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Campanha Carne Legal: MPF diz estar aberto ao diálogo

Nesta quinta-feira, Miguel da Rocha Cavalcanti entrevistou Daniel Azeredo, procurador da república no Pará, sobre a campanha Carne Legal, lançada pelo Ministério Público Federal. Ainda estamos trabalhando na publicação da entrevista na íntegra, mas gostaríamos de destacar e apresentar a todos um trecho bastante interessante da entrevista. "O diálogo no Ministério Público é feito de forma permanente e estamos abertos a ele. Estamos abertos a sentar com as entidades de classe, debater e ver quais são as soluções propostas por elas", disse Azeredo.

Nesta quinta-feira, Miguel da Rocha Cavalcanti entrevistou Daniel Azeredo, procurador da república no Pará, sobre a campanha Carne Legal, lançada pelo Ministério Público Federal. Durante esta semana pedimos que os usuários do BeefPoint participassem da preparação desta entrevista e enviassem sugestões e perguntas que gostariam que fossem esclarecidas a respeito desta campanha polêmica e que pode influenciar a cadeia da carne bovina brasileira como um todo. Ainda estamos trabalhando na publicação da entrevista na íntegra, mas gostaríamos de destacar e apresentar a todos um trecho bastante interessante da entrevista.


Clique aqui e faça o download do áudio.

Durante a conversa Azeredo ressaltou várias vezes que o grande objetivo da campanha Carne Legal é ajudar o produtor a trabalhar e explorar a pecuária de forma correta, tornando produção legal, principalmente a produção na Amazônia. Outro ponto colocado pelo procurador da república é que a campanha Carne Legal tem sido bem recebida pelo setor e o MPF tem recebido apoio de produtores e lideranças.

Levando isso em conta, perguntamos ao entrevistado: se houver um pedido formal de entidades que representam o setor ligadas à produção pecuária ou a frigoríficos, para que o MPF altere o teor da campanha Carne Legal, por entenderem que essa campanha está tendo um enfoque mais negativo do que positivo, vocês estariam dispostos a conversar e a mudar isso?

Daniel Azeredo: “Sem dúvida. O diálogo no Ministério Público é feito de forma permanente e estamos abertos a ele. Estamos abertos a sentar com as entidades de classe, debater e ver quais são as soluções propostas por elas, não tenha dúvida.

A proposta do ministério público é construir. Se o setor produtivo entender que existem outras maneiras de fazer esse trabalho e apresentar uma forma concreta para que isso seja feito em parceria com o MPF, estaremos abertos ao diálogo, gostaríamos ter o apoio dessas entidades e melhorar a campanha com as sugestões que forem trazidas.

Todo o trabalho é passível de aperfeiçoamento. Nós estamos abertos ao diálogo, essa contribuição é bem vinda e nós queremos sim que o produtor e suas entidades estejam dentro da campanha, estejam dentro do nosso site e mais próximos do MPF, podendo sim aperfeiçoá-la, podendo trazer informações novas, podendo valorizar o produtor brasileiro.

Mas claro, resolvendo os problemas. Não vamos fazer um faz de conta, não vamos negar os problemas, não vamos ficar dizendo que a lei é impossível de ser cumprida. Podemos sim sentar de forma madura e fazer questões propositivas. Essa tem sido a tônica do MPF desde o início do trabalho com a pecuária e os atores que tem tido este contato mais próximo podem dar seu testemunho.

Como a Campanha é nacional, esse contato deve ser feito através da assessoria de imprensa do MPF, inclusive de qualquer Estado da Federação ou via Brasília, que o contato vai chegar e faremos reuniões e trabalharemos nesse sentido. Como eu disse o trabalho é nacional e podem ter certeza que as informações vão chegar às pessoas que devem ser ouvidas.”


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0 Comments

  1. Henrique de Souza Dias disse:

    O ministério Público Federal não pode,e se pode não deve, atingir de forma irresponsável e preconceituosa todo o conjunto dos negócios de carne no Brasil.São milhares de pessoas, desde o criador até o açougueiro. Frigorificos, Supermercados,churrascarias, enfim milhares de negócios atingidos por esse pessoal. O MPF não deve aprovar uma campanha nacional, na televisão,
    e que por isso mesmo está sujeita à variadas interpretações. A campanha pode “ajudar”
    o MPF alcançar seus objetivos ,mas pode causar enormes prejuízos materiais e morais à toda a çlasse pecuária que em sua absoluta maioria segue os princípios de boa conduta. É como dizer que todos os Procuradores, Promotores e
    Juízes são incompetentes ou qualquer outra generalização. Ao que se sabe,e pela
    reação das entidades de classe, NENHUMA foi convidada a participar da elaboração da campanha.
    A campanha deve ser suspensa imediatamente, e aí ser buscado o consenso a
    que o Procurador se refere.

  2. lincoln junior de morais disse:

    É bom saber que prevalece o bom senso do diálogo a respeito da Carne Legal, entretanto, precisamos discutir, de forma bem clara, os critérios adotados para o estabelecimento dos parametros que definem o que é carne legal. E cá pra nós, a campanha é bastante agressiva e generalizada à aqueles que estão na região amazonica e cumprem, ou vem se adequando de forma consciente, as exigências da legislação ambiental.

  3. Ulisses Gonzaga de oliveira disse:

    Somente gostaria de tirar uma duvida. Porque nos outros paises, onde todo territorio foi desmatado, não existem projetos de reflorestamento e somente nós do Brasil precisamos fazer? EUA, não possui, toda a Europa tambem não possui.
    Temos que fazer um trabalho contra o desmatamento, carne legal e etc, mas não podemos perder competitividade no mercado da carne, porque teremos custos mais altos do que os paises concorrentes, que não farão nada na área ambiental de seus paises.

  4. Felipe Soares Coelho disse:

    No Brasil é assim mesmo, alguém aí se lembra do caso da Reserva Raposa Serra do Sol? O que foi feito pelos rizicultores que lá estavam havia anos, além dos investimentos que os mesmo haviam feito nas terras da região? Produtor Rural aqui não vale nada!! E os verdadeiros bandidos, os de terno e gravata, continuam por aí…Vergonhoso MPF!!