A lista de frigoríficos em dificuldades financeiras está cada vez mais extensa. Na semana passada, o Frigol, entrou com um pedido de recuperação judicial. O perfil da companhia é parecido ao de outros frigoríficos que enfrentam dificuldades ou fecharam as portas. Entre os casos recentes estão Pantanal, Independência, Margen, Arantes, Frigoestrela e Frialto. O Frigol ainda não revelou o montante de suas dívidas. A companhia possui três unidades de abate: Lençóis Paulista/SP, onde está a sede da companhia, Água Azul do Norte/PA e Pimenta Bueno/RO.
A lista de frigoríficos em dificuldades financeiras está cada vez mais extensa. Na semana passada, o Frigol, entrou com um pedido de recuperação judicial. Trata-se de uma espécie de prazo que a empresa solicita à justiça para pagar suas dívidas antes que sua falência seja decretada.
O perfil da companhia é parecido ao de outros frigoríficos que enfrentam dificuldades ou fecharam as portas. Entre os casos recentes estão Pantanal, Independência, Margen, Arantes, Frigoestrela e Frialto.
O Frigol ainda não revelou o montante de suas dívidas. O diretor e sócio da empresa, Djalma de Oliveira, não quis dar entrevista. O frigorífico paulista produzia 200 mil toneladas de carne bovina por ano e exportava para diversos países. A companhia possui três unidades de abate: Lençóis Paulista/SP, onde está a sede da companhia, Água Azul do Norte/PA e Pimenta Bueno/RO – inaugurada em janeiro.
Segundo fontes do setor, o Frigol estava atrasando o pagamento dos fornecedores, mas, mesmo assim, a notícia pegou pecuaristas e concorrentes de surpresa. “Não entendo as razões disso. O Frigol sempre foi uma empresa sólida e com boa gestão”, disse Péricles Salazar, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
Uma fonte ligada à companhia disse ao Estado que os dirigentes do Frigol fizeram uma peregrinação pelo governo federal em busca de crédito para reerguer a empresa. Bateram em todas as portas: BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Mas não tiveram sucesso. A crise global secou os fluxos de crédito privado para o setor de frigoríficos e o Frigol começou a enfrentar dificuldades para organizar seu fluxo de caixa. Nos últimos dois anos, a empresa trabalhou com margens de lucro reduzidas.
Apesar do crescimento do mercado interno e das boas perspectivas para o futuro, o setor de carne bovina enfrenta dificuldades desde a crise. A turbulência pegou as empresas alavancadas e fortemente endividadas, após tomarem diversos empréstimos para projetos de expansão.
O BeefPoint conversou compradores da região de Lençóis Paulista/SP, que informaram que essa semana a planta a paulista voltará abater, com um volume menor de gado e realizando compras à vista.
A matéria é de Raquel Landim, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Jogar toda a culpa no Governo Federal não condiz com a verdade !
Jogar toda a culpa nos proprietários do Frigol e diretores tambem não diz nada!
Mas é bom nós, colaboradores, empresários, fornecedores, pecuaristas, enfim, “todos nós” que fazemos parte do segmento entendermos que, enquanto nada for feito, por parte de todos, e com seriedade, ficaremos apenas assistindo esse “canibalismo” e essa “Lei do “QUEM PODE MAIS, CHORA MENOS” e ouvindo as opiniões dos “plantonistas” do mercado apontando o que poderia ter sido feito ! Enquanto isso , “viajou mais um cowboy” !
Prezados Senhores,
Tem um monte de empresas sólidas e de boa gestão quebrando à porta dos bancos públicos brasileiros, BNDES por exemplo. E esse mesmo banco injetando valores injustificáveis em outros que só não quebraram ainda por conta dessa injeção, não por serem viáveis.
Isso tudo me lembra filmes conhecidos mundialmente, caso ENRON (USA) por exemplo. Quem não se lembra do 2º maior escândalo financeiro da história dos USA? Onde a empresa lançava “ativos projetados” em seus balanços, os reconhecia como receita e a empresa registrava pseudos lucros gigantescos, suas ações valorizavam sem parar e a ciranda se instalou, até o dia “D” em que tudo acabou de forma trágica. Assim foi em 1929 com a quebra de Wall Street e em 2008 com o mercado imobiliário.
Aqui, a coisa tá indo para o mesmo caminho, começou com o Friboi, depois com o Bertin, depois com a MARFRIG, depois com o JBS….. vamos ver onde isso vai parar!!! Mas sinceramente não vejo com bons olhos, é muito ovo numa única cesta…
É realmente uma pena que mais uma empresa do nosso ramo esteja enfrentado dificuldades. Mas vale-se ressaltar que, o Grupo Pantanal tem sido uma excessão dentre tantas outras do mesmo segmento, pois, não perdeu tempo diante das dificuldades que o setor enfrenta, antes que entrasse em dificuldades, “quebrando” e levando junto com ela muitos pecuaristas, fornecedores e stakerolders de modo geral, tomou a acertada decisão de fechar as portas e honrar com todos os compromissos, sem deixar ninguem à deriva e sem dar prejuízo a ninguém. Isso sim é o exemplo de uma empresa que tem gestão, sabe tomar as decisões certas, na hora certa, ainda que seja decisões difíceis.
Parece que o crédito farto pré-crise de 2008 gerou uma ampliação da capacidade instalada dos frigoríficos superior a oferta de animais e ao tamanho do mercado consumidor. E para piorar o crédito que sobrou pós-crise é só do BNDES e esta muito concentrado.
Att,
Nosso setor esta realmente combalido,cambaleando,agonizando…
Temos apenas duas empresas velejando em céu de brigadeiro,todas as demais sofrem em mares revoltos,céu que revela grandes tempestades,com nuvens grandiosamente carregadas.
O que esta acontecendo?
Os capitães não sabem mais,de uma hora para outra,capitanear seus navios?!
Somente as duas empresas que navegam em céu de brigadeiro têm capitães
ultra – competentes?
Sabemos que é nada disso.E por outra o foco é tudo isso.
Não é nada disso porque os capitães dos dois frigoríficos que navegam em céu de brigadeiros fazem exatamente como todos os demais,compram o boi,abatem,vendem carcaças quando não é interessante desossar,desossam quando não interessante vender com osso,e ai vai….produtores e vendedores de commodities.
Até ai são todos iguais,não tem ninguém melhor do que ninguém.
O que os difere é apenas a preferência dos governos,e dos políticos que detêm o poder neste momento.
O BNDEs até sexta feira passada (30/07/10) já havia liberado 18,5 bilhões de reais a apenas duas empresas….curioso,estas são as únicas a navegar em céu de brigadeiro.
Creio que todos,com exceção do Independência,correram e pediram auxilio ao querido BNDEs,conseguiram?
NÃO.
Mas porque não,se são todos exatamente iguais,trabalham todos da mesma forma,porque da preferência apenas por estes dois?!
Não é curioso?!
Precisamos saber que o modelo de gestão que 10 entre 10 frigoríficos utilizam,faliu,entrou em colapso.
Precisamos urgentemente transformar os frigoríficos em Indústrias de Alimentos,precisamos abrir espaço e transformar Commodities em Marca.
Ou todos irão sucumbir, ou pelo menos a grande maioria.
Noticias,boatos já dão conta que uma outra empresa de porte parecido com o Frigol também esta em dificuldades.
Leiam:
https://beefpoint.com.br/mypoint/182999/p_de_frigorifico_a_industria_de_alimentosde_commodities_a_marca_parte_ii_frigoricos_vendas_tecnicas_1440.aspx
Participem desta discussão.
Saudações,
EVÁNDRO D. SÀMTOS.
DUVIDO!!
DOU MINHA CARA A BATER!!!
Se isso fosse com a JBS teria um monte de gente do BNDES querendo “doar” dinheiro só para fazer média…
BNDES esbanja dinheiro para JBS e quando um “pequeno” tenta conseguir míseros trocados, leva um NÃO na cara!!
BRASIL MOSTRA SUA CARA!!!
sem comentários…. triste destino da pecuária brasileira…
Infelizmente não existe crédito para as pequenas e médias empresas. Trabalham sempre com dificuldades, mesmo gerando muitos empregos em suas cidades e pagando muito impostos. Apesar disso, crédito mesmo só para os Grandões.
È preciso dividir melhor o bolo, para que estas empresas sobrevivam. Afinal de contas, muitas destas empresas familiares ( de pessoas honestíssimas), sucumbem por falta de crédito.
Todos pecuaristas torcem para que a situação dos frigorificos se regularizem, não podemos ficar na mão de dois ou tres.
acredito que temos que ter espaço para os “pequenos” ou estaremos em um monopolio onde o preço sera tabelado (por poucos) e só nos pecuaristas perderemos.
josé mauricio guimarães
fazenda girassol
bauru/sp
Para nós pecuaristas não importa o motivo da quebradeira dos frigoríficos, o fato é que devemos nos proteger, ou seja, BOI SÓ A VISTA, de preferencia adiantado, o frigorífico paga e depois embarca o boi. É o que tenho feito e até hoje não perdi um centavo.
Mais uma,alguem pode me explicar porque o ” j b n d s ” tem credito na hora que quer ??????? si keio notas arrespeito do montante que a “j b n d s ” pegou etc….e os pequenos e medios, tao ai morrendo sem credito sendo marginalizados por todos !!
onde vamos parar , onde estao as respostas??????
Gostaria aqui de realçar um parágrafo do texto acima, que diz “…os dirigentes do Frigol fizeram uma peregrinação pelo governo federal em busca de crédito para reerguer a empresa. Bateram em todas as portas: BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Mas não tiveram sucesso. A crise global secou os fluxos de crédito privado para o setor de frigoríficos…”.
Realmente a conduta atual é exatamente essa: dinheiro público para recuperar o setor frigorífico não existe mais.
Porém, as práticas adotadas quando se trata dos dois grandes do setor (JBS e Marfrig) nos confirma a velha máxima:
– Aos amigos TUDO – mesmo que seja para garantir o emprego de muitos amerricanos, australianos, argentinos, etc;
– Aos demais, A LEI – que neste caso é a conduta atual de não emprestar dinheiro público para garantir milhares de empregos aos brasileiros.
Fica até chato bater sempre nessa tecla, mas teremos eleições neste ano… O voto é a única arma do povo.
Boa semana a todos,
Carlos A. Barros – CBconsulTI – Tecnologia da Informação.
A coerência é a mãe da sustentação
e não é que estamos vendo, o governo federal comete grave erro em amparar somente duas empresas do segmento frigorífico, concordo com a tese de fortalecer empresas com mais agressividade no entanto a pulverização de recursos em empresas do ramo sustenta mais o segmento, até porque amanha poderemos estar na mão de somente duas empresas e o BNDS estaria obrigado a manter em pé essas empresas mesmo que não tenham sustentação, o que esta acontecendo é muito perigoso no ponto de vista econômico e aos produtores de matéria prima o risco ainda é maior, pois esses podem manipular todo o processo, desde a produção até o fornecimento final do produto já pronto, Acredito que a forma de sustentar o segmento seria priorizar novas empresas mas, não como já tem acontecido jogar dinheiro ao vento emprestando para quem não provar sua sustentação, outro ponto importante é da parte produtora que ainda não acordou para processar seu próprio produto e isso seria muito facil se olharmos o potencial de uma associação ou cooperativa e com maior segurança a mãe BNDS.
GILMAR OCCHI- MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Curioso é que só as empresas amparadas pelo glorioso BNDES são eficientes na gestão de seus negócios. Eu particularmente não consigo entender a mágica … Alguem pode me explicar?
Sou produtor leite más vou me “intrometer” até porque estamos no mesmo barco: “nas mãos de frigorificos e laticinios” que não pensam, sendo a cadeia mais relevante na comparação com os produtores em trabalhar como numa forma de cooperativismo, onde poderiam oferecer assist tecnica, insumos, treinamento pessoal, etc. ao seu rol de produtores / pecuaristas, os quais tenho certeza não querem nada gratuito porem “facilidades” onde todos ganhariam.
O Sr. Marcos Peres (Marilia / SP) dá exemplo de que só vende a vista e está “vivo”. Porque não fazermos também !!!!!! Claro que individualmente é praticamente impossível pois certamente o(s) “vizinho(s)” julgando-se “esperto” se aproveitará porem na hora da quebradeira são os primeiros a chorar.
Já estive numa associação entre 15 a 20 produtores onde foi conseguido com o laticinio formalização de contrato com prazo determinado, preço médio com base em indice divulgado por instituto e pagamento de bonificação por qualidade. Eu só tinha 700 litros / dia más a associação tinha 20.000 litros /dia para negociar e isto fez a diferença. O contrato já foi prorrogado demonstrando que ambos os lados estavam sastifeitos
Aos Frigorificos:
Pelo citado só 02 conseguiram linha de crédito e os demais estão á “deriva”.
Um conselho:
ano de eleição tenho certeza que os que estão no “poder” não gostariam que agora houvesse um “barulho” havendo fechamento de unidades, desemprego, pecuaristas não recebendo, etc. Aproveitem o momento e façam a “gritadeira”; juntem-se aos pecuaristas e não se esqueçam da imprensa (tenho certeza que vão adorar pois ao que parece máteria de “desgraça”, etc. é o que predomina e o povão gosta “infelizmente”.
Taí o recado.
Boa sorte ao Frigol pois gostaria de continuar passando semana sim semana não na Rod Mal Rondon, em Lenções Paulista / SP e, continuar vendo a unidade em atividade, principalmente para a felicidade dos seus “parceiros” pecuaristas.