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6 de setembro de 2010

Mapa espera implantar novas mudanças no Sisbov em 2011

Segundo declarações do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, ontem, em Esteio/RS, novas mudanças no Sisbov devem entrar em vigor em 2011, substituindo o atual sistema de rastreabilidade bovina e bubalina do país. Ele sustenta que o texto foi elaborado com a cadeia produtiva e deve elevar as propriedades aptas a exportar carne para a União Europeia.

Segundo declarações do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, ontem, em Esteio/RS, novas mudanças no Sisbov devem entrar em vigor em 2011, substituindo o atual sistema de rastreabilidade bovina e bubalina do país. Ele sustenta que o texto foi elaborado com a cadeia produtiva e deve elevar as propriedades aptas a exportar carne para a União Europeia. Hoje, há só 2.181 no país.

A continuidade do processo depende agora da conclusão do sistema operacional de dados, a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), sem prazo para ocorrer. O modelo foi apresentado aos produtores gaúchos pelo coordenador nacional do Sisbov, Naor Luna. “O sistema nada mais é do que a desburocratização do anterior. Os requisitos são os mesmos, o que muda é a operacionalidade.” Apesar da afirmativa, Luna admite que o projeto foi recebido com desconfiança pelos europeus.

Naor explicou que, assim que for concluído, a PGA passará por um mês de testes. Após, será aplicado em projetos piloto em 18 propriedades nos nove estados exportadores por 90 dias, ainda neste semestre. Durante a transição, os dois sistemas deverão ser aceitos. As auditorias, hoje feitas pelas certificadoras privadas, passarão para os serviços de defesa dos estados e ministério. Contudo, a medida que a demanda aumentar, as condições de executar a tarefa terão de ser revistas. “Hoje, conseguimos atender, pois são poucas propriedades. Mas, não sei se será suficiente. Talvez tenhamos que capacitar mais auditores”, projetou.

As informações são do Correio do Povo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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  1. Márcio Vinícius Ribeiro de Moraes disse:

    Isso será o fim da rastreabilidade e consequentemente das exportações brasileiras de carne bovina para UE.

  2. Vitor Jose Teixeira de Souza disse:

    Isto será o fim da rastreabilidade bovina e de todo o esforço das pessoas envolvidas na cadeia (Inclusive o Governo) para atender a UE com o minimo de qualidade.
    Recomendo a leitura do artigo ” O vexame do SACI” do dr. Altino Lopes, escrito para o beefpoint.

  3. Jonas A. Sousa disse:

    Parabéns, mesmo sabendo que os europeus estão desconfiados querem mesmo implantar outro sistema, eu como produtor que estou exportando para Europa gostaria que escutassem a minha opinião que é a seguinte, SE OUTROS PRODUTORES NÃO CONSEGUEM TER O CONTROLE DO SEU REBANHO, QUALIFIQUE A MÃO DE OBRA, DE FERRAMENTAS E TREINAMENTO PARA OS FUNCIONÁRIOS, agora gostaria de saber quem teve essa idéia genial de mudar, será que esse pessoal tem fazenda na lista trace? Será que eles sabem o quanto nós trabalhamos para ser diferenciado? OUTRA VEZ PEÇO AOS SENHORES QUE AJUDEM A NÓS A GARANTIR O DIFERENCIAL DESSE TRABALHO TODO, PAREM DE FINANCIAR FRIGORIFICOS QUE USAM ESSE DINHEIRO PARA FAZER ENORMES CONFINAMENTOS MATANDO A NÓS.

  4. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é… o corporativismo em transe… em defesa do indefensável…

    Impossível alguma coisa ter um fim sem nunca ter realmente existido…

    Nunca deixaremos de ser grandes exportadores… nosso produto é barato, basta nosso sistema de produção tomar alguns cuidados básicos e deixar de carregar parasitas que não agregam valor ao que é produzido… arrebentaremos a concorrência…

    Sisbov e Rastreabilidade, antônimos… causa? Excesso de erros em sua definição, planejamento, execução. Adicionando-se a tudo isso o protecionismo excessivo dado a seus integrantes (fornecedores de insumos, físicos ou não)…

    É provável que o novo sistema também não garanta que carnes cheguem ao prato do consumidor (interno ou externo) sem estar contaminado com alguma substância não permitida, ou permitida, mas sem a observância dos prazos de carência.

    Quando algo é ruim o suficiente para que a grande maioria de seus eventuais usuários não o aprovem, qualquer mudança é bem vinda… mesmo que alguns achem que não vai dar certo…

    Pensar, planejar e executar de forma diferente do anterior… o sistema terá que trazer benefícios a força produtora… ao contrário do que é hoje, onde fornecedores de insumos, e agentes certificadores são seus os principais atores…

    Boa sorte e vida longa ao novo sistema… se ele o merecer!

  5. José Manuel de Mesquita disse:

    Eu de novo… me esqueci de um ponto muito importante.

    É imprescindível que se mude o nome do tal sistema… afinal após tantos fracassos, o nome”sisbov” carrega o estigma do que representou ao longo do tempo, em todas as suas versões, ou seja “fiasco” e falta de credibilidade.

    Vamos aproveitar e dar ao novo sistema uma chance de dar certo, eliminando todas as “não” boas lembranças do sistema anterior… eu sei… viúvas chorarão… mas em pouco tempo estarão de braços dados com o novo sistema, e de alguma forma conseguirão sobreviver, afinal seus padrinhos são fortes, e o corporativismo maior ainda.

  6. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Em 17/12/2009 foi publicada uma notícia aqui no Beefpoint denominada “Novas alterações do Sisbov já estão prontas”. Hoje, 03/09/2010, vemos a notícia “Mapa espera implantar novas mudanças no Sisbov em 2011”.

    Para mim duas coisas são certas:

    a) o que vale atualmente é a IN 17;

    b) não é fácil implantar um sistema de rastreabilidade em um pais com as dimensões do Brasil e com um rebanho de cerca de 200.000.000 de bovinos que agrade a todos: produtores, frigorificos, varejistas e consumidores.

    E nada vai mudar isto. Não há solução mágica. A rastreabilidade é uma ferramenta importante mas que exige uma estrutura mínima nas propriedades para ser implantada com sucesso. E nem todos os produores terão interesse ou condições de adequar suas estruturas. E mudanças constantes nas regras muitas vezes não ajudam, pelo contrário. Para as propriedades se estruturarem precisam de um pouco de estabilidade no jogo.

    A atual BND foi desenvolvida pelo SERPRO, que é uma empresa pública de incontestável capacidade, e até hoje, 4 anos depois da publicação da IN 17, ainda precisa de ajustes. Não temos, por exemplo, como informarmos à BND movimentações de / para locais de aglomeração de animais como exposições, feiras e leilões.

    Por isto julgo extremamente importantes os testes e pilotos antes de introduzirmos alterações no sistema. Não há nada mais dificil que consertar um carro em movimento.

  7. Edir vilnei puntel disse:

    Edir puntel, Médico veterinário
    primavera do leste Mt.
    todas as certificadora são, mais um parasitas dos pecuáristas.
    Sempre defendi, que a melhor rastreabilidade é a do médico veterinário, que acompanha todo o cíclo da(s) fazenda na qual presta serviço.
    todas as fazendas tem seu cadastro no serviço de defesa ofícial estadual, e daí, é só, os serviço de defesa enviar ao MAPA as propriedades cadastradas,e os veterinários devem se cadastrar ao órgão de defesa de sue estado. quando da emissão dAS GTAS o órgão de defesa, consultará em seus arquivos se esse veterinário está cadastrado nesse órgão e a fazenda. O MAPA ELABORA-RÁ UM TEXTO OU REDAÇÃO ONDE: PROPRIETÁRIO ,PROPRIEDADE, IDADERAÇA ETC. E QUE OS ÓRGÃOS DE DEFESA ONDE CONFECIONAM BLOCOS SEMILARE DE ATESTADOS DE VACINAÇÃO DE BRUCELOSE.SÓ MENTE VETERINÁRIOS CADASTRADOS NOS ÓRGÃOS DE DEFESA PODERÃO COMPRÁ-LOS.Esse profisional emitirá em tres vias que acompanha até o frigorífico. dando toda as garantia de saniedade do lote.É o médico veterinário o único responsável pela saniedade do rebanho da fazenda, na qual presta serviço. ( MODELO B) INDEA MT.

  8. Airton Pando Rodrigues disse:

    Concordo plenamente com o sr. José Manuel de Mesquita.E digo mais:com um sistema de fácil acesso e sem burocracia,AUMENTA a oferta de “RASTREADOS” e isso é festa para os compradores do nosso produto.Já houveram ocasiões de elevada oferta de rastreados e todos sabem o que aconteceu ou será que encontraram um substituto para a lei da oferta e da procura.É incrível a força com que se vendem ilusões!

  9. José Leonardo Montes disse:

    caros amigos eu venho batendo nesta tecla a muito tempo, avisei as certificadoras que o mapa iria dar uma rasteira em todas e ja comecaram, meus colegas podem procurar uma saida pois irao ficar a ver navios, é um sistema falido e cheio de baixas e altas, de sistema mesmo nao tem nada, me perdoa o dr. NAOR muda o sisbov e quem sempre atuou e tentou fazer com que esse embrolio que se foi criado funcionasse fica de fora e sem mesmo conseguir rever os investimentos feitos.

  10. Marcelo Debastiani disse:

    Boa Tarde…

    Gostaria de propor a todos que estão na lista trace que divulguem o valor pago a mais pelo frigorífico pra que ele exporte nossa carne.
    Aqui na região infelizmente, não há nenhuma vantagem financeira. Fala-se em R$2,00 a mais por @, mas na prática, nenhum frigorífico está comprando.

  11. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro Marcelo,

    O diferencial de preço que recebemos em Agosto, Sadia – Cuiába, foi de R$ 4,00 / @.

    Att,

  12. Márcio Vinícius Ribeiro de Moraes disse:

    Bom dia

    O diferencial obtido hoje pelo boi europa na praça de Rondonópolis-MT é de R$ 4,00/@, sendo o valor da arroba do boi rastreado R$ 87,00/@ e o boi comum R$ 83,00/@.

    A pergunta que fica é: Se aumentar o número de propriedades na Lista Trace, em mais de 20.000 propriedades como almejam, o diferencial obtido pelo boi europa aumentará ou diminuirá?? O produtor terá estímulo para continuar?? Haverá fiscalização nesta quantidade de fazendas?? Sem falar na parte técnica, mas na comercial, o sisbov continuará existindo sem o diferencial obtido por arroba??

  13. Fábio Henrique Ferreira disse:

    DesBURROcratização para beneficiar FRIGORÍFICO e prejudicar PRODUTOR. É melhor o frigorífico ter um excesso de oferta e não pagar nada do que ter oferta reduzida e ter que pagar.
    O Cenário atual não é igual ao de 2008, o mercado é DINÂMICO, fica claro no texto que nossos “representantes” estão preocupados só com o valor numérico das exportações e não com o valor numérico agregado ao produtor, vantagens. Se querem volume, o mercado deve demandar, depois o frigorifico deve remunerar e consequentemente terão a oferta adequada e o número da exportação adequada.
    Os passos acima serão ideais para todos os elos, mas os “representantes” não estão preocupados com os produtores e sim com SEUS números que devem prestar contas e com os FRIGORÍFICOS que a cada dia se AGIGANTAM.

    Desburocratização a que custo??? Quem vai ganhar com a desburocratização???

    Não estão desburocratizando, estão criando um NOVO que TRARÁ PREJUIZO a TODOS e efetivamente TODOS os produtores. O POR QUE é muito simples, se o programa for de tamanha simplicidade e visa atender inclusive MERCADO INTERNO, deixemos de lado a segurança, PODEREMOS ter (produtores já estão cançados e o sistema em descrédito por tantas mudanças) um EXCESSO de animais rastreados e a CONSEQUENCIA será o DESÁGIO no valor do boi “O NÃO PAGAMENTO DE PREMIO”. Voltaremos aquela época onde o frigorifico só comprava se fosse rastreado. Ou seja, o produtor tinha que rastrear para vender pelo mesmo preço e o que não rastreava perdia, fácil raciocinio TODOS PRODUTORES perdem, SÓ OS FRIGORÍCOS GANHAM, foi a época em que mais ganharam dinheiro.

    Vamos concluir então se a DESBUROCRATIZAÇÃO (palavra bonita não é, mas a que CUSTO) será vantajosa para quais elos da cadeia.

    O BOI EUROPA em 2009 e 2010 seguiu o seguinte raciocínio:
    Primeiro semestre – preços a mais por @ de R$5,00 a R$7,00 reais.
    Segundo semestre – preços a mais por @ de R$2,00 a R$3,00 reais. OBSERVAÇÕES PERTINENTES E IMPORTANTES, no ano de 2010 esta diferença para baixo veio mais cedo, sendo o motivo saida de animais confinados e rastreados. Alguns produtores neste período com boi europa não tiveram diferencial, O MOTIVO É O SEGUINTE: Naquele dia que o frigorifico te disse que não estava pagando nada a mais pelo BOI EUROPA, com CERTEZA estava, com certeza tinha BOI EUROPA morrendo NAQUELE DIA com diferencial, o DETALHE é que os animais DAQUELE DIA foram negociados a alguns meses atrás, tendo preços da @ e do diferencial do BOI EUROPA travados. OU SEJA, o frigorifico já tinha o BOI DELE EM SEU PROPRIO CONFINAMENTO ou já HAVIA negociado um grande volume de um ou mais grandes produtores e assim conseguiu fechar a escala de alguns dias, semanas, meses para o produto “BOI EUROPA”.

    Amigo produtor este assunto eles não discutem e nem se preocupam em fazer como nos EUA, onde os frigorificos não podem ter animais para REGULAR MERCADO.

  14. Fábio Henrique Ferreira disse:

    Aparecem com DESBUROCRATIZAÇÃO (dá ibope né) mas não aparecem com nada com relação a cada ano que se passa os frigoríficos baixarem o diferencial do BOI EUROPA. NÃO QUEREMOS DESBUROCRATIZAÇÃO, inclusive fomos reauditados, estamos a quase dois anos na lista e já nos acostumamos.

    QUEREMOS diferencial a mais na @ que já nos pagaram até R$20,00 a mais na @ em 2008, eles podem nos pagar.

    Outro detalhe, se desburocratizar e muitos produtores entrar, e o preço do inicio do ano e do final do ano SUMIR, quero ver se “representantes” dos produtores que estão propondo ISTO vão aparecer para dar explicação a seguinte pergunta:
    GANHAMOS ATÉ 20,00 A MAIS NA @ EM 2008, EM 2010 GANHAMOS DE 2,00 A 7,00 A MAIS NA @ E COM ESTA DESBUROCRATIZAÇÃO TIVEMOS O DIFERENCIAL DE FATO SUMIU, VOCES FIZERAM ISTO PARA BENEFICIAR QUEM??? QUEM VAI PAGAR OS INVESTIMENTOS????QUEM VAI PAGAR MEU INVESTIMENTO???
    NO FINAL DAS CONTAS HAVERÁ NOVO DES-ESTIMULO DOS PRODUTORES JÁ CANÇADOS DE TANTAS MUDANÇAS E TANTAS POLÍTICAS QUE OS PREJUDICAM, QUE QUANDO ESTAO GANHANDO ALGUMA COISA, SEUS REPRESENTANTES TIRAM ATRAVÉS DE desBURROcratização.

  15. Mario Ribeiro Paes Leme disse:

    É, vamos começar tudo de novo,de novo………..
    Quem vai sair perdendo?
    De novo.

  16. José Leonardo Montes disse:

    felizes sao vcs do ms que estao tendo um repasse a mais. aqui em goias é zero o diferencial.

  17. José Américo G. Dornelles disse:

    Afora o aspecto sanitário e ou de segurança alimentar que a rastreabilidade/certificação
    oferecem através de uma “radiografia”dos dados e práticas durante o processo de produção animal;é preciso que os novos governantes e deputados se empenhem na APROVAÇÃO DE POLÍTICAS QUE GARANTAM RENDA E RETORNO AOS PRODUTORES.

    Seja com o nome antigo(SISBOV)ou novo,em 2011, o que interessa é -PRINCIPALMENTE- o resultado financeiro que determinada prática oferece.Ao consumidor e ao PRODUTOR.

    Aliás me ocorre agora:por que não iniciamos um movimento-em toda cadeia da carne para criar o CÓDIGO DO PRODUTOR?
    Neste caso-de uma política definida- os frigoríficos não colocariam prêço em nossa carne nem se tornariam mega-confinadores.Sem dúvida que isto é bom para eles que teem oferta garantida,equidade de carcaças,controle absoluto de custos,mas achata o mercado produtor determinando queda nos preços e deixando muita gente boa marginalizada no processo de produção.

  18. Paulo Victor Dias Borba disse:

    Facilitar o processo resolve o problema, pagar mais pelo produto rastreado sim.

  19. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Os norte-americanos, que de tolos não têm nada, recentemente desistiram do seu SISBOV, o NAIS. Estão partindo para a criação de algo como as GTAs e órgãos de defesa estaduais. Vejam as primeiras idéias em

    http://bit.ly/b4fSBe

    SISBOV? Não brinco mais!