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JBS aposta no mercado interno em 2010

"Acho que [a crise] passou, só que tem sequelas. Acho que o mercado interno vai ser melhor que o externo", declarou Joesley Batista. De acordo com o presidente do JBS, o mercado brasileiro está "melhor do que a média" mundial.

As operações de bovinos no Brasil, cuja força no passado deram impulso a voos internacionais do JBS, voltam a ser uma das principais apostas do grupo em um momento em que o mercado global ainda sofre com as sequelas de uma de suas piores crises, avaliou Joesley Batista, presidente da maior empresa de proteína animal do mundo.

“Acho que [a crise] passou, só que tem sequelas… O mercado está bom, mas talvez não esteja tão bom quanto muita gente já estava precificando. Acho que o mercado interno vai ser melhor que o externo”, declarou Batista após a inauguração da Escola Germinare, patrocinada pelo Instituto JBS.

De acordo com o presidente do JBS, o mercado brasileiro está “melhor do que a média” mundial. “Se for falar na ordem, primeiro o Brasil, segundo os EUA, aí vem outros como Rússia, China…, por último Europa e Japão, são os que estão demorando mais a retomar.”

Segundo ele, as margens das operações no Brasil estão se recuperando, após o negócio ter sido reestruturado por conta das restrições da União Europeia, que há dois anos aumentou as exigências em relação à rastreabilidade do gado abatido para exportação ao bloco. “Estamos conseguindo achar outros mercados, recompor: estamos crescendo; Os indicadores têm melhorado trimestre a trimestre. Vamos assistir a uma melhoria contínua das margens no Brasil”, disse.

A recente fraqueza nos mercados de capitais, que levou a JBS a adiar a oferta de ações da JBS USA, parece não ter diminuído o ímpeto da companhia, que também tem operações na Austrália, Europa, América do Sul e África, e planeja expandir a distribuição direta de seus produtos.

Se o IPO nos EUA, que levantaria US$ 2 bilhões para serem investidos principalmente em distribuição, foi adiado, a empresa já conta com outros US$ 2 bilhões das debêntures compradas pelo BNDES, cuja segunda parcela de US$ 700 milhões foi depositada sexta-feira.

Com o caixa reforçado pelos recursos que garantiram os níveis de alavancagem do JBS anteriores às grandes aquisições de 2009, Batista disse que se houver alguma aquisição em 2010, o foco serão companhias que atuam “mais da porta para fora”. De acordo com ele, neste ano, o grupo buscará consolidar as aquisições de Bertin e Pilgrim´s, prevendo ganhos em sinergias.

“E mesmo tendo aquisições, serão aquisições alinhadas com a estratégia da distribuição e menos na produção. Vamos comprar companhias? Pode ser. Que tipo de companhia? Mais companhias voltadas ao mercado do que voltadas à produção, mais voltadas à distribuição…”

A matéria é de Roberto Samora, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Manoel Alves dos Santos disse:

    Penso que a JBS,deveria entrar no varejo de tripas bovinas,suinas e ovinas.
    Para isso, deve-se entrar nesses dois seguimento de calibraçã,porco e carneiro.
    Importar tripas suinas e ovinas a granel mais compra do mercado interno,calibra-las em Ituiutaba e entrar pra valer no grande mercado interno que é disputado por meia duzia de empresas do ramo.

  2. Jones Pereira de Souza disse:

    Nem dá para se falar nada (JBNDES). Tudo para eles está sempre bom, exportar importar e assim vai.

  3. PAULO ESTEVÃO JOSE DE OLIVEIRA disse:

    Acredito que a JBS S/A esta no caminho certo, que é o de se diversificar em varios ramos e em varios paises e agora principalmente no Mercado De Porta a Porta, um mercado novo onde poucos tiveram a sensibilidade de explorar o mesmo.

  4. Ricardo Nascimento Taveiros disse:

    A JBS,mostra,através de seus investimentos internos,a valorização do mercado que muitos não acordaram para tal:o pequeno e médio varejo.É o caminho certo;coragem e ousadia, duas caracteristicas que diferem a companhia das demais

  5. Ronan Levy disse:

    Quero só ver quando o mercado externo se normalizar, as exportações estiverem melhores que o MERCADO DE PORTA A PORTA adotado pelo JBS, quem é que vai ser o varejista!? Já que este mercado de porta a porta esta acabando com os açougueiros e demais comerciantes da carne.
    É algo a se pensar!