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1o Encontro Técnico do Grupo Provados a Pasto

Para ter aumento de receita em uma propriedade pecuária não é preciso, necessariamente, grandes investimentos. Basta usar medidas simples e práticas e as tecnologias disponíveis. Esse foi o recado do Grupo Provados a Pasto para os cerca de 200 pecuaristas presentes ao 1o Encontro Técnico do Grupo Provados a Pasto, realizado dia 11 de julho, na Fazenda Camapuã (Iporá/GO).

No encontro, foram realizadas palestras sobre importância da genética, gestão da propriedade, bem-estar animal, sanidade, nutrição e reprodução. Logo após as considerações iniciais de Elza Guimarães – parceira do Provados a Pasto juntamente com Fernando Lemos Guimarães, Ana Luiza Consoni Guimarães, Luiz Humberto Guimarães e Humberto de Freitas Tavares -, o professor Mateus Paranhos da Costa, da UNESP (Campus Jaboticabal/SP), chamou a atenção para as boas práticas do manejo racional.

A qualidade total no manejo associada ao entendimento do comportamento animal gera ações menos agressivas e sem estresse tanto dos peões quanto dos animais, resultando, segundo o professor Mateus, melhoria da produtividade. “No Brasil aceita-se um índice de mortalidade do rebanho em torno de 8% a 10%, dependendo da raça. Mas o ideal é índice 0% na fazenda e 100% no frigorífico. E, acreditem, para isso não são necessários grandes investimentos em tecnologia”, ressalta Mateus. Durante sua apresentação, o prof. da UNESP utilizou números para ilustrar a preocupação com a falta de cuidados no manejo: 6% das mortes de bezerros acontecem nas primeiras 24 horas de vida e 94% até os 4 meses de idade; contusões graves causam prejuízo de 4 kg de carne a cada 10 animais abatidos.

Manejo adequado também significa boa alimentação e rigoroso cuidado sanitário. “Pastagens bem tratadas podem gerar até 300% a mais ganho de peso de bovinos por hectare. Em contrapartida, o manejo errado de plantas invasoras triplica o prejuízo”, informa o engenheiro agrônomo Douglas Ribeiro. No entanto, só a pastagem não atende a todas as necessidades nutricionais do gado. Por esse motivo, o especialista em nutrição animal Jormando Cacheta discutiu a definição correta da suplementação.

A boa alimentação, porém, não garante a imunidade do gado a enfermidades. “Há várias doenças reprodutivas, como brucelose e leptospirose, que impedem a multiplicação de bezerros. É preciso estar bem informado sobre incidência, controle e vacinação”, afirma o especialista em reprodução de bovinos Cléber Souza Silva. Ainda sobre multiplicação de bezerros, a especialista Cíntia Maria Gonçalves tratou da bioestimulação em novilhas Nelore.

Quanto maior e mais seguro for o resultado do processo de reprodução melhor será o retorno econômico do investimento. A inseminação artificial é uma técnica ainda pouco explorada no País, mas se trata de uma ferramenta importante para maximizar os ganhos da propriedade. Em sua palestra, o zootecnista Ricardo Abreu ressaltou que a inseminação é uma forma de democratizar a genética de qualidade superior. A pecuária brasileira possui escassez de touros melhoradores e a inseminação é capaz de preencher essa lacuna. O sêmen de centrais é fornecido por touros avaliados por Diferenças Esperadas na Progênie (DEPs), que indicam as características econômicas mais importantes. “A DEP é a diferença esperada entre o desempenho médio dos filhos perante seus pais. É ela que mede o possível retorno econômico proporcionado”, explica Abreu. O ciclo de palestras foi encerrado por Hélio Tavares, consultor do Provados a Pasto, que apresentou as vantagens econômicas da seleção a pasto.

“O balanço foi positivo. Tivemos um dia inteiro de discussões e os pecuaristas permaneceram do início ao fim do encontro. Esperamos que eles tenham entendido a mensagem do Provados a Pasto e reflitam como medidas simples, funcionais e eficazes podem auxiliá-los a aumentar a produtividade do rebanho”, conclui Fernando Lemos Guimarães, parceiro do grupo.

O grupo Provados a Pasto foi criado em 1997 para selecionar touros jovens da raça Nelore provados 100% a campo, nas rigorosas condições do Brasil Central, e assim oferecer ao mercado touros altamente férteis e produtivos. A seleção é feita em provas de ganho de peso que duram cerca de 10 meses. As avaliações seguem o regulamento básico da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) para testes de campo e são adaptadas para levar em consideração circunferência escrotal, testículos, aprumos, andamento, dorso-lombo, bainha/prepúcio, cascos, boca e temperamento e atendimento dos padrões raciais.

Informações adicionais sobre o 1o Encontro Técnico ou sobre a genética do Grupo Provados a Pasto podem ser obtidas pelo formulário abaixo.

Fonte: Assessoria de imprensa do Grupo Provados a Pasto

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