A sétima Assembleia Geral de Credores do frigoríficos Independência, foi tranqüila e aprovada pela maioria dos credores presentes. "O novo Plano de Recuperação Judicial não muda em nada a vida do pecuarista, pois, conforme prometeram (frigorífico), foi feito um enxugamento no texto da proposta, retirando compromissos que já tinham sido cumpridos", explica o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Armando Biancardini Candia.
A sétima Assembleia Geral de Credores (AGC) dos frigoríficos Independência S/A e Nova Carne Indústria de Alimentos Ltda., foi tranqüila e aprovada pela maioria dos credores presentes. Dos quatro credores da Classe II (Garantia Real – Bancos), três votaram a favor da proposta apresentada pelo frigorífico e dos 142 credores da Classe III (Quirográficos – Pecuaristas e fornecedores), 139 disseram “sim”.
A AGC desta terça-feira (22) foi continuidade da assembleia convocada no dia 17 de maio e realizada, na primeira chamada, no dia 02 de junho. Por duas vezes suspensa, esta foi a terceira tentativa dessa convocação feita pelo Independência, e a sétima assembleia realizada desde da homologação do pedido de recuperação judicial no início de 2009.
“O novo Plano de Recuperação Judicial não muda em nada a vida do pecuarista, pois, conforme prometeram (frigorífico), foi feito um enxugamento no texto da proposta, retirando compromissos que já tinham sido cumpridos”, explica o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Armando Biancardini Candia, que acompanha o processo desde o início. Candia ainda ressalta, “que outras assembleias podem ser convocadas, tanto pela empresa como pelos credores caso seja necessária alguma mudança importante do Plano, mas acreditamos e torcemos que essa seja a última”.
O assessor jurídico da Acrimat, também esclareceu que a classe I (trabalhista) não participou da convocação dessa assembleia, já que recebeu todo montante devido pela empresa em questão, assim como os pecuaristas que tinham crédito até R$ 100 mil, o que representa 75% do total de produtores. “Só estiveram presentes e votaram nessa assembleia os credores que ainda tinham crédito, como os 25% dos pecuaristas que receberão os valores acima dos R$ 100 mil, em 24 parcelas”.
Segundo o presidente da Comissão de Credores da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Leôncio Brito, as alterações apresentadas ficaram dentro do previsto, ou seja, houve apenas mudanças nas garantias oferecidas pela indústria, com substituição da instituição bancária credora. “A pedido do banco J.P. Morgan, foram mantidas as clausulas que dão garantias aos produtores, inclusive a previsão de empenho de bens pessoais”, afirmou Brito.
O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, ressaltou que a entidade, bem como as federações, continuará acompanhando o cumprimento do acordado com os pecuaristas até que todos os valores devidos sejam pagos. “Nosso trabalho termina quando o plano for cumprido na íntegra”, enfatizou Nogueira.
As informações são da Acrimat e da Famasul, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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