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Novos cortes especiais para o varejo

A dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó fechou parceria com a rede Pão de Açúcar para vender carne bovina com cortes especiais com a marca Montana Premium Beef. As carnes bovinas, parte delas do rebanho dos sertanejos, são rastreadas desde o pasto e possuem certificado de garantia do Fundo de Desenvolvimento Pecuário do Estado de São Paulo (Fundepec).

Os abates serão realizados em parceria com o frigorífico Marfrig, com unidades em Mato Grosso do Sul e São Paulo, fechado com exclusividade para os empresários.

Há quase dez anos, a dupla sertaneja decidiu diversificar os negócios. “Cantar ainda é a nossa principal atividade”, diz José Lima Sobrinho, o Chitãozinho. Mas a atuação na pecuária tem crescido. Chitãozinho tem fazendas em Goiás e um rebanho de quatro mil cabeças de gado. Durval de Lima, o Xororó, tem oito mil cabeças distribuídas em Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os dois criam as raças nelore, limousin e red angus.

Sócios da rede de churrascarias Montana Grill, os sertanejos querem expandir a distribuição da grife de carnes, com 30 tipos de cortes congelados e resfriados, por todo o País. Além das quatro churrascarias, eles são sócios de dez redes de fast food com a marca Montana Grill.

O Pão de Açúcar, que já trabalha com as grifes Bassi e Wessel, agregou a marca Montana e começa a distribuir os produtos a partir do dia 17 no Estado de São Paulo. Depois, os produtos serão lançados no Rio de Janeiro, Ceará e Paraná e mais sete Estados onde o Pão de Açúcar tem lojas. A rede Extra também vai vender os produtos, afirma o diretor de perecíveis do grupo, Wilson Barquilla.

Centro de distribuição

O Pão de Açúcar trabalha com 14 frigoríficos credenciados e comercializa 37 mil cabeças de gado por mês. O mercado de carnes especiais representa 5% do total vendido, diz Barquilla. “Temos um centro de distribuição de perecíveis, onde monitoramos todos os produtos recebidos. Mantemos também um laboratório de controle de qualidade, onde técnicos fiscalizam todos os produtos”, diz.

A expectativa inicial de venda na rede varejista é de quatro mil cabeças por mês, ou 750 toneladas de carne, só para São Paulo. As carnes são de novilhos precoces, com idade de abate abaixo de 2,5 anos, alimentados com pasto e forragem de alto valor nutritivo. Do total desse rebanho, 90% são de pecuaristas da Associação de Novilho Precoce do Mato Grosso do Sul. “Pagamos prêmio de 2% a 4% sobre a arroba do dia ao pecuarista para garantir um produto de qualidade”, diz o empresário Chitãozinho.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Mônica Scaramuzzo), adaptado por Equipe BeefPoint

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