ou não): invasões de terras públicas, desmatamento, abate de animais silvestres, e por fim as atividades “marginais de risco social” (prostituição, drogas, roubos, assaltos etc…).

    A preocupação deles (produtores do velho mundo e do poderoso primo do norte), está diretamente ligada a falta de competitividade na atividade ligada a produção de carne (proteína animal). Afinal lá eles tem o clima, que lhes aumenta o custo em uns 30% (alimentação no inverno), sem contar as terras caras, mão de obra idem, e as doenças letais para humanos (de difícil detecção – vaca louca).

    Os argumentos que utilizam para nos transformar em “delinquentes ecológicos e sanitários” seriam facilmente combatidos, se não continuássemos a cometer seguidas falhas nos controles de saúde animal: é uma vergonha ainda não termos eliminado moléstias como a Aftosa e Brucelose.

    Os inimigos internos também são conhecidos, ONG´s tupiniquins e formadores de opinião, ambos financiados com dinheiro dos interessados em nos dobrar frente a seus próprios interesses.

    Ignorância técnica das corporações governamentais, e o contínuo sentimento de inferioridade que nos “pega”, cada vez que aceitamos os argumentos “viciados” dos “defensores do planeta” e formulamos nossa política ambiental, em completo desacordo com nossa necessidade social e econômica.

    Todos eles, em vez de reclamarem do que estamos fazendo, deveriam reduzir a área de exploração agrícola que possuem, e refloresta-la, afinal em 10 anos pode-se recompor um bosque ou uma floresta… eles não podem, precisam dela para plantar os grãos para alimentação humana e animal. Necessitam ainda mais para abocanhar os fartos subsídios governamentais existentes; e mesmo assim não conseguem competir com nosso sistema produtivo agrícola/animal.

    A forma encontrada no momento, para limitar nossa competitividade, seria limitar nossa fronteira Agrícola/Pecuária, e isso é o que está sendo seguidamente tentado, através do terrorismo Ambiental.

    De resto, não teriam muito que falar, afinal seus bovinos “flatulam” lá, tanto quanto os daqui…

    Boa sorte e saúde, afinal este ano não será uma ano fácil.

  2. Carlos Eduardo Costa Maria disse:

    Muito interessante, sua análise retrata singularmente mais uma estratégia do sistema estabelecido de impedir que outras nações se utilizem de suas riquezas naturais, no sentido de melhorar as condições de vida de sua população.Especialmente, aqui no Brasil toda esta parafernália do “aquecimento global” não passa de um certo assédio moral, induzindo os formadores de opinião publica,a olhar a classe agricultora e pecuarista como simples vilões do meio ambiente.Tomara que seu artigo se torne num grande alerta, para que possamos ter as rédeas do desenvolvimento e da soberania de nossas riquezas naturais em nossas mãos.

  3. Enaldo Oliveira Carvalho disse:

    Ao autor, parabéns pelo artigo.

    A opressão ambiental ganha novos adeptos a cada dia. E o vilão poluidor escolhido tem sido o agronegócio brasileiro. Com todo aparato midiático, idéias distorcidas tem sido propagagdas.
    O governo brasileiro tem compactuado bovinamente com as resoluções de conferências das quais partcipam. O exemplo mais recente foi a Cop 15. Não bastasse o governo federal, o ogoverno paulista, que também estava presente, cedeu-se a todas exigências impostas, para ser politicamente correto.
    O setor da economia mais prejudicado será, sem dúvida, o Agronegócio.
    Campanhas difamatórias se alastram por toda parte, encabeçadas por celebridades, a exemplo da, “segunda sem carne”.
    A pecuária é acusada pela emissão de 18% das emissões de gases causadores de efeito estufa. E não se pode questionar as metodogias utilizadas, se são comprovadas ou não.
    Brevemente se perguntarmos a uma criança na escola, quem polui mais? Uma vaca ou uma scânia? Ela responderá: uma vaca.

  4. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado José Luiz,

    Se possível me envie seu mail.

    Terminei de ler uma entrevista interessantíssima, e vem de encontro ao que penso a respeito do aquecimento da terra. O homem não é suficientemente competente para vencer a natureza em tão pouco tempo. E é leitura complementar para seu artigo…

    Aqui vai pequena parte dela, o resto voce pode encontrar na “rede”…

    “Não existe aquecimento global”, diz representante da OMM na América do Sul
    Por Carlos Madeiro
    Especial para o UOL Ciência e Saúde

    Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.

    Segundo Luiz Carlos Molion, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU

    Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: ³perder meu tempo?² Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O meteorologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.

  5. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado José Luiz,

    Eu de novo, com material adicional muito interessante…

    Prof. Molion novamente no Canal Livre da Band
    ENTREVISTA DE ESPECIALISTA RELATA FATOS QUE ATESTAM FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL E DIZ QUE A TERRA ENTROU NUM PROCESSO DE RESFIRAMENTO GLOBAL, SENDO ESTE MAIS PERIGOSO QUE O AQUECIMENTO.

    ENTRE NO LINK ABAIXO E ASSISTA AO VIDEO.

    http://fimdostempos.net/molion-canal-livre.html

    Prof. Molion novamente no Canal Livre da Band

    No domingo passado, o Canal Livre exibiu trechos das melhores entrevistas de 2009, tendo escolhido a do climatologista Luiz Carlos Molion. No próximo domingo, dia 10 as 23:30h horário de Brasília, O Canal Livre da Band apresentou uma nova entrevista com o climatologista brasileiro crítico ao catastrofismo ambientalista. foi muito interessante.
    ————————————————————————
    Trabalho do Mídia@Mais reconhecido na Austrália

    Um dos melhores sites dedicados ao tema da fraude do AGA, da jornalista australiana Joanne Nova, criadora do “Manual dos Céticos”, aponta os sites brasileiros http://www.fakeclimate.com e o Mídia@Mais como referências para informações em língua portuguesa.

    Confira: http://joannenova.com.au/global-warming/

  6. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Prezado Jos´e Manuel de Mesquita,

    Muito obrigado por suas consideracoes que com muita propriedade, explanam com detalhes sobre pontos que nortearam o meu texto. Estamos em sintonia e imagino que seja o pensamento predominante daqueles que vivem e se dedicam ao desenvolvimento do agronegocio no Brasil. Abraco, Jose Luiz Kessler

  7. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Prezado Carlos Eduardo Costa Maria,

    Com muita satisfacao recebo seu atencioso comentario e agradeco sua importante participacao. Acredito firmemente que da integracao entre a pesquisa cientifica com os demais agentes da producao agropecuaria nacional brotarao as diretrizes que nortearao nosso desenvolvimento e nossa independencia. fraterno abraco, Jose Luiz Kessler

  8. Carlos Sant´Ana disse:

    Prezados colegas,

    É tolo negar fatos que conseguem mobilizar os chefes de estado do mundo inteiro em uma conferência na qual discutem medidas que podem custar o seu poder ou as riquezas de suas nações…. Citar sáites marginais que negam o aquecimento global é ridículo.

    Nós brasileiros temos SIM responsabilidade sobre uma parte do problema, e se alguns querem fazer que ela pareça ser maior do que é, por outro lado é justamente o agronegócio brasileiro uma das atividades que tem mais a perder com eventuais mudanças climáticas.

    Somos o país abençoado em termos de clima, o que pode ser comprovado simplesmente olhando uma foto global de satélite: onde mais predomina o verde, em qualqer época do ano, onde temos maior segurança climática do que em nosso país. Portanto, o agronegócio brasileiro é a potencial maior vítima de qualquer mudança climáica signifcativa.

    A destruição de áreas de floresta para plantio de pastagens, ou qualquer outra cultura, quando ainda temos tanto potencial de incremento de prodtividade, em terras já ocupadas e subutilizadas é de uma irracionalidade atroz. Especialmente se considerarmos a influência da floresta na formação do clima em outras regiões do Brasil. A destruição de biomas naturais ainda preservados em nosso país deve ser imediatamente suspensa a ferro e fogo, e uma forma inteligente de exploração dessas áreas deve ser adotada, para dar sustento e lucro sem agressão ao meio ambiente.

    Como empresário e pecuarista que investe na produção de alta qualidade sem agredir o ambiente, NÃO ADMITO ver meu esforço inutilizado pela leniência governo em fazer cumprir as leis e pela corrupção que campeia em certos estados.

    A carne brasileira é um produto de qualidade que não merece ser confundida com produto de desflorestamento da Amazônia.

  9. Sonia Silva disse:

    Talvez em alguns pontos você esteja certissimo, porém, é muito triste, quando é anunciado que reduzio o desmatamento da Amazônia, e que no último mês desmatou-se apenas “500 kg de mata”…..500 km é muito mata derrubada…se o desmatamento continuar neste ritmo o homem chegará em um caminho sem voltas. Acredito sim que o pecuarista é um setor muito importante para a economia, mas algumas pessoas continuam no “erro” em desmatar sem conciência, e por causa destas, os demais pecuaristas também acabam pagando um preço alto.

  10. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Prezado Enaldo Oliveira Carvalho,
    Muito obrigado. Agradeco seu cumprimento estimulante e por suas interessantes consideracoes complementares. Peco desculpas pelo atraso no agradecimento por estar em ferias longe do Brasil e sem acessar a internet com muita frequencia. Fraterno abraco, Jose Luiz Kessler

  11. Luís Octávio Faustino Dias Brandão disse:

    Caro senhor Kessler

    Concordo com o senhor a respeito da questão do aquecimento global antropogênico. A quantidade de CO2 na atmosfera é deveras muito pequena para que a temperatura planetária seja regida por valores de 0,035% da composição da atmosfera. Existe bem mais vapor de água (2%) do que CO2.
    Como a hipótese que torna o dióxido de carbono responsável pelo aquecimento global está naufragando, lançam a mão a todo o tipo de “bóia” argumentativa. A última é a “flatulência bovina”. Haja paciência para ouvir um descalabro desses !!!

  12. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Prezado Carlos Sant´Ana,
    Muito obrigado por sua participação. Desculpe-me a demora para fazer uma réplica as suas considerações já que encontrava-me em férias e um pouco afastado dos debates de nossa atividade.
    Isto posto, gostaria de referir que , em meu ponto de vista, sua percepção está bastante distante da realidade. Quais são os fatos que foram negados? Quais são os sites marginais? Não entro no mérito da discussão do aquecimento global, deixo isto para os especialistas. Questiono sim a dimensão e orquestrada campanha que debita ao agronegócio brasileiro a maior conta dos problemas ambientais. Se você não percebe isto, desculpe-me, estás sendo muito inocente.
    Quanto a defesa da irracionalidade da destruição de florestas e de outros biomas naturais estamos de acordo. Não temos que destruí-los mas sim encontrar formas de explorá-los com responsabilidade, com pesquisa científica, conhecimento técnico e estratégias inteligentes. Somos nós produtores e não o governo que devemos encontrar e apontar as soluções. Ferro e fogo são métodos ultrapassados para questões de tamanha complexidade e leis, prezado Sant´Ana, são normativos temporais que atendem as visões de um tempo, que se modificam e se adaptam para harmonizar o convívio das sociedades. O que não se modifica é a natureza humana e esta, você parece desconhecer. Cordiais saudações, José Luiz Martins Costa Kessler

  13. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Prezada Sonia Silva,

    Muito obrigado por sua participação e comentário.
    Certamente você percebeu que o texto procura questionar a coincidência do ataque político ambiental ao Brasil quando avançamos em todos os sentidos para ocupar o lugar que por desígnios naturais nos foram concedidos, o de sermos o maior produtor de alimentos deste planeta que cresce e que tem fome.
    Não defendo derrubada de mata nativa para exploração pecuária. Defendo a nossa competência para encontrarmos formas inteligentes de explorar nossos recursos naturais. Entendo que cabe a nós brasileiros (pesquisadores, técnicos, produtores, políticos, etc.) a árdua tarefa de defender nossos interesses e demonstrarmos que somos capazes de fazê-lo com equilíbrio e seriedade. Cordiais saudaçoes, José Luiz Martins Costa Kessler

  14. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Prezado Luís Octávio Faustino Dias Brandão,

    Muito obrigado por sua participação. Confesso que não tenho conhecimento técnico para analisar técnicamente as teorias sobre o aquecimento ou sobre um novo resfriamento do planeta. Quanto a questão do metano dos ruminantes não tenha dúvida, é realmente um descalabro e atentatória à natureza destes animais.
    Fraterno abraço, José Luiz Martins Costa Kessler