O governo federal prepara uma campanha em favor da carne brasileira, depois de constatar que os vídeos divulgados pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre a campanha "Carne Legal", estão sendo utilizados como instrumento protecionista pelos governos europeus, durante as negociações com autoridades comerciais brasileiras.
O governo federal prepara uma campanha em favor da carne brasileira, depois de constatar que os vídeos divulgados pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre a campanha “Carne Legal”, estão sendo utilizados como instrumento protecionista pelos governos europeus, durante as negociações com autoridades comerciais brasileiras.
Lançada com o objetivo oficial de conscientizar a população sobre o consumo de produtos de origem bovina, a campanha é polêmica e foi questionada judicialmente pelos produtores, através da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
As imagens vinculam a carne nacional a fazendas ilegais, desmatamento, trabalho escravo e lavagem de dinheiro e, na avaliação dos ministérios do Desenvolvimento e Comércio, e da Agricultura, prestaram um desserviço ao comércio do país.
A menção aos vídeos ocorre no contexto do esforço do governo brasileiro de recuperar os índices de exportação para o mercado europeu, que despencaram, em 2009, em 85%. Embora mantenha a liderança mundial na exportação de carne, o País quer resgatar o cenário anterior à crise internacional que agravou o sentimento protecionista.
Os três vídeos que compõem a peça publicitária têm 30 segundos cada, com versões para rádio, que custaram R$ 208 mil, segundo o site Contas Abertas. Eles foram elaborados pela Fundação Padre Anchieta, que mantém contrato com o Ministério Público Federal para prestação de serviços audiovisuais para veiculação na TV Justiça.
Há ainda um documentário de 30 minutos, no valor de R$ 114 mil, também da Fundação Padre Anchieta, mais 200 mil folhetos explicativos para o consumidor, no valor de R$ 24 mil, e mil adesivos, no valor de R$ 2,2 mil. O total da campanha é de R$ 349.725,20, que a CNA pede na Justiça seja devolvido pelos procuradores responsáveis.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Planejar antes de executar é o que fazem a maioria dos empresários de todo o mundo…Por que no setor público é diferente? Muita irresponsabilidade com o dinheiro público e com a cadeia da carne.
Se a verba para a campanha tivesse saído do PT, tudo bem, não seria de estranhar.
No entanto , segundo a Veja, saiu da Fundação Padre Anchieta, de responsabilidade do Governo de São Paulo, entenda-se por José Serra, aí é demais, é pra morrer de vergonha e de indignação.
Com a palavra o Sr. José Serra, Alberto Goldmann e Fundação Padre Anchieta.