O frigorífico de capitais ingleses, Breeders & Packers, instalado no Uruguai, disse que abaterá todo tipo de gado, mas que premiará o produtor bonificando a qualidade dos novilhos de elite enviados à planta.
O frigorífico de capitais ingleses, Breeders & Packers, instalado no Uruguai, disse que abaterá todo tipo de gado, mas que premiará o produtor bonificando a qualidade dos novilhos de elite enviados à planta.
O presidente da companhia, Roberto Palma, divulgou a política de compras de gado que o frigorífico que acaba de ser construído no departamento de Durazno usará. Ele enfatizou a integração dos pecuaristas que enviam gado de elite nos negócios que o frigorífico fará e garantiu que o Breeders & Packers Meat Uruguay “fará seu próprio negócio”.
A planta está projetada para industrializar 2.000 cabeças por dia, em turno duplo, com capacidade de frio e armazenamento de acordo com esse volume. “Um dos grandes problemas que tem esse tipo de indústria é que, quando alguém constrói um frigorífico, acaba sendo velho ou pequeno. Nós estamos fazendo um frigorífico pensando daqui a 10 anos, uma empresa modelo”.
Palma disse que, sobre a política de compras, a ideia é “pagar o gado com base na qualidade e poder compartilhar o lucro que se obtenha pela venda de carne com o produtor. Visamos passar ao produtor parte do resultado do negócio buscando uma verdadeira integração”.
Embora a empresa deva abater todas as categorias de bovinos e de todas as raças, não exclusivamente britânicas, a bonificação será somente para novilhos de elite (seis dentes para baixo). A empresa buscará se diferenciar do resto, segundo Palma, apostando em uma verdadeira integração com o produtor, pagando bonificação pelo gado de alta qualidade.
Por outro lado, ele disse que outra grande diferença “será visar clientes de forma direta, sejam as cadeias de supermercados, sejam as de restaurantes”.
Estima-se que a planta em construção começará a realizar os primeiros abates entre os meses de abril e maio. Em princípio, visará o mercado interno e alguns mercados externos para, lentamente, ir conquistando as habilitações para poder exportar aos mercados de mais alto valor, como os países do Nafta (Estados Unidos, Canadá e México) ou a União Europeia (UE).
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.