Com a posse do ex-deputado estadual Ricardo Yano, ontem (07), à frente da Associação Goiana do Nelore (AGN), encerram-se vários anos de discordâncias entre os criadores goianos que se congregavam em torno de duas entidades similares, nenhuma delas reconhecida pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB).
Yano assumiu o cargo prometendo trabalhar por uma plena integração dos neloristas goianos e por um maior entrosamento com as entidades de produtores de todo o País, especialmente as de âmbito nacional.
Ele admitiu que as divergências impediram durante muito tempo que os pecuaristas de Goiás pudessem usufruir do apoio de entidades como a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e a ACNB, que não se sentiam à vontade para acolher uma das associações existentes no Estado, em detrimento da outra. “Agora não, já estamos assinando convênios com a ACNB e vamos nos beneficiar inclusive do programa de marketing da carne do nelore criado a pasto”, disse.
Crescimento
O presidente da AGN afirmou que o momento é excepcional para a pecuária de corte, em particular para o Centro-Oeste, pela possibilidade de produção do boi natural.
Segundo ele, só de carnes congeladas, as exportações goianas saltaram de US$ 3,8 milhões (R$ 12 milhões) em janeiro de 2002, para US$ 5 milhões (R$ 16 milhões) em janeiro do ano passado. Yano lembrou que de um rebanho de aproximadamente 21 milhões de cabeças existentes no Estado, 74% são animais de corte, 80% dos quais da raça nelore.
Segundo o presidente da Associação Goiana dos Criadores de Zebu (AGCZ), Sílvio Marques, após a celebração de convênios com as entidades nacionais do segmento, a AGN passa a cuidar formalmente de atividades como as de ranqueamento de animais e exposições. “Em breve, a entidade também estará implantando aqui, por delegação da ABCZ, o programa de qualidade da carne”, disse Marques.
Fonte: O Popular/GO, adaptado por Equipe BeefPoint