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Uruguai: poucos negócios em feira da Rússia

Os importadores russos continuam manifestando o interesse pela carne bovina e miúdos uruguaios. No momento, na feira alimentar que o Uruguai participou em Moscou, há consultas, mas não se concretizam negócios e pressionam para baixar os preços. Embora nesse tipo de feira sempre se concretizem poucos negócios, servem para sondar o mercado.

Os importadores russos continuam manifestando o interesse pela carne bovina e miúdos uruguaios. No momento, na feira alimentar que o Uruguai participou em Moscou, há consultas, mas não se concretizam negócios e pressionam para baixar os preços.

A carne uruguaia está muito bem posicionada na Rússia e seus importadores conhecem bem a qualidade e a seriedade da indústria uruguaia. Em 2008, a Rússia foi o principal mercado para a carne bovina e miúdos do Uruguai e os preços da carne subiram de forma significativa. Um ano mais tarde, manteve-se entre os principais destinos dos frigoríficos uruguaios, mas não foi tão relevante.

Agora, no início de 2010, a Rússia voltou a se converter no principal comprador de carne bovina e de miúdos do Uruguai, demandando o dianteiro bovino incompleto – os cortes conhecidos como Chuck & Blade -, além de fígado e língua. Por isso, na ProExpo Moscow, que ocorreu semana passada na capital russa, o Uruguai participou com uma delegação de industriais e intermediários do mercado de carnes, com o apoio do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) e com a presença de seu presidente, Luis Alfredo Fratti.

Embora nesse tipo de feira sempre se concretizem poucos negócios, servem para sondar o mercado. “Há muita gente consultando preços, mas poucos negócios se fecham”, disse o técnico do INAC, Daniel Sparano, que fez parte da delegação oficial do país. “O Uruguai está subindo a carne e os compradores querem baixar os preços. São os conflitos de toda negociação”.

Os importadores russos já vinham pressionando para baixar os preços há várias semanas, porque as cotas de importação de dezembro e janeiro já estão cumpridas. As novas cotas serão distribuídas a partir de março e no mercado se prevê que as compras fortes devam começar a partir desse mês.

“Os preços que os importadores russos propõem estão entre 10% e 15% abaixo dos que ofereciam há duas semanas. Pressionam os preços sem poder comprar, porque não têm as licenças”, disse o corretor Alejandro Berruti, com base na informação que chega da feira. No entanto, ele lembrou que a União Europeia (UE) está “paralisada”. Os importadores estiveram realizando várias consultas na semana passada aos operadores uruguaios, mas a “queda do euro freou toda intenção de fazer negócios”.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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