O Grupo Frialto, composto pelas sociedades Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S.A., Agropecuária Ponto Alto Ltda. e Urupá - Indústria e Comércio de Alimentos Ltda., ingressou na Justiça ontem com pedido de recuperação judicial. O pedido de recuperação judicial foi a alternativa encontrada para assegurar a continuidade operacional das unidades frigoríficas em atividade.
O Grupo Frialto, composto pelas sociedades Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S.A., Agropecuária Ponto Alto Ltda. e Urupá – Indústria e Comércio de Alimentos Ltda., ingressou na Justiça ontem com pedido de recuperação judicial.
O pedido de recuperação judicial foi a alternativa encontrada para assegurar a continuidade operacional das unidades frigoríficas em atividade. O objetivo é preservar o valor de seus ativos enquanto as negociações com os credores, já iniciadas, são realizadas, de modo que a reestruturação financeira possa acontecer de maneira organizada e assim reestabelecer uma adequada estrutura de capital, equacionando de forma equilibrada o atendimento de seus credores e a capacidade de pagamento da empresa.
O Grupo Frialto conta com a assessoria do escritório de advocacia Felsberg e Associados, especializado em processos de Recuperação Judicial. A Lei nº 11.101, de fevereiro de 2005, que regula a Recuperação Judicial, permite a reestruturação de empresas economicamente viáveis que passem por dificuldades momentâneas, buscando preservar empregos e os interesses dos credores. Pela Lei, a empresa fica protegida contra ações e execuções durante 180 dias, período necessário à elaboração, apresentação e aprovação do plano de recuperação judicial junto aos credores.
O Grupo Frialto informa aos seus funcionários, credores e ao público em geral que o Plano de Recuperação Judicial estará disponível a todos assim que for apresentado.
As informações são do Grupo Frialto, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
0 Comments
Cadê O BNDES nessa hora? Para financiar venda de carne em Vans existe todo o apoio.
O BNDES não se manifestando a favor de uma empresa que, em tantos anos de serviço, sempre teve uma boa relação para com os fornecedores, funcionários e clientes, está dizendo um “SIM” para o monopólio da carne no nosso país… como diria o Boris… “Isto é uma vergonha!!!” …
respeito as opinioes dos amigos acima, mas gostaria de deixar algumas observaçoes…Toda a industria frigorifica no brasil,tem muito mais facilidade de obter financiamentos nas varias instituiçoes financeiras brasileiras, inclusive no BNDS, do que outro setor da cadeia,esses financiamentos normalmente sao obtidos com maquiagem de indices de rentabilidade, e lucratividade e tambem mostrando uma capacidade de pagamento que nao ´existe´, isso tudo com a conivencia das instituiçoes financeiras e interesses dos empresarios do ramo frigorifico. Normalmente esse ramo empresarial( frigorificos) vem com uma tendencia e vontade de crecimento acima do normal em nossa economia, e com toda essa ´sobra de dinheiro´ facilidade de financiamentos , acabam aumentando fisicamente seu patrimonio, que muitas vezes sao diversificados no decorrer da aquisiçao desses creditos a longo prazo…( todos os frigorificos estao acorrentados ao BNDS) e todos essas empresas fizeram investimentos alem da ´sua capacidade de pagamento´ tudo atras de um crescimento ´in-jbs´…o sonho de consumo de todo dono de frigorifico…Aprenderam com o decorrer dos tempos, que qualquer má gestao,nesse ramo, existe o BNDS pra socorrer, deixando de entender qui sao empresas privadas com responsabilidades e respondem pela sua gestao, sendo ela boa ou má…. Usam dinheiro para investir em outros ramos, diversificando suas empresas(parece ate premeditado)esquecendo-se que um dia essa conta aparece p pagar..
É lamentável que uma Empresa Genuinamente Brasileira, geradora de empregos e desenvolvimento sócio-econômico, sempre honrando seus compromissos, seja forçada a tomar medidas drásticas, “nosso” dinheiro utilizado pelo BNDESPar socorre empresas estrangeiras(Pilgrim´s Pride), gerando empregos no EUA, e concorrência com a cadeia avícola Brasileira.Breve relato: BNDESPar aprova investimentos US$ 2 Bilhões no JBS, aquisição pelo JBS de 64% da Pilgrim´s Pride US$ 800 milhões, primeiro trimestre de 2010 prejuizo da Pilgrim´s Pride de US$45,5 milhões.Não quero dizer que não se deve investir no JBS,mas com bem menos não seria suficiente para manter os empregos e negócios do Independência e FRIALTO??????? Eu pecuárista, pergunto: Qual é a real intenção do BNDS?????. Minha região não tem como absorver toda as demissões que estão por vir, o impacto social será enorme, faço votos que o GRUPO FRIALTO, possa o mais rápido possível voltar suas atividades. Lembrando a tempo, que este ano elejamos pessoas com compromissos real em todo o setor Agropecuário.
O BNDES , tem os olhos focados somente nos grandes frigoríficos, BERTIN ,FRIBOI, MARFRIG,MINERVA , os pequenos e médio porte , eles enterra e fecha a Sepultura …
CESAR
Mais uma vez fica provado que a pessoa é boa pagadora até quando quer ou pode, portanto a venda deve ser feita sempre A VISTA, ou de preferencia adiantado, ou seja, o frigorífico paga e depois embarca os bois. É assim que venho fazendo.
Causa-me uma certa preocupação quando vejo a exposição de alguns comentários esses, isso denota como estamos perdendo referência do que é bom, pelo fato de convivermos dia-a-dia com o que ruim. Não entendo que seja responsabilidade ou obrigação do BNDS, que diga-se de passagem, dinheiro nosso, em estar amparando empresas que estão em dificuldades financeiras. Ja pensaram se essa moda pega? Haja dinheiro para amparar empresas carentes de gestão eficiente, que estão fadadas a essa realidade.
Respeito os amigos que dizem que o BNDES não tem obrigação de “ajudar” as empresas… mas é onde o amigo de Matupá se referiu, quanto aos empregos, isso sem sombra de dúvidas a nossa região não tem como suportar. Torço também que nem todos os pecuaristas pensem como o companheiro de Ji-Paraná… pois para comprar o gado a vista o frigorifico precisa de um grande capital de giro, para isso, entra o BNDES. Agora, se os grandes fazem assim, é sinal de que alguém, entenda-se BNDES, injeta capital de giro. Assim, reforço minha posição de que o que demonstra-se é que estão querendo um monopólio da carne brasileira, e isso meu caro, é muito mais prejuízo para os criadores do que para os frigorificos.
Com relação ao comentário do Sr João Carlos de que o frigorífico tem de ter muito capital de giro para comprar o gado a vista digo o seguinte: tem que ter mesmo e se não tiver saia do ramo ao inves de arrumar capital de giro nas costas dos pecuaristas atraves das recuperações judiciais.
Enquanto o pecuarista vai morrendo de fome…
O JBS Friboi lançou umas debêntures em dez/09, 3 bilhões e cacetada, prazinho curto: 60 anos.
Se não pagar? Não tem problema, converte em ações da empresa!
E quem foi o Papai que emprestou esse troquinho pro JBS?
BNDES, claro, mas não tudo, senão dava na cara, então só emprestou 99,9% (ufa!!! pensei q tinha esquema, não foi tudo, foi 99% só!)
Vejam os links para terem a informação certa, isso é fato senhores, cada um tire a conclusão que desejar.
Reforço minha posição de que estamos realmente perdendo referência do que é correto, lamento muito a situação que essa empresa está enfrentado neste momento, assim como todos os stakeholders, desde os colaboradores aos fornecedores, sem sombra de dúvidas é uma perca muito grande em nosso segmento. Não obstante, não podemos estar transferindo a responsabilidade da gestão de uma empresa, ao governo, através do BNDES. São essas linhas de raciocínio que tem que ser mudada, com todo respeito a posição do colega, não existe mais espaço para quem não se profissionalizar em termos de gestão e essa responsabilidade nao pode ser atribuído ao governo. Nós brasileiros, temos a tendência de atribuir nossas falhas sempre ao governo. Agora, só pra deixar o estimado colega a par de uma situação que talves ele não tenha conhecimento, é possível sim manter uma empresa frigorífica sem captação de recursos junto ao governo federal, pois essa é uma realidade aqui na empresa onde trabalho, que diga-se de passagem, referência em gestão.
colega , foi so para abrir os olhos , ninguem quer tranferir nada , mas hoje pode ser a FRIALTO a ser prejudicada pela politica do governo e do BNDES. amanha pode a sua empresa , pense assim,coloque-se no lugar do outro ou nunca em sua existencia precisou recorrer a alguem para te ajudar?cuidado , ele pode negar isso aos senhores tambem.
Depois de ler os comentários os comentários acima, minha dúvida persiste. Afinal foi o BNDS ou o JBS quem quebrou o FRIALTO?
NOTA NO SITE DO FRIALTO
Queremos utilizar desta nota para falarmos exclusivamente aos nossos funcionários, fornecedores e à população. Passamos, neste momento, por uma grande tempestade, que, na verdade se arrasta desde a crise mundial de 2008, quando nossa atividade foi duramente atingida, desestabilizando empresas tradicionais do setor. Hoje, evitando a insolvência da empresa, buscamos amparo na recuperação judicial, pois é a única maneira legal de que dispomos para mantermos a empresa viva. Olhando nossos números, temos consciência de que isto é perfeitamente possível, e acreditamos que, em breve, poderemos retomar as atividades. Temos plena convicção de que honraremos com todos os nossos compromissos, e que o Frialto retornará. O que queremos fazer publicamente neste momento é, em primeiro lugar, pedirmos desculpas aos nossos funcionários e a todos fornecedores que confiaram na empresa e aos quais, hoje, estamos causando transtornos. Existe uma agonia profunda, porém não descansaremos e estamos, hoje, dedicados, 24 horas por dia, na busca destas respostas e na montagem de um plano de recuperação. Passaremos pelo crivo de assembléias, mas acreditamos num desfecho rápido, pois nossa intenção é a de honrarmos, o quanto antes, com nossos compromissos. Já estamos trabalhando nosso plano de recuperação. Queremos, também, pedir desculpas à sociedade onde temos nossas plantas que indiretamente, também sofrem os transtornos pelos problemas que ocasionamos. Queremos dizer a todos, que continuamos morando onde há trinta anos nos estabelecemos e que nunca nos ausentamos diante dos problemas, ou tão pouco nos escondemos, deixando de prestar contas. Queremos fazer, aqui, um parêntese, pedindo desculpas às populações e aos produtores de Mato Grosso do Sul e de Rondônia pela nossa ausência neste momento, pois foi absolutamente impossível estarmos aí. Com o trabalho, aos olhos de todos, e sob a proteção de Deus, junto com nossos funcionários construímos uma empresa e será com o trabalho, com nossos funcionários e sob a proteção de Deus que a reergueremos. Se, por um lado, há uma vergonha enorme, um gosto amargo, e muito amargo, por ocasionarmos tamanho transtorno, por outro, há o conforto das centenas de manifestações de apoio, o que nos fortalece e nos compromete ainda mais. Não deliberamos sobre tudo isso com o intuito de nos preparar. Fomos jogados a esta situação por operações comerciais e financeiras que culminaram, contra nosso desejo, nesta única opção. Porém, não escondemos nossa realidade e chegamos a discuti-la com profissionais, nos convencendo que já não havia outra alternativa a tomarmos que não o pedido de recuperação judicial. Não houve, e jamais haverá má fé em nosso comportamento e em nossas negociações. Ao contrário, mais do que nunca, buscaremos apoio e sugestões. Fruto da clareza com que sempre tratamos nossos negócios, encontramos hoje, o apoio dos líderes de nosso setor em todos os estados que atuamos. Precisamos expressar nosso sentimento de gratidão e, ao mesmo tempo dizer aos senhores, que não lhes decepcionaremos. Queremos, por fim, dizer, àqueles que conhecem a história de nossa família, a história da empresa, e que, portanto, conhecem, também, a fé que temos em Deus, que Ele é o nosso escudo e que é Nele que confiamos acima de tudo. Que este sofrimento que nos é imposto e este calvário em que nos encontramos, contribuam pela nossa salvação e com a de todos que nesta hora sofrem conosco. Louvado seja o coração de Jesus. Frialto
Com todo respeito ao Sr. Nilson, de Ji-Paraná, creio que é impossível não abordar o claro e substancial aporte de capital que o BNDES fez e faz em certas empresas do setor. Não sou contra esse aporte, pois essa é a função desse banco. Porém, é de se estranhar a diferença de tratamento para com os candidatos à esse apoio financeiro. Imeginemos se as empresas que obtiveram dinheiro do BNDES não o tivessem conseguido, assim como ocorreu com a Frialto – um exemplo de empresa, por sinal. Tenho a certeza de que jamais estariam onde estão hoje. Portanto há que ser questionado SIM a postura seletiva do BNDES frente às empresas brasileiras.
E ao Sr. Marcos Peres, de Marília, lamento pela simplicidade de raciocínio e abordagem – Convido os pecuaristas para que construam eles próprios um frigorífico e constatem a complexidade dessa atividade. Sem o custo da compra do boi (que seriam fornecidos por eles próprios), e com a enorme sabedoria e auto suficiência que apresentam, com certeza teriam grande sucesso nesse ramo, ou se renderiam a uma realidade á qual eles nem imaginam, modificando seus conceitos e o modo de ver essa situação. Os fornecedores da Frialto sabem com quem sempre lidaram e certamente agradecem por nunca terem sido vítimas de maus empresários. Essa situação, mesmo com a decretação de Recuperação Judicial, certamente passará e nenhum prejuízo será contabilizado, pois estamos falando de gente séria, honesta e com caráter – os Bellincanta.
A análise dessas qualidades deveria compor os critérios do BNDES para escolher onde apoiar financeiramente – sem nenhum demérito às empresas hoje parceiras dessa instituição.
Carlos Barros – CBconsulTI
Devo posicioná-los de que em nenhum momento foi questionado por mim o carater e honestidade de qualquer grupo estando eles ou não em dificuldades financeira, e que existe sim, empresas que captam dinheiro do governo, mas essa é apenas a parte que os Srs. conhecem, vocês não sabem a que custo, e se esse crescimento notório é ou não um crescimento sustentável. Os Srs. sabem qual é a dívida dos dois maiores grupos hoje? O que foi dito por mim, foi que não pode ser atribuído ao BNDES a responsabilidade financeira de uma empresa que se encontra em dificuldade, ao Sr. Carlos Alberto, favor ler o histórico desde o primeiro cometário. Se o BNDES vai ajudar ou não empresas em dificuldades, essa uma uma outra particularidade, o que foi comentado desde o início é que, não pode ser responsabilidade do Governo, “dinheiro nosso” em ajudar empresas carentes de uma gestão eficiente. Acontece que, outros grupos que não tem uma gestão a altura que o mercado exige hoje, querem ter um crescimento as custas do dinheiro público e ficam fazendo “gracinha” no mercado, pagando mais caro e vendendo mais barato, porque precisam arrolarem suas dívidas e com isso prejudica empresas que trabalham sério com o minha e tem consciência de que os preços praticados no mercado por essas empresas, não fecha a conta, e a “recuperação financeira” é fato futuro. Não é nenhuma novidade para mim, o que está acontecendo hoje com essas empresas em dificuldades, acho até que foram muito longe, e digo mais, outras empresas que aptaram por esses crescimento as custas de dinheiro público estão fadadas a mesma realidade,pois, ninguem faz milagre não, e a complexidade para administrar um frigoífico é muito grande. Agora, ao colega Haroldo, um forte abraço e parabéns pelas palavras que foram muito sabiamente bem colocadas.