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Wilhelm L. Voss comenta vendas diretas do JBS

A carne que eles vendem ao menos tem procedência garantida, o que não ocorre nas feiras e nem na maior parte dos açougues. Eu compro quando passa na porta porque tenho a certeza da procedência da carne e ainda pago no boleto. Quero deixar a mensagem de que enquanto se discute se pode ou não, o abate clandestino anda de rédeas soltas no Brasil. Se acabar com ele, aí sim haverá muito mais espaço para todos. Se eles estão nas ruas é simplesmente porque enxergaram primeiro que havia um nicho de mercado inexplorado.

O leitor do BeefPoint Wilhelm Leidemmann Voss, de Bauru/SP, enviou um comentário ao artigo “Pedro Eduardo de Felício comenta vendas diretas do JBS“. Abaixo leia a carta na íntegra.

“Enquanto debatemos a temática se pode vender ou não pode, pensemos no seguinte: peruas vendem tomate, laranja, melancia, entre outros tantos ambulantes na rua e que na maior parte das vezes não recolhem tributos devidos ao erário e ninguém discute ou os fiscaliza.

A carne que eles vendem ao menos tem procedência garantida, o que não ocorre nas feiras e nem na maior parte dos açougues e não adianta dizer que isto é fora do estado de SP, porque não é. Há algum tempo atrás foi apreendida uma kombi lotada de carne clandestina, onde nem a kombi e muito menos a carne tinham condições próprias para uso e consumo e sabem onde foi isto? Numa pequena cidade próxima a Lins, onde existe uma das filiais do maior frigorífico do mundo.

Então, se eles tiverem que abrir uma empresa de pequeno porte, nem que seja uma para cada van, para poder vender na rua, eles o farão, tem “bala” na agulha para isto.

O que impede que um açougue também monte sua van e saia vendendo seus produtos? O que impede que venda pela internet? São os tempos modernos, paremos de lamentar e vamos correr atrás da bola da vez.

Lembram quando as mercearias tinham atendentes no balcão, que você chegava com a lista de compras e eles é que pegavam os produtos nas prateleiras?

Eu ia com meu pai fazer compras e era assim. O dia que alguém resolveu tirar o balcão da frente e deixar o povo escolher o que queria, eu me lembro do dono da mercearia dizendo para o meu pai que eles eram loucos, pois as pessoas iriam roubar tudo o que estava atrás do balcão. Como são os mercados hoje?

Somente para lembrar, os filhos do falecido amigo do meu pai, são os proprietários do supermercado na cidade e em mais duas localidades.

Paradigmas tem que ser quebrados, toda mudança incomoda, quem sai na frente faz mercado.

O que impede o açougue de contratar um motoboy e entregar a encomenda na casa da pessoa? A caixa que este motoboy leva a carne também será motivo de tanto alarde no mercado?

Mas voltando as vans. Eu compro quando passa na porta porque tenho a certeza da procedência da carne e ainda pago no boleto.

Quero deixar a mensagem de que enquanto se discute se pode ou não, o abate clandestino anda de rédeas soltas no Brasil. Se acabar com ele, aí sim haverá muito mais espaço para todos.

Quanto ao moderno, se não pode com ele, una-se a ele, agregue valor ao seu produto, atenda o cliente como ele precisa, avance para as tendências de mercado.

Se eles estão nas ruas é simplesmente porque enxergaram primeiro que havia um nicho de mercado inexplorado.”

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