O aumento de cerca de 7% dos custos da pecuária no mercado nacional, constatado por levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), não deve refletir em processo inflacionário nos preços da arroba do boi, pelo menos no Estado do Paraná.
Essa é a avaliação da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e de seus pecuaristas. No entanto, devido às características de sazonalidade, o preço da arroba do boi deve sofrer pequena valorização nos meses de agosto e setembro, devido à baixa oferta.
Segundo o diretor executivo da Fundação para o Desenvolvimento da Pecuária no Estado do Paraná, Leonel Poloni, a variação do dólar é fator fundamental para que sejam realizados os cálculos de custos para o pecuarista. ”Vários dos insumos para a produção de sal proteinado, por exemplo, são importados, e interferem diretamente nos custos do produtor de todo o País”.
Para Poloni, os pecuaristas do Paraná, assim como praticamente de todos os outros estados, sofrem com a intensa variação climática nas áreas produtivas, o que prejudica a qualidade dos pastos, ocasionando alta no preço da arroba do boi. ”A queda na qualidade dos pastos diminui a oferta e provoca ligeira valorização”.
Segundo ele, o desenvolvimento de tecnologias aplicadas à produção deve diminuir a interferência de fatores climáticos no preço da carne.
Fonte: Folha de Londrina/PR (por Alan Maschio), adaptado por Equipe BeefPoint