Depois de crescer no ritmo mais forte em 15 anos no 1º trimestre, a economia brasileira dá vários sinais de desaceleração, que já levam o mercado financeiro a projetar uma alta menor da taxa básica de juros (Selic). Ontem (14), o Banco Central (BC) informou que o Índice de Atividade Econômica, calculado pela própria instituição, ficou estável em maio, em relação a abril.
Depois de crescer no ritmo mais forte em 15 anos no 1.º trimestre, a economia brasileira dá vários sinais de desaceleração, que já levam o mercado financeiro a projetar uma alta menor da taxa básica de juros (Selic). Ontem (14), o Banco Central (BC) informou que o Índice de Atividade Econômica, calculado pela própria instituição, ficou estável em maio em relação a abril.
No fim de junho, o BC divulgou seu Relatório de Inflação trimestral. Na avaliação de especialistas, o documento traçou cenário preocupante para a evolução dos preços, por causa, principalmente, da atividade econômica aquecida. Ganhou espaço, então, a ideia de que a Selic subiria em todas as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) até o fim do ano – nas reuniões de julho, setembro, outubro e dezembro.
No entanto, tal percepção começa a mudar por causa de vários indicadores divulgados nos últimos dias. A sensação é de que a demanda continua forte, mas em ritmo mais lento que o do primeiro trimestre, e a produção desaquece até mais rapidamente do que se esperava.
Governo prevê expansão de 7% do PIB este ano
O Ministério da Fazenda já admite publicamente um crescimento econômico maior neste ano. Ontem (14), o ministro Guido Mantega previu que a atividade econômica terá expansão de 6,5% a 7% em 2010, que renderá ao Brasil a maior taxa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos últimos 30 anos.
Desde o início do ano, a Fazenda tentou puxar para baixo as expectativas de alta do PIB. O objetivo era fazer um contraponto ao Banco Central (BC) em relação à necessidade de elevação da taxa básica de juros (Selic). A projeção oficial de alta do PIB de 2010 do governo é de 6,5%, divulgada em junho.
Segundo Mantega, o Brasil foi alçado a uma nova condição e, neste ano, terá um dos maiores crescimentos do mundo, perdendo apenas para a China. Apesar de prever expansão maior, Mantega destacou que o cenário agora é de desaceleração do ritmo do primeiro trimestre, conforme mostrou o Índice de Atividades Econômicas do BC.
As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.