O governo argentino prometeu aos frigoríficos liberar as exportações de cortes nobres de carne bovina, mas tenta forçar um acordo de preços para baratear a costela e os cortes traseiros, mais populares.
O governo argentino prometeu aos frigoríficos liberar as exportações de cortes nobres de carne bovina, mas tenta forçar um acordo de preços para baratear a costela e os cortes traseiros, mais populares. A “tabela” sugerida de preços, que não foi divulgada oficialmente, inclui a redução pela metade do valor de alguns cortes no varejo.
Fontes do setor de carnes informaram que o governo destravou exportações a mercados vizinhos, como o Chile, por caminhões frigoríficos que já percorriam o trajeto e aguardavam apenas autorização aduaneira para cruzar a fronteira.
Mas o grande teste ocorrerá no fim de semana, quando é feita a maioria dos carregamentos de carne bovina em contêineres nos portos argentinos.
A restrição às vendas ao exterior, para evitar o desabastecimento no mercado doméstico argentino, causou reclamações da Federação de Trabalhadores da Indústria de Carne, que afirmou haver, inclusive, a possibilidade de demissões no setor, já que as empresas poderiam reduzir turnos de produção ou fechar unidades.
A matéria é de Daniel Rittner, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.